Em uma cidade qualquer, em um final de semana qualquer, porém, não em um dia qualquer, Fernanda depara-se com um mundo um tanto quanto desprezível para ela.
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Em qualquer lugar que ela passava os olhares se voltavam para ela. Menina-mulher que conquistava todos com um belo sorriso e uma jogada de cabelo. Mauricio era o nome do seu namorado, relação tão clichê quanto os dos filmes americanos. Fernanda era a típica garota linda e popular da faculdade, uma das mais caras por sinal, cursava, no entanto, algo que ao menos não fazia jus a sua aparência de menina mimada e fútil. Estava ela no 4º período de Engenharia civil, e ao mesmo tempo queria estar em outro curso, quem sabe algo que fosse mais condizente com sua aparência e popularidade, talvez ...
Mauricio era o todo “FODA”, as meninas sempre caíram aos seus pés, mas como todo galã precisa de uma primeira dama, tratou de juntar o útil ao agradável e buscou Fernanda para seu lado. Fernanda com seu rostinho, que por sinal foi bem esculpido, tinha tudo o que qualquer pessoa desejaria em uma mulher. Fernanda era uma daquelas morenas que tiravam a respiração de menininhos à noite, cabelos lisos e bem escuros, o brilho de seus olhos ofusca qualquer estrela, o corpo mais parecia uma escultura do que algo real. Mauricio era o típico boy de academia, em seu corpo não tinha qualquer sinal de gordura, todo definido. Mauricio era na verdade um meninão cursava Ed. Física e praticava diversos esportes diferentes. Ele pode-se dizer, é um sonho.
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Os casais saíram. A balada, no entanto fora em um local diferente, um pouco longe quanto o de costume, bastante desconhecido. As meninas com medo, e os meninos familiarizados com o ambiente, até... Parecia haverem estado ali algumas outras vezes.
- Nanda, conhece algo por aqui?
- Nada Nathy, nada.
- Os meninos parecem conhecer bem essa balada.
- Mauricio sempre me disse que curtia muitas baladas desse tipo.
De fato os meninos conheciam muito bem o local, e as meninas que freqüentavam o local, estavam uns encantados com as dançarinas, outros com o pudor de suas respectivas namoradas. Mauricio, no entanto, parecia não ligar muito para Fernanda, algo não muito típico, o lugar o consumia. Entre doses e doses de tequila e afins, aconteceu o que Fernanda não merecia ver, ao voltar do bar se depara com Mauricio se agarrando com uma menina, não muito bonita, e saiu em disparada sem nem saber para onde.
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- Camila, a balada já deu pra mim, to indo embora.
- Que isso Pri, fica mais um pouco ai, ou vai deixar as meninas carentes aqui.
- Sabe que eu não gosto que me chame de Pri. Deixa de ser besta Camila, amanhã eu tenho que resolver minha vida, melhor eu ir.
- Você que sabe, eu vou ficar mais um pouco.
Priscilla. Garota encrenca, garota encantadora, garota misteriosa. Qualquer uma descrição ou mesmo todas essas iriam defini-la bem, seu estilo era inigualável, usava qualquer coisa que lhe fizesse bem e não se importava com o que pensavam dela. Sempre foi a menina anti-social, a menina nerd e a moleque. No caminho para buscar sua moto, Priscilla se depara com uma cena um tanto quanto suspeita e estranha, um grupo de três ou quatro garotas estavam meio que rodeando algo, como ela tinha mesmo que buscar a moto aproveitou para ver o que se passava. As garotas mexiam com uma menina, que parecia chorar incontrolavelmente. Priscilla não pensou duas vezes e se meteu na historia naquele momento ela devia se achar a super poderosa.
- O que ta acontecendo?
- Não se mete não.
- Deixa a menina em paz, não estão vendo que ela está chorando.
- Fica quietinha Priscilla.
- Sabia que você tinha que está no meio Carlão.
- Esse não é seu assunto.
- Pode se tornar meu se você quiser, ou acha mesmo que eu só posso acabar com você em um tatame?
- Você é uma só Priscilla.
- E agora você virou uma covarde? Só a deixa em paz, agora está comigo.
Priscilla não era nenhuma assassina, nenhuma super heroína ou qualquer outra coisa do tipo, mas o pessoal da boite sempre soube que ela era dá paz, porém, não mexiam com ela por ter muitos “amigos” no meio das lutas que praticava.
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Enquanto corria por ruas que nem mesmo sabia onde dariam, Fernanda olhava com repudio para qualquer cara que lhe aparecia na frente, ela havia entrado no lado colorido da cidade, nos cantos casais homossexuais, para ela seria melhor ser cega.
- Não vou voltar com você e nem quero ouvir sua voz Mauricio, me esquece.
Fernanda percorria todo aquele lugar desesperadamente, querendo fugir daquelas visões, querendo chegar ir para casa. Era tudo em vão, o lugar era como um labirinto, somente quem o conhecia sabia andar por ali. Fernanda ficou cada vez mais desesperada, buscando qualquer jeito de sair dali. Em um momento não agüentou mais, sento e chorou.
- Me deixem em paz, por favor...
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- Colega, você está bem?
- Não quero papo sapatão.
- O que? Você está ficando maluca garota? A quer saber eu to indo embora, boa sorte ai com “a” Carlão.
- Não, espera. Desculpa, é que elas me assustaram.
- Ok. Mas saiba que as coisas não funcionam assim, você não pode ofender quem quiser.
- Já pedi desculpas, então.
- Nossa sempre assim? Você não é daqui né?
- Não. Perdi-me.
- Vem. Te levo pra casa.
- Ata, acha mesmo que eu vou subir na garupa de uma pessoa que eu nem conheço?
- Se prefere ficar aqui.
Priscilla ameaçou a arrancar com a moto.
- Não espera.
- Se o pobre é conhecer. Satisfação, Priscilla.
- Priscilla de que?
- Ai você quer saber demais, vai querer a carona ou não?
- Sim. Eu moro longe.
- Eu te levo, a não ser que você esteja com muito medo de ser contaminada. Seu olhar de reprovação não para de percorrer os casais que estão na rua.
- Não entendo essa gente.
- Satisfação, também sou essa gente, agora sobe logo e vamos...
Alguns minutos e muita velocidade depois, Priscilla chega com Fernanda o mais perto que ela deixou que chegasse da casa dela. Priscilla estacionou a moto, tirou o capacete e Fernanda olhava para ela com uma cara diferente naquele momento.
- Bem, está entregue. Até qualquer reencontro..
Priscilla não era muito de fazer cena, não era muito de conversa e até aquele momento ela ainda não tinha gostado daquela garota fútil e homofobica, só sabia que devia ter ajudado-a e mais nada.. Logo ela acelera a moto como quem fosse arrancar com ela, no seu estilo sou rockeira mesmo e daí, o contraste do preto com os detalhes prata de sua RR chamavam atenção, os seus cabelos eram longos e lisos, se parecia um pouco com Fernanda. Tinha os olhos castanhos escuros e um rosto misterioso.
- Calma você não quer nem saber o meu nome?
- Não.
- Como assim não?
- Assim: Não.
- Mas..
- Você tem que deixar de ser tão fútil e começar a ver a vida de verdade, o mundo não gira ao seu redor. Agora que eu sei que você está bem...
“E o que o ser humano mais aspira é tornar-se ser humano”
Clarice Lispector
E saiu com a moto desaparecendo na estrada em questão de segundos.
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No dia seguinte, um tanto quanto com raiva e intrigada Fernanda seguiu para a Faculdade, saberia que encontraria com Mauricio, que viveria tudo aquilo de novo. No entanto, ela não parecia tão afetada com o final do romance e o tratou friamente, porém, não deixaria que isso afetasse qualquer possibilidade de amizade entre os dois, nesse ponto ela se mostrava muito madura.
- Onde você se meteu ontem Nanda? Eu tentei te ligar.
- Eu fiquei com raiva depois que falei com o canalha do Mauricio e desliguei o celular.
- Ta, mas onde você estava, nos te procuramos. Você é louca?
- Eu fui parar em um lugar estranho.. Aconteceu muita coisa estranha na noite passada não quero lembrar.
- É depois que você sumiu o Mauricio disse que a maior parte daquele lugar é de viadinhos.
- É eu notei.
- E ai, pegou alguma sapatão daquelas que usa cuecão?
- Para com isso, nem é assim. É um pouco.
- Tanto faz. Diz-me, como você chegou em casa?
- Foi meio estranho... É que...
Antes mesmo que ela terminasse a frase ouvisse um barulho alto de moto. Fernanda olhou umas duas vezes sem acreditar, parecia com a moto da menina que tinha levado ela em casa, mas como poderia ser? Talvez fosse somente algum dos alunos que tinham uma moto parecida com o daquela menina. Porém, não foram só os olhos de Fernanda que se voltaram para Priscilla, foram os olhos de todos enquanto ela se dirigia ao estacionamento da faculdade. Com seu traje rockeira de sempre Priscilla passou por todos sem dar muitas satisfações... Enquanto olhava por cima de seu raybaw. Priscilla passou do lado de Fernanda e sussurrou...
- Olha quem temos aqui.
Fernanda parecia que tinha tomado uma surra se tremia toda, parecia estar com medo de Priscilla, será que aquela garota tinha seguido ela até a faculdade, será que.. Mil e uma possibilidades lhe surgiram à cabeça....
- Desde quando você a conhece Fernanda?
- Ela?
- É.
- Não conheço.
- Ela me pareceu falar com você.
- Comigo mesmo não.
- Ta.
- Quem é ela afinal?
