Entre quatro paredes com aquela mulher que tem
tirado seu sono, vocês finalmente resolveram dar
um passo a frente e… foi explosão no mesmo
segundo, tipo sexo de reconciliação. Se joga na
parede, cai no chão, pula na cama, tira as roupas
em um segundo, mãos pra todo o lado, aquele
beijo enlouquecido, rola um tapinha pra cá, um
arranhão pra lá, uma mordidinha… Uau!
Mas tem gente que leva isso um pouco mais a
sério.
Correntes, mordaças, algemas, chicotes, coleiras,
ganchos, palmatórias, pregadores de mamilos,
dominatrix e submissas. Sejam muito bem-vindas
ao mundo do BDSM !
BDSM é uma sigla e significa “Bondage,
Disciplina, Sadismo e Masoquismo” . É praticado
por pessoas que tem como objetivo provocar o
prazer sexual através da demonstração de poder,
envolvendo desde violência física, dominação e
tortura psicológica até relacionamentos onde há
a hierarquia onde uma pessoa tem poder
absoluto e indiscutível sobre a outra, e a outra se
submete de forma consensual.
O BDSM é muito praticado entre pessoas do
mesmo sexo . Apesar de vermos sempre na
televisão homens gays usando roupas de couro e
chicotes, quem domina mesmo esse mundo são
as mulheres. Frequentando estabelecimentos e
eventos focados na prática, é extremamente
comum ver casais de mulheres, aliás, é a maioria!
A prática do BDSM sempre foi e continua sendo
vista com muito preconceito pela sociedade, que
costuma achar seus praticantes loucos e
promiscuos. Mas, a realidade é que, para se
envolver nesse tipo de relação com alguém, é
necessário muita confiança um no outro,
cuidado e, por incrível que pareça, muito
respeito de limites! Tanto que a principal regra
nesse mundo também é representada por uma
sigla: SSC, que significa “São, Seguro e
Consensual” . Ou seja, nada de querer torturar a
amiguinha sexualmente sendo que ela está
bêbada, inconsciente, fragilizada emocionalmente,
sem tomar os devidos cuidados como uso de
camisinha e esterilização de objetos de metal ou
sem que a pessoa diga “Tudo bem, eu topo!”
antes de qualquer coisa.
Daí você pergunta: “Mas como assim respeito de
limites?”
O BDSM pode ser praticado de muitas maneiras.
Algumas pessoas, por exemplo, topam que a
hierarquia de Dominação e Submissão seja
demonstrada em público, com uso de guias,
amarras, prática de “adestramento” com punição
quando “a escrava” desobedece “sua dona” , etc.
Já algumas preferem que isso fique entre quatro
paredes.
Outras duas formas de impôr os limites na prática
é antes conversar para saber quais são as
preferências de ambas e o que elas não curtem
também, assim podem ser estabelecidas
algumas regras e, principalmente, uma
SAFEWORD.
No BDSM pedir para “parar ” ou dizer “chega” não
adianta, por isso é criada uma “Safeword”, que é
uma palavra secreta utilizada quando a pessoa
deseja que a prática seja interrompida por
qualquer razão. Não é necessária nenhuma
justificativa. No mesmo instante em que a pessoa
diz a “Safeword”, tudo deve parar.
A prática do BDSM entre duas mulheres é tão
grande que existem até jogos online
especializados no assunto, como, por exemplo, o
“Red Light Center” , que funciona igual ao já
conhecido “Second Life” , com a diferença de que
apenas praticantes bdsmistas podem se
cadastrar e existem comandos especiais não
existentes em outros jogos, como “Disciplinar” ou
“Ajoelhar”, entre outros detalhes de decoração e
mais.
Ficou curiosa para saber mais sobre como
funciona o BDSM? Procurando na internet é
possível encontrar muitos links bacanas com fotos,
videos, entrevistas e detalhes.
Por aqui, vamos apresentar algumas das
“ferramentas” e como elas são utilizadas:
CHICOTE
O acessório mais popular e bem utilizado na
prática bdsmistas é o Chicote, mas não qualquer
um. O chicote mais utilizado é esse com as tiras de
couro nas pontas, que são mais bonitos
visualmente, claro, e também tem um efeito mais
prazeroso quando estralam, além de ser mais fácil
de carregar na mala.
GUIA DE COURO
Eu disse Guia, não coleira! Esse é o mais utilizado
na prática do SM (sadismo e masoquismo) , sendo
utilizado pela Dominadora para controlar sua
“escrava” quando estiverem em locais públicos.
Afinal, ninguém gosta quando seu little puppy
foge, não é mesmo? Também pode ser utilizado
juntamente com outros acessórios de tortura, para
evitar que a submissa “tente escapar”.
PREGADOR DE MAMILOS
Só de pensar nesse já me dá arrepios! Esses são
os pregadores de mamilos e, com certeza, o nome
já deixa bem claro para quê que eles servem. São
utilizados na prática de torturas físicas
psicológicas e é preferido entre os casais lésbicos.
Os pregadores tem parafusos para regular a
pressão e evitar machucados. Lembrando que a
ideia é sentir prazer, não parar no hospital.
MEDIAL WARTENBERG PINWHEEL
Esse acessório é utilizado principalmente por
mulheres e serve para passar em volta dos seios,
em toda a região da vagina e outras partes
sensíveis do corpo. Não é utilizado para causar
furos e ferimentos maiores, apenas para provocar
a sensação de arranhões e cócegas. Observação:
Não serve para cortar massa de pastel haha
SPECULUN
O Speculun, também conhecido como “Pussy
Opener”, é um acessório introduzido na vagina
para aumentar a abertura da mesma e é utilizado
em penetrações em geral. Também existem
parafusos para regular pressão e limite de
abertura, portanto, não pode causar nenhum
dano sendo utilizado da forma correta.
LEATHER GAG
Aquelas famosas “bolinhas” que vemos alguns
psicopatas utilizarem para calar suas vítimas em
filmes haha. A Leather Gag também é utilizada para
controle da “escrava”, caso ela comece a fazer
muita bagunça e não queria ficar quietinha.
PONEY GIRL
Esse é um acessório de Bondage utilizado no caso
SM, onde a Dominadora trata sua “escrava” como
um pequeno pônei, com direito a sela, cabresto,
chicote e tudo o mais. É usado na cabeça e já vem
com a tira de couro para segurar!
ALGEMAS
E, claro, as famosíssimas algemas, muito
utilizadas também por pessoas que não
são praticantes bdsmistas. A diferença é
que no BDSM elas são assim mesmo: de
aço, originais e sem pelúcia. São usadas
para controle e tortura psicológica.
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