- Só o que especulam, ela não é uma pessoa muito sociável.
- E o que especulam sobre ela?
- Que a família dela é dona da maior parte da universidade, porém ela não gosta de se envolver nos negócios da família e se vira sozinha. Dizem que ela já trancou uns três cursos diferentes e agora ninguém sabe o que ela está cursando, ela nunca quis nem mesmo se envolver nos cursos daqui. Dizem também que ela já foi pro reformatório e que faz o tipinho rebelde sem causa, manifestações e afins. Sem contar que ela não é muito inteligente, educada ou qualquer outra coisa.
- Nossa você tem sempre a Fiche de todo mundo mesmo em Bruna.
- Temos que ser informadas.
Bruna era o tipo de menina que costuma tomar conta da vida dos outros, historias ela sabia de todos. Verdadeiras? Quem sabe meia dúzia delas.
Alguns minutos depois na turma de engenharia civil...
- Como eu já vinha dizendo... Senhores. Por favor, atenção aqui.
Os cochichos aumentaram em uma proporção extraordinária. Era Priscilla que estava do corredor ao observar aquela sala, até o dito momento Fernanda nem havia reparado nela.
- Ata, entendi o motivo desses cochichos. Então o problema é aquela senhorita que está ali no corredor?
Senhor Cláudio Fonseca era um dos professores da Universidade e ao mesmo tempo sem os alunos saberem era um atleta, adorava artes marciais e treinava com Priscilla na academia dela, onde havia quase todos os tipos de lutas e esportes. Priscilla por sua fez era faixa preta de Jiu-Jitsu, adorava treinar todos os outros estilos, sempre foi apaixonada pelo Mixed Marcial Artes – MMA. Sem pensar duas vezes e já imaginando o motivo da visita de Priscilla chamou para que ela adentra-se a sala de aula.
- Faça-nos companhia senhorita Priscilla Vasconcellos.
Priscilla entrou na sala sobre olhares e olhares, e com uma cara não muito feliz. Priscilla não era do tipo de pessoa que andava por ai desperdiçando sorrisos. Com toda a intimidade de companheiro de treinos e aluno Priscilla comprimento Cláudio, chamou-o por seu apelido muito baixo, onde somente os dois escutaram e ele a tratou como a Mestra que é. Devidos respeitos prestados...
- Então senhorita Vasconcellos, diga-nos o que faz por aqui?
- Primeiro a próxima vez senhor Cláudio que o senhor me chamar de senhorita Vasconcellos e u vou quebrar o seu braço.
Os dois riram rapidamente enquanto a sala olhava-os com cara de assustados, logo o senhor Cláudio tratou de explicar.
- Calma pessoal, não é o que estão pensando. Priscilla, explica para eles.
- Bom pra começar. Satisfação sou Priscilla Bhelfmort. Tenho quase certa que alguém queria saber meu sobre nome.
Aquela apresentação foi um indireta/direta para Fernanda, a maior parte do tempo Priscilla se dirigia aos alunos olhando para Fernanda.
- Bem, eu estou percorrendo as salas da faculdade para convidá-los a participarem do campeonato que estou organizando e será realizado na dependência da faculdade. É para ajudar no desenvolvimento de um projeto social dentro da mesma. Este projeto tem como objetivo educar crianças e fazer que suas vidas sejam um pouco menos cruéis, mostrando a elas que o esporte é sempre uma das opções validas. Como eu não sou muito de falar, vou deixar aberto para perguntas, porém só na quadra poli esportiva, haverá uma mistura dos cursos, enquanto invadem a quadra do pessoal do ED.F. Espero todos lá ao intervalo que será dado aos cursos para a apresentação do projeto.
Priscilla não quis falar tudo ali, e nem atrapalhar a aula do professor, se retirou e foi arrumar tudo para a apresentação do projeto. Minutos depois a quadra estava completamente lotada, os alunos de ciências sociais e serviço social estavam presentes, o pessoal do Ed. F em peso, a maior parte de muitos cursos.
- Por favor, gente. Vamos ficar calmos, isso não vai demorar.
- Dona Valeria cadê a menina?
- a senhorita Priscilla já está a caminho, foi solicitada a presença dela na diretoria.
- Papai vai bater nela... kkk
Minutos depois Priscilla aparece na quadra, os olhares curiosos especialmente o de Fernanda se encontram com ela. Priscilla pegou o microfone e abriu o pequeno debate/apresentação.
- É simples. Eu não gosto muito de falar e você não vão querer ficar me ouvindo então vão circular alguns microfones e vocês me fazem perguntas sobre o assunto e eu explico enquanto respondo.
Todos pareciam entender a idéia simples e pratica para adiantar o serviço, mas nem todos foram ali para perguntar somente sobre o projeto. Alguns estavam pela curiosidade. A vontade de saber sobre a “herdeira misteriosa”.
- Perguntas?
- Priscilla, qual é o nome do projeto e em que se baseia?
- Ótima pergunta. Bom chama-se: eu luto pela vida. É um projeto social que tem como foco as artes marciais para crianças, jovens e adultos. E também irá se focar em outras áreas. Porém o esporte será verdadeiramente o foco. Outra pergunta?
- Priscilla. Sou o Breno. Você tem telefone?
- Ótimo Breno. Tenho sim, mas caras como você com certeza não ganhariam o número e nem ao menos a minha atenção. É serio pessoal. Tenho alguns projetos, vamos a esse primeiro depois falamos com descontração.
- Priscilla?
- Sim. Quem e aonde?
- Aqui. Satisfação, Fernanda Victoria.
- Fernanda Victoria né. Pergunte-me Fernanda.
- Quais são os projetos que tem em mente e por que logo você resolveu organiza-los?
- Provavelmente você não sabe. Mas sou faixa preta de Jiu-Jitsu e treino algumas outras artes marciais. Eu já dou aula a um bom tempo e sempre tive projeto social. Como tenho a certeza que alguns aqui comentam, eu nunca fui muito ligada com a universidade da minha família, mesmo sabendo que ela é uma das melhores do país. Eu recebi em casa um orçamento e uma aprovação de um pedido que eu tinha feito junto à secretaria de esportes e a ffjrio onde foi aprovado meu projeto, como o nível do projeto cresceu e a família já queria realizar algo do tipo eu sentei e resolvi que seria aqui.
- Ta. Mas o que violência ia ensinar as crianças? Só a serem mais violentas.
- Senhorita... Fernanda né?
- Isso.
- Era para ser meio que rotativo, mas já que me perguntou eu lhe respondo com outra pergunta. A senhorita nunca passou por uma situação que desejasse saber algum tipo de alto defesa?
Priscilla parecia adivinhar que Fernanda queria saber tudo sobre ela e ao mesmo tempo complicar-la. Como Priscilla nunca foi boba virou o jogo em dois tempos.
- Chama só de Fernanda, por favor. Nunca passei por isso.
- Engraçado Fernanda. Deixe-me contar um caso rápido para vocês. Eu estava em uma boate que eu costumo freqüentar, logo aconteceram algumas coisas e resolvi ir embora. Quando fui buscar minha moto, tinham um grupo de “pessoas” cercando uma menina que chorava no canto sentada. Eu perguntei o que tinha acontecido me lembro até que ela foi meio grosseira comigo. Eu pedi para que fossem embora. E no final acabei dando carona para menina que estava ali perdida. Em suma, se eu não estivesse por perto provavelmente tentariam alguma coisa, se afastaram por que me conhecem. Todos necessitam saber nos defender quando for preciso. Mesmo que seja nos defender contra a fome, a falta de cultura, a falta de conhecimento sobre outros “meios de vida.”
- Eu concordo em termos, mas como você..
- Só um minuto Fernanda. Eu termino de explicar e depois você me pergunta o que quiser. Um dos projetos será realizar...
Priscilla explicou como tudo funcionaria, nos mínimos detalhes e todos eles pareciam agradar.
“O que verdadeiramente somos é aquilo que o impossível cria em nós.”
Clarice Lispector
....
Fernanda parecia procurar desesperadamente por Priscilla, ela sentiu que algumas das palavras dela tinham sido para que a afetassem.
- O que você achou de tudo isso? Fernanda?
- Ham. Verde amiga, o verde é legal.
- Que verde Fernanda? To falando da Priscilla?
- E o que tem ela?
- Ela tem tudo isso. E os olhos de um iguana. E três narizes.
- Eu já estou prestando atenção Bruna.
- Enfim né. O que achou?
- Que ela de burra não tem é nada, tão pouco da metade das coisas que você disse.
- É o que o povo me passou.
- Eu sei.. Bruna.
Fernanda estava acostumada com o namoradinho buscando e levando ela para casa, quase nunca dirigia, sempre teve ele de motorista. Depois de tudo que aconteceu e ainda bater de frente com Priscilla, ela parecia atordoada e seguia pelo meio da pista sem se tocar em nada em sua volta. Priscilla a viu andando pela pista e Fernanda não se tocava quanto aos carros. Priscilla saiu correndo e puxou Fernanda pelo braço antes que ela fosse jogada pro alto por um ônibus que passava.
- Garota. Você é louca ou o que?
- Para começar me solta.
- De novo isso? Odeio sensação de deja vu.
- Do que está falando?
- Nada, deixa pra lá.
- Não pedi sua ajuda. Ou pedi?
- Não. Eu que sou idiota mesmo.
- Não. Desculpa. Espera.
- Já ouvi isso também, o que você quer agora?
- Conversar, pode ser?
- Fernanda. Não é boa idéia.
- E porque não? Priscilla?
- Eu tenho que ir.
Priscilla saiu sem dar nem uma palavra por explicação, montou em sua moto e se preparou para arrancar. Quando Fernanda pula na frente e monta em sua garupa.
- O que você está fazendo agora garota. Você está louca ou o que?
- Lembra do lugar que você me deixou ontem? Naquela praça?
- Sei onde é. E o que tem?
- Me dá uma carona até lá Priscilla.
- Ta achando que isso aqui é moto táxi garota.
- Vai logo e para de reclamar, você disse que depois conversávamos e você me contaria o que eu queria saber. Anda.
Fernanda nunca havia sido tão impulsiva na vida. Parece que estar perto de Priscilla a transformava, de certa maneira incompreendida.
Priscilla nem um pouco contente com aquilo a levou na tal praça. O problema era que como sempre Priscilla estava com pressa, a vida dela não podia parar por conta de uma maluca que do nada resolverá que queria falar com ela. A caminho da tal praça, cada vez que Fernanda tentava se comunicar, Priscilla colava o punho e acelerava cada vez mais a moto. Por fim parece que Fernanda entendeu que ela não estava ali de bom agrado. Ao chegar na tal Praça Priscilla foi logo fazendo a volta com a moto, mas sem esperar Fernanda arrancou a chave e começou a caminhar para trás.
- Não me faz ir buscar a chave.
- Ou então o que? Vai me aplicar um golpe de Karate?
- 1º Não é Karate e sim Jiu-Jitsu. Outra eu não bateria em você, quero a chave logo.
- Tanto faz o que você luta. Não me bateria por quê? Está apaixonada por mim?
- Olha só colega, eu mal te conheço direito. Essa brincadeira de menina mimada já me cansou. E não é por que eu sou lésbica que eu me apaixono por todas. Não pense que você é tão importante por que talvez nem seja.
- Não precisa ser grosseira.
- E você não precisa bancar a criança. Afinal por que está fazendo isso?
- Você disse que falaria comigo. Então vamos conversar.
- E por isso todo esse circo? Eu converso com você outro dia, agora eu tenho mesmo que ir por que...
Antes que Priscilla terminasse de explicar qualquer coisa, o celular tocou. Do outro lado da linha estava Jeniffer, um dos affair’s de Priscilla. Como era uma menina que não costumava se prender a nada e nem a ninguém, não ligava muito para dar explicações sobre sua vida ou que fazia dela.
No cel:
- Ei amor, onde você está? Você não disse que não demoraria em chegar aqui?
- Houve um imprevisto Jeniffer.
- Que imprevisto Priscilla? Eu te conheço.
- Se você quiser acredita, se não pega as suas coisas e volta para sua casa.
- Calma. Amor eu te espero aqui na sua casa, lembra o que combinamos de fazer? Heim.. Heim.
- Tanto faz. Agora eu não sei se quero mais encontrar você hoje...
Enquanto isso Fernanda estava atenta a conversa das duas e com a chave da moto na mão. Por estar distraída Priscilla foi se aproximando como quem estivesse falando no celular despreocupada com a vida. E em um minuto de distração profunda de Fernanda, agarrou como em um bote a chave da não de Fernanda. Ela se assustou e deu um grito. Do outro lado da linha só se ouvia Jeniffer gritando para saber que voz de mulher era aquela que estava escutando.
- Priscilla sua canalha. Diz-me logo quem é essa daí. Arrumou onde?
- Dá um tempo Jeniffer. Não estou afim de showzinho hoje.
- Diz onde você está que eu vou ai. Diz agora.
- Primeiro você não é minha dona e nem nada minha não lhe devo qualquer satisfação. Agora para com o drama, to indo para casa. Se for pra me atormentar vai embora.
- Não. Não. Vou te esperar aqui.
- Ok.
Fernanda ainda com cara de espanto olhando para Priscilla que ainda não havia soltado o punho dela ficou sem entender nada do que ocorria ali.
- É assim que você fala com a sua namorada? É assim que você trata uma mulher?
- Que parte da conversa você não ouviu direito? Ela não é minha namorada.
- Mesmo assim. Você é pior que muito homem que eu conheço.
- O que você conhece não são bem “homens”. E acho que minha vida não diz respeito a você e nem a ninguém.
- Não mesmo. Adeus!
- Adeus uma ova.
Priscilla que ainda segurava o braço de Fernanda saiu arrastando ela para lado da pista de skate da praça, que por sinal ficava deserta naquele horário. Sem deixar que ela reclama-se ou corresse saiu falando..
- Você não arrumou essa droga de tumulto todo por que queria falar comigo. Agora você vai falar.
- Me solta.
- Solto. Agora diz. O que quer tanto de mim?
- Eu de você – Fernanda olhou Priscilla de cima a baixo – De você eu não quero nada meu bem.
- Como se você fosse tudo isso também.
- Não. Me diz que você não ficaria comigo?
- Fernanda. Beleza não é tudo meu bem.
- Então quer dizer que eu sou bonita?
- Feia não é. Mas é fútil e preconceituosa.
- Preconceituosa eu?
- Não minha mãe. Lógico que é.
Fernanda parecia que refletiu com o que Priscilla lhe falou sobre se preconceituosa e tento meio que se defender em uma tentativa frustrada.
- Eu só não gosto. Qual o problema?
- De não gostar? Nenhum. O problema está no momento em que você começa com a falta de respeito e piadinhas preconceituosas. Eu também não gosto de muitas coisas, e nem por isso mexo ou humilho.
- E quando eu fiz isso com você?
- Quer mesmo que eu responda?
- Diz Priscilla.
- Eu tentando te ajudar naquele dia. Você ao menos se tocou nas coisas que me disse?
Por alguns outros instantes, Fernanda se calou em quanto olhava fixamente para os lábios de Priscilla que soltava mil e uma palavras ao mesmo tempo, que junto com a visão de Fernanda estava confundindo tudo.
- Quer parar de me olhar com essa cara garota.
- Desculpa. Desculpa mesmo. Ofender-te foi a pior coisa que eu já fiz.
- Eu devo ter exagerado garota. Não precisa ficar com essa cara. Acho que não é uma boa idéia mantermos algum tipo de vinculo, faremos assim, falaremos o indispensável. As idéias são muito divergentes uma das outras.
- Ok. O que você achar melhor.
Do seu momento elétrico para uma tranqüilidade e abatimento se explicações. Fernanda só escutava.
- Então? Quer me perguntar mais alguma coisa?
- Achou melhor você ir Priscilla. Acho melhor que vá.
- Você está bem Fernanda?
- Não sei. Mas vou ficar. Vai!
....
Jeniffer era do tipo de mulher escultural. Tudo em Jeniffer chamava a atenção e seu interesse por Priscilla uma hora parecia amor, outra parecia obsessão. Jeniffer nunca deixou que Priscilla soubesse, porém, ela já deu conta de acabar com algum dos casos de Priscilla. A esperança era que no final ela tivesse Priscilla só para ela. Por sua vez Priscilla não gosta de romances... Não tinha como ela ser de uma pessoa só.
Ela dizia: “Eu gosto da mulher como todo, seria egoísmo meu ficar com uma só. Afinal, há tantas outras para serem conhecidas, amadas, provadas...”
Priscilla sempre foi muito sincera ao se envolver com alguém e quando as coisas pareciam não funcionar mais ela explicava a situação. Jeniffer a possessiva amorosa foi a que mais conseguiu ter Priscilla. Era como se elas namorassem sem o tal compromisso. Ao menos ao ver de Jeniffer.
- Amor você chegou.
- Me solta Jeniffer.
- Odeio quando você me chama de Jeniffer. O que aconteceu?
- Você ainda pergunta. Que droga de crise foi aquela no celular?
- É que eu ouvi a voz daquela mulher. Ai. eu...
- Jeniffer. Senta aqui.
Priscilla começou a explicar os fatos para Jeniffer, como se fosse fazer alguma diferença para ela.
- Jeniffer você sabe. Você me conhece. Nos não temos nada, simplesmente nos curtimos. Eu sempre fui sincera com você que quando eu quiser ter alguma coisa com outra pessoa eu terei você não é minha namorada e nem minha dona para fazer o que fez. Entende Jeniffer, eu gosto muito de você, mas isso não te dá nenhum direito de fazer um escândalo toda vez que eu estiver com alguém. Já falei varias vezes, assim como eu não ligo com quem você está, você também não deveria ligar.
- Eu sei Pri. É que.
- Jeniffer me chama de Priscilla, não gosto que me chame de Pri. Quantas vezes eu precisarei te pedir. Poxa garota não faz assim. Você sabe que se um dia acontecer de eu me envolver com alguém eu adoraria que fosse com você e por enquanto não é com você e nem com ninguém. Quando eu quiser me envolver eu vou falar com você ou com a determinada pessoa. Assim como eu não me prendo por saber que não conseguiria, eu também seria capaz de deixar tudo para lá quando esse momento chegar, Mulheres, baladas e qualquer outra coisa que fosse atrapalhar. Enquanto isso não me cobra mais do que eu posso lhe dar.
A facilidade de fazer as pessoas chorarem sempre esteve presente no dia-a-dia de Priscilla. Pela ultima vez ela tentou explicar para a Jeniffer que ela não deseja se prender a ninguém e que se um dia esse momento chegar ela vai ser capaz de deixar tudo de lado. Desde que o que ela sentir for verdadeiro.
Suponho que me entender não é uma questão de inteligência e sim de sentir,
de entrar em contato...Ou toca, ou não toca.
Clarice Lispector
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Social Networks:
- Camila tem visto a Fernanda? Ela sumiu há alguns dias. Melhor, desde aquela apresentação na faculdade. Qualquer coisa que você souber me avisa.
Messenger:
BruH diz: Teem visto a Nanda?
Paulinho diz: Não Bruna. Eu não tenho contato com ela há dias
BruH diz: Elaa sumiu até da internet, não atende.
Paulinho diz: Deve estar mal com o lance do Mauricio.
Camilinha_ diz: Bruuninha, eu não sei da Nanda não.
BruH diz: Ninguém sabe dela. To começado a ficar preocupada já.
Camilinha_ diz: Gueenta ai amica que eeu vou veer aqui com os meeninos.
Skype:
- Mauricio você sabe da Fernanda?
- Camila. Não a vejo e nem falo direito com ela desde que terminamos.
- Okay. Vou ligar aqui pro Pedro.
- Pedro sabe da Fernanda?
- Não. A última vez que a vi, ela estava com a rockeira maluca.
- Rockeira maluca?
- Sim. A herdeira louca. Ela montou na moto dela e saiu.
- Valeu. Vou avisar o pessoal. Passa essa informação. Tchau.
Messenger:
Camilinha_ diz: O peedro me dissee que ela está com aqueela louca.
BruH diz: Que louca muie?
Camilinha_ diz: A tal de Priscilla...
Os amigos de Fernanda deram um jeito de achar o endereço de Priscilla e meio que saíram invadindo a casa dela atrás de Fernanda. Sem qualquer explicação vasculharam tudo e começaram a acusar-la de varias coisas.
- O que você fez com nossa amiga sua sapatão?
- Primeiro abaixa o tom. Outra. Nenhum de vocês tem o direito de invadir a minha casa.
- A Fernanda sumiu depois de que alguém disse ver-la subindo na garupa da sua moto.
- Se ela sumiu não é problema meu. Ela montou na moto por que quis e depois me obrigou a levar ela em casa.
- Não vem com historias.
- Os gênios já pensaram em procurar ela na casa dela? Por que obviamente ela não está na minha. Já pensaram que ela pode não querer atender vocês por que está de saco cheio.
Eles pararam e viram que realmente ninguém tinha ido até a casa de Fernanda e realmente as ligações pareciam serem recusadas.
- Bem como já notei que são todos muito inteligentes eu não vou registrar queixa por invasão. Respeitem mais as pessoas. Agora só porque vocês invadiram a minha casa eu vou provar de vez que eu não estou com ela e que vocês estão sendo ignorados pela mesma. Talvez ela só queira ficar sozinha.
Priscilla pegou o seu celular que estava sobre a mesa, pediu o numero de Fernanda para os amigos dela e ligo para ela colocando o telefone no viva voz.
- Vou provar para vocês e vocês somem daqui logo em seguida.
- E por que mesmo ela atenderia você...?
Cel.:
Primeiro toque... Segundo toque.
- Alo?
- Oi Fernanda.
- Eu conheço essa voz.. Priscilla?
- Sou eu sim. Desculpa atrapalhar qualquer coisa. Só que alguns dos seus amigos invadiram a minha casa dizendo que eu havia te seqüestrado, e estão aqui olhando para minha cara.
- Mentira Priscilla?
- Digam oi para ela Pessoal.
- Oi > 3x Nanda vc ta bem? [Bruna]
- Vocês são loucos ou o que? Deixem-na em paz. Priscilla desliga o viva voz que eu quero falar só com você.
- Só espera eu colocar todo mundo para fora.
Priscilla deixou Fernanda na espera e tratou logo de colocar todos eles para fora de sua casa.
- Diz Fernanda? Você está bem?
- Por que está me perguntando se eu estou bem?
- Porque seus colegas invadiram minha casa?!
- Sinto muito sobre isso.
- Ok. Mas tudo bem com você?
- Nem tudo. Desde o ultimo encontro que tivemos estou pensando sobre muitas coisas.
- E isso é algo ruim?
- Não. Quer dizer sim. Em partes.
- Explica
- Você tem razão sobre algumas coisas que me disse, nenhum amigo meu tinha sido tão sincero comigo. Precisou realmente de alguém de fora para me fazer enxergar que eu sou fútil.
- Eu não queria concordar, mas é verdade. Relaxa só de você parar para pensar a respeito já subiu no meu conceito.
- Rs. Desculpa pelas besteiras que eu fiz. Ainda acabei fazendo você brigar com a menina.
- Tranqüilo. No final de tudo eu sempre me entendo com a Jeniffer.
- Então o nome dela é Jeniffer. Bonito nome.
- Quer mesmo falar sobre isso?
- Se você não quiser não.
- Creio que você precisa de alguém para conversar um pouco Fernanda. Parece que você muito sozinha ultimamente.
- E você iria querer conversar comigo por quê?
- Porque hoje você me mostrou que é capaz de mudar se algo estiver errado em você e que não tenha vergonha de assumir seus erros. Eu admiro muito esse tipo de coisa...
A única maneira de teres sensações novas é construíres-te uma alma nova.
Fernando Pessoa
...
Priscilla começou a manter contato com Fernanda. E logo marcaram a tal conversa que Fernanda precisava. O tema foi abordado com todo bom humor e seriedade exigida. Falaram sobre tudo um pouco. Desde o romance de Priscilla ao namoro de Fernanda. Tudo abordado com se elas se conhecessem há anos.... Fazendo com que Fernanda descobrisse que Priscilla não era nenhuma criatura abominável só por causa de sua condição; por sua vez Priscilla notara que aquela menina fútil que conheceu estava se perdendo no limpo sorriso de Fernanda.
Priscilla nunca conseguiu ficar parada em um local muito tempo, tinha sua casa mais vivia viajando a trabalho e por o simples espírito de mochilar. Quem não curtia muito isso era Jeniffer que nunca sabia com quem ou onde Priscilla dormia.
Messenger:
Nandizinha diz: Oi
Priscilla diz: Oi. Nandizinha? Apelido feio.
Nandizinha diz: É da época do Mauricio.
Priscilla diz: Então já não está na hora de mudar?
Nandizinha diz: Tem razão.
Nanda diz: Pronto.
Priscilla diz: Eu ainda acharia mais bonito Fê. Mas o que eu acho não conta =)
Nanda diz: Pra mim sim e muito.
Priscilla diz: q ? pq?
Fê diz: Nada. Assim ficou melhor mesmo.
Priscilla: =)
Fê diz: O que conta de novo?
Priscilla diz: Viajo daquia 2h
Fê diz: Viaja Oo?
Priscilla diz: Sim. Trabalho e diversão
Fê diz: Nossa. E pra onde vai?
Priscilla diz: Sampa primeiro a trabalho e depois vou dar uma mochilada por ai.
Fê diz: E dias, quantos vai ficar? 3.. 4?
Priscilla diz: 3 ... Quatro meses, no mínimo.
Fê diz: P#@#a, mas tudo isso? Você não pode...
Priscilla diz: Tudo isso? É pouco tempo. Por que, algum problema?
Fê diz: Sim. Quer dizer não. E a Jeniffer garota.
Priscilla diz: O que tem ela?
Fê diz: Vai com você né?
Priscilla diz: Não.
Fê diz: Mas ela deixa você sair sozinha? Se eu fosse ela não deixaria à namorada viajar tanto tempo sozinha e sem destino.
Priscilla diz: kkk. Ela não é minha namorada. Você não é ela. Até porque ela gosta muito de mulher e você nem um pouco. E como assim você não deixaria.
Fê diz: Esquece Pri. Você é uma idiota às vezes.
Priscilla diz: É engraçado, não sei por que você é a única pessoa que eu deixo e que eu gosto que me chame de Pri.
Fê diz: Ownt *-*
Priscilla diz: Esquece isso.
Depois de algumas horas Priscilla se foi...
....
Priscilla sempre foi misteriosa. Nunca questionavam suas decisões. Gabrielle era a única pessoa que realmente conhecia Priscilla, era a única amiga que Priscilla dizia ter. Gabrielle havia ficado para trás assim como muitos outros fatos da vida de Priscilla. Gabi, como era chamada carinhosamente por Priscilla. Morava em outra cidade, e às vezes Priscilla pegava sua moto e ai de encontro para ela.
Gabrielle tinha um pouco mais de 1,73 de altura, tinha os cabelos encaracolados e era bem magrinha, porém, bem sedentária. Ela era tratada como uma verdadeira irmã e sabia de tudo que envolvia Priscilla Tinha dois anos a menos, Priscilla que tinha 21 anos. Na adolescência as duas eram implacáveis. Durante a fase de transição de Priscilla para a vida adulta. Gabrielle viu a amiga se apaixonar perdidamente por uma menina que alguns meses depois foi para a França. Só mesmo Gabrielle para saber de tudo isso. Foi nesse momento que Priscilla mudou drasticamente de vida, já não era mais aquela famosa pegadora de todas as baldas, já não era mais tão cruel com as mulheres quanto já foi.
- O que deu em você agora?
- Ah Gabi.. Não começa.
- Você não vai mesmo me dizer? Certeza né?
- Eu só estou mochilando, nada demais.
- Da ultima vez que você foi só “mochilar”, me lembro que deixou a sua “irmã” para trás.
- Drama não né. Eu precisava dar um tempo, só isso.
Liberdade é pouco. O que eu desejo ainda não tem nome.
Clarice Lispector
- E a Jeniffer?
- Sei lá dela.
- Cara#@$. Quando você vai sossegar com alguém? A menina gosta de você.
- Eu sei. Eu também gosto dela..
- Mas ama outra. Você é difícil Priscilla.
- Só não estou a fim de me envolver. Isso é bem simples de entender.
- Ok. Quando você resolver se envolver poderá ter deixado alguém interessante passar. Ta eu não gosto da Jeniffer, ela é possessiva demais. Mais não teve nenhuma, nem sequer uma?
- Aconteceu uma coisa engraçada... Mas não tem não.
- Me conta?
- Não. Vou desligar.
- Ok. Mas mande sinal de fumaça ok?
- Faço melhor que isso.
- Como assim?
- Quando estiver voltando para casa vou te buscar.
- Me buscar Oo?
- Não. Minha mãe. Lógico que é você. Não tava ai se queixando que eu te abandonei então junta suas tralhas que você vai morar por lá. Tem 4 meses para se organizar.
- Você é louca. Eu não posso. E como fica a Thais?
- Vocês não estão enroladas a muito tempo? Chama-a pra morar com você.
- Vou pensar..
- Não vai aceitar e tchau.
Priscilla parecia realmente conseguir tudo que queria, e colocar a idéia de Thais e Gabrielle morar juntas sempre esteve armada, mesmo Thais não gostando muito de Priscilla.
Priscilla sempre torceu pelo romance das duas engatarem. Pitty que me de licença nesse munuto, mas Priscilla sempre foi muito 8 ou 80. Ou gostavam muito dela ou a odiavam, às vezes mesmo sem ela ter feito nada para merecer isso.
....
- Nossa. Aconteceu mesmo.
- Eu sei, ela realmente sumiu de novo.
- Eu acho meninos que ela é do tipo de pessoa que vive com medo de alguma coisa.
- Melhor mesmo é mudarmos de assunto, a Fernanda está ali e desde o que rolou na casa daquela maluca ela fala diferente conosco.
Fernanda ia se aproximando do grupo que cortou o assunto com uma cara de pau incrível. Fernanda não era mais a mesma desde o dia em que Priscilla jogou em sua cara tudo o que pensava sobre ela. Desde então ela refletia a todo o momento sobre a situação. Fazia pouco mais de 1 mês de viajem e nem um sinal de onde Priscilla estava e isso no fundo parecia afetar um pouco Fernanda. Elas pareciam ter virado amigas, ao menos Priscilla tratava Fernanda não mais como a fútil, porém, às vezes ainda como a mimada. O caso de Fernanda com Mauricio já não tinha mesmo mais volta e Priscilla dava sábios conselhos a ela sobre como agir, mesmo não entendendo muito sobre relacionamentos.
- Oi
- Ei Nanda!
- Nandizinha.
-Fernanda para você Mauricio.
- Não acredito que ai está brava comigo?
- Não estou. “Não pense que você é tão importante, talvez nem seja.” Mauricio.
- Não precisava dessa
- Não vim aqui para discuti com você. Falavam sobre o que Bruna?
- Nada não Nanda.
- Como assim nada, estava maior debate quando eu estava vindo. Vocês não querem é me dizer o que estavam falando.
- Eu digo.
- Então me diga Mauricio?
- Falávamos sobre sua nova amiguinha louca. Que por sinal não é o tipo de pessoa com quem deveria se relacionar.
- E quem seria esse tipo de pessoa? Você?
- Ao menos eu não sou uma lésbica maluca fugitiva.
- Ao menos ela fez o que você como homem não foi capaz. Não dia que você estava se pegando com aquela aguada que eu fiquei perdida ela que me deixou em casa. E por ser lésbica eu a julguei mal e me arrependo demais disso. Em nenhum momento ela me faltou com respeito, ao contrario de você que está fazendo isso com uma pessoa que nem conhece.
- Calma Nanda.
- Bruna quando você sair do lado desse garotão que só tem espermatozóides no lugar do cérebro eu falo com você.
Fernanda por um instante foi a maior das defensoras de Priscilla, parecia que a conhecia durante sua vida inteira. E por um momento se quer ela demonstrou que não era apenas um rostinho bonito e que também havia cansada de ser rotulada por todos. Se sentiu como Priscilla que era julgada por ser simplesmente como era.
Fernanda não ia simplesmente defender Priscilla e isso passar em branco entre todos os que estavam ali. Mauricio cumpriu com sua parte de ex-chato/criança e começou seu inferninho particular. Mesmo sem Fernanda sabe o porquê ela chegava e os cochichos começavam.
....
O tempo passou tanto para Fernanda quanto para Priscilla. Os boatos demoraram até chegarem aos ouvidos de Fernanda. Agora fazia pouco mais de 3 meses da viajem de Priscilla e a festa de que Priscilla havia deixado organizada antes de viajar estava para acontecer em duas noites. Priscilla podia ou não tentar chegar a tempo para a festa. Fernanda podia ou não ir para ela.
Messenger:
Fê diz: Nem acreditei quando vi sua janela subir.
Priscilla diz: Quem é?
Fê diz: Minha mãe Priscilla.
Priscilla diz: Oi minha mãe. Tudo bem?
Fê diz: Está falando sério mesmo?
Priscilla diz: Fala isso relacionado à que?
Fê diz: Você não lembra de mim?
Esses poucos minutos foram como a morte para Fernanda. Parecia que haviam lhe roubado o ultimo suspiro. [é sempre fui dramática] Ela simplesmente não podia acreditar que Priscilla havia simplesmente se esquecido dela. Assim nesse curto espaço de tempo.
Priscilla diz: Bem. Eu não conheço nenhuma Fê...
Fê diz: Como não. E eu? =/
Priscilla diz: Como dizia.. Eu não conheço nenhuma Fê, ao menos nenhuma que me chame de Priscilla. A que eu conheço me chama de Pri.
Fê diz: Sua idiota! Você me fez chorar.
Priscilla diz: Chorar Oo? Por quê?
Fê diz: Com sua brincadeira idiota. Eu achei mesmo que tinha se esquecido de mim.
Priscilla diz: Isso seria impossível.
Fê diz Pq?
Priscilla diz: Nada. Preciso de um favor teu por isso entrei rápido.
Fê diz: Nem pra ela dizer que está com saudades de mim. Sua fria!
Priscilla diz: kkk novela mexicana depois Fê.. Depois
Fê diz: Eu acho tudo quando você me chama de Fê *-*
Priscilla diz: Posso pedir logo ou você vai ficar babando ai em mim?
Fê diz: Babando em você o que, ta ficando louca?
Priscilla diz: Aham Cláudia. Faz o seguinte, no dia da festa você se encarrega das coisas para mim, eu preciso viajar hj.
Fê diz: Eu não estava muito a fim de ir nessa festa. Estão me olhando torto algum tempo e nem sei o porquê.
Priscilla diz: Agora que você tem que ir e descobrir o que se passa.
Fê diz: Eu vou né. Eu achei que você iria dizer que já estava voltando. Nem fica comunicável e se eu precisar de você? Como faço?
Priscilla diz: Você não vai precisar de mim e quando precisar realmente eu vou estar por perto. Agora vai no baile que eu tenho que sair, como disse tenho que viajar ainda hoje e buscar a Gabrielle.
Fê diz: E quem é essa Gabrielle ai?
Priscilla diz: Depois Fê.. Depois. Tchau!
“Ela não fez isso, não fechou essa droga de MSN na minha cara assim. E eu achando que ela vinha para organizar a droga da festa. Nem pra organizar essa droga ela vai ter coragem de dar as caras, e eu que vou ter que agüentar aquele povo todo. Enquanto ela vai buscar a Gabrielle. Agora eu que resolvo os problemas para ela ficar namorando por ai. To podendo com isso #Man?!”
...
Dia da Festa
Era a primeira vez que organizava um evento, melhor, monitorava. O tamanho era absurdo. Tinham vários Dj’s, muita gente e muita emoção envolvida ali. Fernanda parecia um tanto quanto perdida no meio daquilo tudo. No inicio era ser um evento voltado somente para os alunos da faculdade, mas em pouco tempo tomou tamanha proporção. Fernanda estava desesperada tentando saber se Priscilla chegaria ou não. Quase certo que naquela altura ela não apareceria mais...
- Nossa Nanda, isso aqui está demais.
- É realmente ela trabalha bem.
- Parece mesmo que ela conquistou muitas pessoas por aqui. Né Nanda?
- Não sei.
- Deixa de bobeira eu sou sua melhor amiga em mim você pode confiar Nanda
- Não estou entendendo o que esta tentando me dizer.
- Nanda já está todo mundo falando do romance de vocês. E de um tempo pra cá eu pensei sobre isso e se você estiver feliz eu estou feliz.
- WTF. Que historia sem pé nem cabeça essa. Eu e ela. Você está louca?
- É o que falam Nanda
- E você como minha amiga devia ter me dito antes. Eu gosto de homem.. Entendeu HOMEM.
“Só o que faltava mesmo, esse povo achando que eu tenho alguma coisa com a Priscilla. Por mais legal que ela seja é absurdo. Se ele fosse um garoto até ia. Seria até perfeito, mas ela é menina. Povo retardado.”
- Onde você está indo Nanda?
- Vou provar para esse bando de fofoqueiro que eu gosto de HOMEM.
Fernanda correu e começou a se agarrar com um rapaz que mal sabia o que se passava. Após isso começou a “curti” a festa, enquanto virava alguns copos se pegava com outros.
Priscilla que havia acabado de chegar de viajem com Gabrielle e Thais, levo-as para a festa e lá começou a procurar por Fernanda para avisar-la que poderia curti que a partir dali ela vigiava.
- Ei você viu a Fernanda?
- Não. Pergunta aquela menina ali. A Bruna. Elas são amigas.
- Bruna cadê a Fernanda?
- Se eu não estou enxergando mal ainda da cachaça é ela que está subindo ruim das idéias ali no palco.
Fernanda se preparava para começar seu show particular e Priscilla corria para tentar evitar qualquer tipo de constrangimento para a Fernanda.
- Me da o microfone aqui. Gato sobe aqui que eu quero falar uma coisa com você e com esse povo todo aqui.
Priscilla tentava passar entre a multidão e quando conseguiu finalmente subir no palco para tirar Fernanda de lá, já era tarde demais para a própria Priscilla.
- Eu não sou nenhum sapatão. Eu gosto de HOMEM e sempre vou gostar. Vou provar...
Ela beijou o garoto e nem notou que Priscilla esta ali. Todos acompanhavam o ocorrido como quem acompanha uma novela.
- Eu não tenho nada com aquela Priscilla. Ela gosta de Mulher e eu não. Isso é o recalcado do Mauricio querendo me sujar na praça,,,
Priscilla tomou da mão de Fernanda o microfone e colocou-a nos ombros saindo dali. Levo-a e deu uma ducha de água bem gelada nela. Por fim ela levou até sua casa a deixou dormindo em sua cama enquanto ela a vigiava. Verdadeira majestade a senhorita Fernanda.
- Bom dia/Tarde. Dormiu bem Fernanda?
- Durmi? O que eu to fazendo aqui? Minha cabeça está doendo/rodando
- Eu imaginava que isso aconteceria. Quer tomar um café?
- Não obrigada. Acho melhor eu ir para casa. O que eu fiz ontem.
- Você só sai daqui quando estiver melhor. Você bebeu demais e se excedeu bastante.
- E você quando chegou?
- Ontem mesmo. Bom vou preparar o seu café.
- Obrigada por cuidar de mim. Você é tão fofa *-*
“Quando se quer bem a uma pessoa a presença dela conforta.
Só a presença, não é necessário mais nada.”
Graciliano Ramos
“O que será que aconteceu ontem? Por que eu não me lembro de nada? Tive sorte de que foi a Priscilla que me busco, meio que me salvo de novo. Sei lá onde eu poderia estar essa altua.”
- Pri eu posso tomar um banho aqui?
- Me chama de Priscilla. Pode, quando acabar vem tomar seu café que está pronto, se quiser pega qualquer roupa ai minha. Isso se quiser.
- Ok
Minutos após o banho Fernanda vai tomar seu café enquanto Priscilla não consegue olhar na cara dela.
- Obrigada por cuidar bem assim de mim Priscilla, assim eu fico até mimada.
- É.
- Porque você está falando assim comigo?
- Estou normal.
- Não está. Bem mesmo que você disse que quando eu precisasse de você eu te teria por perto.
- Agora que acabou o café vamos.
- Mas já?
- Sim eu te levo em casa. Eu tenho que ir encontrar com a Gabrielle.
“De novo essa Gabrielle, será que ela na está vendo que estou debilitada e preciso de cuidados especiais. Ela é minha amiga ou não? Que droga viu.”
- Eu ainda não me lembro de nada que aconteceu ontem.
- Depois você pergunta para as suas amigas. Agora vamos embora.
Priscilla estava desapontada, com raiva e tudo mesclado. Porém, ela não poderia simplesmente deixar Fernanda naquele estado, depois de tudo levo-a para casa.
....
Fora o show a parte que Fernanda deu no dia da festa e não sabia o que tinha feito. Priscilla ficou mais desapontada com o que ela disse. Em algum momento desse pouco tempo que elas se conheciam, Priscilla chegou a acreditar em uma mudança sincera de Fernanda, no entanto, agora imaginava que ninguém é capaz de mudar assim de uma hora para a outra. E que como ela já havia pensado é muito difícil de relacionar com alguém tão oposta mesmo sendo simples amigas ou colegas. Algo de divergente sempre iria estar presente em qualquer pensamento ou atitude de ambas.
Depois de provar a sua sexualidade em frente a todos. Fernanda mal se lembrara do que havia acontecido na noite anterior. Após Priscilla deixa-la em casa ficou tentando remoer algumas poucas imagens que vinham à cabeça mais nada de concreto. Arrumou-se e se colocou de novo a seguir a vida.
Fernanda era a sensação do momento, mesmo sempre conecta ainda não sabia do vídeo que rolava na rede, tinham gravado o show a parte e ainda o discurso da vossa majestade.
- Ai Nanda, a noite foi sua em garota. – Gritaram do outro lado.
Fernanda seguiu andando e pensando o que ela tinha feito para dar tanto ibope assim.
- Que isso Fernanda, me dá um beijo daqueles também – Outro menino que gritou ao vê-la.
Um pouco mais a frente e em meio alguns risos e risadas constantes em foco de um aparelho celular ela se encontra com suas amigas.
- Fernanda. Como você está amiga?
- Com dor de cabeça Camila e com vergonha. Não consigo me lembrar do que aconteceu ontem.
- Não consegue ou não quer se lembrar?
- Como assim Bruna?
- Não se lembrar mesmo Nanda?
- De nada. O pouco que me lembro é de você contando sobre os comentários e eu virando uma dose de vodka.
- Antes tivesse sido só uma amiga. Antes fosse só uma.
- O que eu fiz meninas?
- Melhor seria perguntar o que não fez você foi à sensação do lugar.
- Sensação?
- Pegou os meninos mais gatos da festa. Dançou, subiu no palco e...
- Teve mais ainda?
- Teve até o momento em que a Priscilla tirou você do palco. Nessa parte você já tinha extrapolado.
- OMG. O que eu fiz? Contem-me, por favor.
- Melhor mostrarmos...
- Mostrar. Ai meu Deus.
Uns 5min de vídeo depois e com a cara de derrotada e completamente estúpida...
- Eu disse essas coisas mesmo?
- Disse.
- Mais a Priscilla...
- Tirando algumas zoações com a cara dela quando ela subiu no palco para tentar te tirar de lá. Ela agiu normalmente. Já deve estar acostumada sendo como é.
- Sendo como é? Ela é uma pessoa maravilhosa, me tratou super bem quanto a minha extrapolada.
- Mais não foi isso que você disse sobre ela né Fernanda.
- Eu estava bêbada. Não conta Camila.
- Será mesmo que não? Isso você tem que saber com ela. – Camila disse em um tom quase desacreditado que daria essa conversa - Se fosse comigo eu estaria bem chateada com você.
- Amiga eu concordo com a Camila – Bruna também estava com uma cara de descrente. – enquanto eu ainda conseguia entender as coisas. E ela mesma vendo e ouvindo tudo o que você fazia ainda foi te ajudar.
- Nossa, estou me sentindo a bruxa má meninas. – afirmou com a cabeça baixa.
- Vou ser sincera Fernanda. – isso de fato era marcante em Camila – Devia se sentir mesmo.
- Camila. – Bruna tentando fazer a amiga ficar calada.
- Eu vou falar mesmo Bruna – e seguiu indagando – Eu nunca gostei muito dela, só acho que ela fez até demais pelo pouco tempo que se conhecem. Não tenho a mesma certeza que teria a paciência e boa vontade com você se falasse tudo àquilo de mim. Ela simplesmente colocou a cara a tapa. Amizades assim não se encontram mais...
Camila com sua língua afiada ao ponto de causar uma guerra jogou mais essa bomba nos peitos de Fernanda. Como resolver a situação agora?
Passei a vida tentando corrigir os erros que cometi na minha ânsia de acertar.
Clarice Lispector
Fernanda poderia simplesmente evitar Priscilla. “Fazer à louca”. Não era simples assim depois de tudo que a garota ainda tinha feito por ela.
“Que mancada eu dei, Priscilla deve estar me odiando nesse momento. Também porque esse povo tinha que me associar com ela. Dizer que tínhamos alguma coisa. Eu ligo para ela esclareço que estava alienada de bêbada e resolvemos tudo. Ela sempre foi mulher cabeça e relevante, não será difícil para ela entender tudo isso. Afinal se ela estivesse tão chateada assim comigo não teria cuidado de mim. – concluiu Fernanda em seus pensamentos”
No cel:
Primeiro toque... Segundo toque... Quinto toque.. “Sua chama está sendo encaminhada...”
Primeiro toque... “Sua chamada está sendo encaminhada para caixa de mensagem...”
Depois de muito insistir e sem se tocar que está tendo as ligações rejeitas. Priscilla resolve atender-la.
- Que difícil falar com você Pri.
- É Priscilla. Diz.
- Tudo bem com você?
- Tudo indo... Melhorou da ressaca?
- Estou bem melhor sim. Obrigada por se preocupar.
- Por nada. Agora eu vou desligar.
- Não. Calma.
- O que foi?
- Precisamos conversar...
- Já conversamos quando te deixei em casa.
- Eu tenho uma coisa para falar com você.
- Acho que eu já ouvi coisas demais que você tinha para falar sobre mim. Cuide-se e tchau. – Priscilla seguiu desligando o celular.
“Não acredito. Ela desligou mesmo na minha cara. Ela não pode. – pegou o celular e tornou a ligar.”
Priscilla já havia desligado o celular.
“Esteve número está desligado ou fora da área de cobertura – anunciava a voz.”
Na verdade se eu fosse a voz diria: “Atenção! Deixe de ser idiota e cresça um pouco, obrigada.”
Fernanda nunca havia sido ignorada daquela maneira.. Sempre ela que tinha o dom de ignorar as pessoas. Isso foi como um veneno para ela. Como se tivessem tirado o próprio chão.
....
Gabrielle e Thais se acomodaram em um apartamento não muito longe da casa de Priscilla. Pareciam enfim ter se acertado e gostado da vizinhança. Thais cursava ED.F. Ela tinha um ano a menos que Gabrielle e tinha se assumido há pouco tempo para a família. Foi o romance forte entre ela e Gabrielle que fizera com que se assumisse. Priscilla desde nova sempre foi o cupido da turma e adorava juntar os casais e depois de velha não tinha muita coisa de diferente. Thais era um pouco mais alta que Gabrielle. Com aqueles olhos escuros que davam até medo às vezes, cabelo encaracolado e corpo legal. Parecia-se um pouco com Gabrielle e ao mesmo tempo não tinha nada a ver. Engraçado era Priscilla no meio das duas. Sempre como anã de jardim.
As meninas tinham adorado a festa, adorado a vizinhança nova e tudo seguia bem... O quase tudo.
- O que aconteceu com aquela garota e quem é ela?
- Você veio aqui mesmo para falar sobre isso?
- Priscilla você engana o mundo lá fora, mais a mim não.
- PQP Man. É uma garota ai. Chama-se Fernanda.
- E por que ela disse tudo aquilo?
- Nem eu sei. Um dia ela parecia querer ser minha amiga. Outro faz aquilo. Sabia que não deveria ter me misturado. – disse com uma cara de menina desapontada.
- E o que você pretende fazer sobre isso? – indagou querendo uma vingança.
- Nada Gabi. Ela é só uma pessoa a mais que nos trata feito lixo humano. – quase descrente com o resto do mundo Priscilla se expressava. – como pode alguém apontar o dedo e dizer o que presta ou não o que é certo ou errado. No fim só nos fazem odiar o que somos, mesmo que tenhamos a certeza absoluta de que não estamos fazendo nada de errado.
- Opa. – Pegou no ar o pensamento de Priscilla. – eu te conheço Priscilla, você não estaria assim por causa de uma simples garota. Isso tudo é por causa da Érika, no fim das contas tudo o que acontece com você e relacionado a ela.
- Nada a ver. – querendo fugir do questionamento de Gabrielle. – sabe que eu nem ligo mais para aquela garota, não esquece que ela está bem longe.
- Ela está aqui e a todo o momento. – Gabrielle tentou puxar-la de volta para a realidade. – já passamos por isso. Chega! Precisa mudar. E não só de cidade e não só fugindo. Precisa ser uma pessoa diferente com alma diferente.
- E como faço isso? – a animação de Priscilla era tão verdadeira quanto eu dizer que o Obama é branquelo.
Nesse mesmo momento Gabrielle a arrancou do sofá e começou a mostrar-la as possibilidades.
- Não vai ser uma branquela esnobe que vai fazer você lembrar-se de outra branquela mais esnobe ainda e ficar mal à toa. – disse Gabrielle a comparar Fernanda com Érika. – se bem que essa é bem gatinha.
- Você não presta Gabi. – Abriu um sorriso. – o que você fará então?
- Primeiro. – questionando. - Thais diz que eu presto e muito.
- Sem detalhes.
- Então vamos começar com compras e depois tratar de mudar esse visual. – Gastar e gastar pensava Gabrielle.
- Não. – sentou-se Priscilla. Sabe que eu odeio essas coisas.
- Eu não estou perguntando, estou mandando e vamos – saiu arrastando ela. – depois disso você vai namorar a Jeniffer e pronto.
- Concordo em fazer as duas primeiras. – rindo disse, - Nada de namorar...
....
Desaparecer sem deixar vestígios era o forte de Priscilla. Já não falava mais com Fernanda e isso a deixava atormentada e culpada. No fundo ela parecia realmente precisa de algo que só parecia encontrar em Priscilla.
Com alguns dias de desaparecimento de Priscilla e sem saber mais o que fazer para tentar se animar e seguir normalmente a vida com o peso de culpa as costas. Fernanda recebeu a noticia de que sua prima Francynie iria começar enfim o seu curso de nutricionismo na mesma faculdade da dela. E pela boca de sua mãe a senhora Carla Victoria Abreu comunicou que a prima de Fernanda passaria algum tempo morando com eles.
“Quanto tempo faz que eu não vejo ou falo com aquela garota? Agora ela vai ficar andando de um lado para o outro comigo. Só me lembro a quão estranha ela era. E o pouco que eu sei é que ela nunca teve um namorado na vida. Se bem que a cara dela nunca ajudou na verdade. Ela deve estar com o que.. Uns 17 anos .. 18 talvez? – o pensamento de Fernanda não parava, fazia alguns anos que não via sua prima e agora teria que morar com ela e partilhar algumas outras coisas...”
Não demorou uma semana para que Francynie chegasse à casa de Fernanda. Quando ela chegou Fernanda já havia saído para a faculdade. Francynie havia sido recebida por sua tia e tratou logo de ir fazer uma vista a faculdade que já começara a freqüentar no dia seguinte...
Ao contrario do pouco que se lembrava Fernanda sobre Francynie quando ela tinha apenas nove anos de idade. Francynie era uma boneca de porcelana. Seu sorriso parecia irradiar um brilho incomparável, parece que alguns anos com aparelho foram de bastante ajuda. Tinha um rosto meigo e delicado e parecia angelicamente encantadora. Pense em uma boneca viva [Eu disse boneca e não robô, isso não é a novela nova da rede globo.], ela tinha olhos cor de mel. Cabelos lisos que chegavam até a cintura cortados em v.
Não tinha um corpão igual à Fernanda. E muito menos malhava, era o corpo ajeitado e desenhado, que a olhava via como uma modelo ou manequim. Ao contrario disso ela nunca quis desfilar... Muito inteligente e com um ótimo conteúdo, qualidades pouco achadas hoje em qualquer tipo de ser humano. Francynie era totalmente o oposto de que Fernanda pensava.
- Alô?
- Oi prima.
- Oi prima?
- Sou eu a Francynie. Esqueceu de mim foi?
-Ah, oi Francynie.
- Eu cheguei a pouco e a tia me deu seu número.
- Já chegou?
- Sim e estou indo para ai.
- Vindo. Ué, pq?
- Eu tenho que conhecer algum dia e ninguém melhor que você para me mostrar.
“Só o que faltava vou ter que dar uma de guia turístico. Essa garota é totalmente sem noção.”
Francynie chegou à faculdade ganhando todos os olhares e suspiros. No momento ela já parecia ter sido declarada a nova rainha do pedaço sem nem ao menos ter começado o curso ainda. Fernanda era a garota mais conhecida do lugar, será que estava prestes a perder sua realeza?
O jeito meigo de Francynie poderia causar revoltada em algum dos tipos de garotas que lá freqüentavam. O encontro com Fernanda foi o marco e naquele momento todos saberiam que elas eram primas...
- Fernanda. – o sorriso de Francynie era o mais verdadeiro.
- Quem é você? – olhou assustada ao perceber que a menina vinha em sua direção para abraçar-la.
- Que isso Nanda, eu não estou tão diferente assim. Sou eu a Francynie.
- Francynie. – a cara de espanto não era maior que a de surpresa com a visão de uma Francynie totalmente diferente da que ela conhecia. – Você ta... Sem o aparelho.
- Nossa Nanda. Eu não uso aquilo há anos já. Você está linda prima.
- Você também.
“Pelo menos não me assusta mais e nem parece um mutante do inferno – pensou rapidamente Fernanda”
- Então vamos para você me mostrar tudo isso aqui. – falou puxando Fernanda pelos braços.
- Calma Francynie. – Fechou a cara na mesma hora. – Tenho que ir primeiro em outro lugar.
- Ok. Eu vou com você e você segue me apresentando para o pessoal.
“Virei baba. Realmente ela está diferente e bonita. – Fernanda se questionando quanto o que achava que a prima era.”
- Nossa Nanda aqui só da gente bonita. – falou enquanto olhava a paisagem – to ansiosa por amanhã.
- É sim.
....
- Nem pensa nisso.
- Eu não estou pensando, estou fazendo Priscilla – Gabrielle catou a chave do carro de cima da mesa e puxou Priscilla. – vamos.
- Calma. Você sabe que eu prefiro minha moto. – disse pegando a chave da moto. – pode mudar meu estilo mais não meu gosto.
- Não sei pra que tem essa merda então. – disse atirando a chave em cima da mesa
- Para momentos mais amigáveis. – com um leve tom de safadeza na voz Priscilla riu. – quer vai você com Thais de carro que eu vou de moto.
Gabrielle já havia conversado com Priscilla sobre a possibilidade de algum estagio ou algo do tipo para Thais na faculdade e como Priscilla tinha “conceito” lá dentro. [Pra não dizer que ela mandava na zorra toda se quisesse], pediu um help e aproveitou para mostrar o seu trabalho de mestre com o visual de Priscilla a todos.
Não demorou muito e Priscilla chegou à faculdade. Ela parecia mais feminina, mais sem perder seu ar misterioso e nem seu estilo de bad girl. No instante em que chegou foi o mesmo em que Fernanda e Francynie passavam pelo local.
- Nanda... – quase arrancando o braço de Fernanda fora Francynie questionou. – quem é aquela ali?
- Aquela quem menina? – Fernanda estava de costas para Priscilla até então.
- Aquela BONITONA ali da moto – a ênfase da Francynie foi demais. – aquela olha.
Fernanda se virou e deu de cara com Priscilla.
“Não acredito. O que aconteceu com ela? Ela vive bagunçando tudo o tempo todo... Ao menos ela apareceu. – o questionamento e a felicidade tomaram conta.”
- Ela está vindo prima. Fala com ela. – Francynie quase tão besta quanto Fernanda ao ver Priscilla.
- Não ta maluca. – com receio do que Priscilla poderia falar ao se reencontrarem.
Priscilla havia avistado Fernanda de longe. E resolveu seguir em frente, algo estava chamando a atenção dela direto para Francynie. Ao passar por elas Priscilla foi educada.
- Boa tarde menina. Boa tarde Fernanda. – os olhos de Priscilla pareciam estar presos nos de Francynie. – estão bem?
- Oi Priscilla. – Fernanda havia notado o jeito com que Priscilla olhou para Francynie e respondeu grossamente. – Estamos bem sim.
- Fico feliz. – Priscilla notou o descontentamento de Fernanda. – Ela é algo sua Fernanda?
- Sim. Prima. – Falou enquanto puxava Francynie pelo braço. – mas já estamos indo.
- Agora entendi. Por isso que você não quer que ela fale comigo. – voltou o olhar para Fernanda. – espero que ela não pense da mesma maneira que a prima sobre mim.
- Que maneira Nanda? – Francynie estava intrigada com o tom da conversa. – eu não penso igual a ninguém, tenho meus próprios pensamentos.
- Eu gostei dela. – exclamou Priscilla.
- Eu também gostei de você. – Francynie deu um meio sorriso. Sou Francynie, prazer.
- Vamos agora Francynie. – Puxo-a de novo pelo braço.
- Vai você Fernanda. – disse tirando a mão de Fernanda. – você já não queria mesmo me mostrar nada, vou ficar aqui fazendo novas amizades.
- Ouviu Né Fernanda. – Priscilla deu um risinho debochado. – ela vai ficar fazendo novas amizades.
Fernanda deixou as duas conversando com tanta raiva que seu rosto estava vermelho e não mais branquinho como era.
Priscilla seguiu mostrando o lugar para Francynie e contou quem era. Logo Francynie perguntou sobre o que tinha acontecido com Fernanda. Priscilla explicou em poucas palavras e se despediu de Francynie levando-a de encontro com Fernanda. Afinal ela tinha o compromisso com as meninas.
- Está entregue Fernanda. Eu não tirei pedaços da sua prima.
- Não disse isso Priscilla. – ainda estava com raiva. – acho que nós duas ainda precisamos ter uma conversa.
-Eu não sei se deveríamos. Já sei tudo o que pensa de mim.
Francynie se meteu...
- Pri. – falou como se já a conhecesse há tempos. – da uma chance pra prima. Ela é uma boa pessoa, conversa com ela.
- Não se mete nisso Francynie é melhor. E ela não gosta que chamem de Pri. – Fernanda estava com raiva por não conseguir demonstrar que precisava de Priscilla, que a amizade dela era importante. – Por favor, Priscilla.
- Ok. Tenho um compromisso agora depois nós conversamos. – Priscilla tornou a olhar nos olhos de Francynie e se despediu. – Até depois meninas.
Priscilla encontrou com as meninas e seguiu resolvendo as coisas. Do outro lado estava Fernanda com ódio de tudo que tinha acontecido e por ver o interesse de Priscilla em imediato por Francynie. Alguns conselhos foram dados para que Francynie soubesse quem era Priscilla. Nanda que fosse de mal sobre ela, mas o aviso de que ela não gostava de menino foi dado.
- Francynie. Eu tenho que te falar uma coisa sobre a Priscilla. – ela estava sem jeito com tudo aquilo.
- Fernanda eu sei que ela é lésbica. – disse com um sorriso bobo. – eu achei ela BEM interessante.
- Calma ai. Você o que? – O queixou de Fernanda estava no chão. – Ela tentou fazer alguma coisa com você?
- Não acredito Fernanda. – olhou com uma cara de despontamento para a prima. – pelo pouco que ela me contou, me pareceu que vocês chegaram a ter uma amizade legal. Daí você estragou com o seu preconceito. Agora você vem me perguntar se ela tentou me agarrar.
- Não é assim Francynie. Você nem sabe o que rolou direito – Fernanda estava abatida. – eu cometi um erro e quero consertar se ela me deixar.
- Espero que vocês se entendam. Ela me parece ser alguém realmente legal e muito gata por sinal. – Francynie não deixava de fazer elogios a Priscilla. – Espero encontrar com ela mais vezes.
- Meio difícil, ela quase nunca aparece por aqui. – Fernanda tentava entender o interesse da prima. – Por que tanto interesse nela?
- Por que ela é bonita, bem simples.
- Só por isso? – o semblante de Fernanda já não era o mesmo – Me conta do seu namorado? Qual o nome?
- Namorado? – Francynie deu uma crise de risos – Não tenho NAMORADO, estou solteira.
....
Com os últimos acontecimentos Priscilla havia deixado Jeniffer meio de lado e isso foi como uma facada no coração para ela. Ela sabia da tal de Fernanda e o barraco que ela tinha feito. Como Jeniffer também já não era fácil resolveu ir atrás de Fernanda para tirar satisfação. Ela não aceitava o jeito com que Priscilla tinha se afastado dela depois daquele acontecimento e culpava Fernanda por isso. Quando chegou na faculdade encontrou Fernanda rápido demais, parecia até agente da CIA.
- Oi tudo bem? Você que é a Fernanda Victoria? Conhece a Priscilla Bhelfmort?
- Oi. Sim e sim?
Não precisou de mais meia dúzia de palavras, Jeniffer puxou os cabelos de Fernanda e começou os avisos..
- Olha só não quero você a meio metro dela. Não quero nem que respire perto dela.
- Me solta sua louca – Fernanda virou a mão na lata lol. – não posso fazer nada se ela não te quer.
- E quem te disse que não? Ela te disse alguma coisa? – Jeniffer se afastou
- Nem precisa. Eu não ficaria com alguém como você. – e deu as costas para Jeniffer.
Francynie vendo o que estava acontecendo correu e buscou Priscilla que chegou no meio do quebra pau.
Priscilla chegou abraçando Fernanda pela cintura..
- Vocês estão loucas? – Falou enquanto puxava Fernanda. – O que está acontecendo aqui Jeniffer?
- Ela.. Ela fez você se afastar de mim. – falou arrumando o cabelo.
- E quem te disse que foi por causa dela? – falou ainda abraçada a cintura de Fernanda. – você está ficando paranóica.
- Eu não estou. E trata de soltar a minha mulher sua $%# - disse quase voando para cima de Fernanda outra vez,
Fernanda parecia estar anestesiada nos braços de Priscilla e pouco ligava para o que acontecia ali. Só percebeu quando Priscilla a soltou e entrou na frente de Jeniffer.
- Sai daqui agora. Primeiro que nem se quer sua namorada eu sou, outra que eu odeio gente barraqueira. – Priscilla parecia querer arrancar o pescoço de Jeniffer por tudo aquilo. – Fernanda não passa de uma colega e nada mais.
“Como assim colega e nada mais. O que não sou boa o suficiente para senhorita rebelde?”
- Amor desculpa? – Jeniffer tentou beijar Priscilla.
- Eu não quero mais te ver na minha frente. Não quero que chegue perto de qualquer colega minha. Principalmente a Fernanda e a prima dela – disse apontando para Francynie. – o que aconteceu entre nós duas não existe mais.. Agora vai.
Jeniffer estava inconsolável e se foi...
- Você está bem Fernanda?
- Estou sim Pri obrigada. – os olhos brilharam ao olhara para Priscilla.
- Desculpe-me pelo o que aconteceu. – olhou envergonhada. – prometo que ela não chega mais perto de vocês. E você Fran. Tudo bem?
- Tudo sim Priscilla.
- Me deixa recompensar vocês pelo o que aconteceu. Meu aniversario esta chegando e eu pretendo dar um jantar. Ficaria feliz se pudessem aparecer por lá.
- Vou sim obrigada pelo convite Priscilla – sorriu Francynie. – eu levo uma garrafa de vinho.
- E você Fernanda, não vai? – indagou. – esqueceu que precisamos conversar.
- Ok eu vou também. Que dia?
- Daqui a três dias, Na minha casa mesmo. Você conhece já Fernanda.
....
Aniversario.
Priscilla havia convidado algumas colegas, algo tipo reunião de lésbicas. Nesse jantar viriam algumas de suas antigas colegas, antigos casos e alguns outros flertes. Priscilla nunca se privou da amizade de alguém só por já ter tido algum tipo de envolvimento com a pessoa. Ali estavam presentes grandes pessoas, e nelas a certeza de algum tipo de conforto. Gabrielle e Thais sempre juntas, Aline, Paula, entre outras.. O ponto alto da noite seria quando Francynie e Fernanda chegassem, pois já havia um verdadeiro bafafá sobre as duas. Chaterine um das colegas mais discretas de Priscilla já havia dito que jogaria seu charme mesmo que elas fossem freiras. Como ninguém iria para aquele jantar já bom das idéias. Abriram aquela noite brincando de vira-vira.
Priscilla corria de um lado para o outro mostrando seus dotes culinários. E o resto da turma abrindo o apetite. O maior medo de Priscilla era que as meninas extrapolassem com as duas e as deixassem sem graças.
Fernanda chegou com um vestido preto na altura dos joelhos e aquele penteado que parecia ser feito para um casamento. De salto alto na pose. Francynie não ficou atrás, só que não vestida para um casamento. Ela vestia uma saia intrigante e uma blusa leve e despojada. Nada de muito sofisticado, mais tudo de encantador e sensual.
Ao mesmo tempo em que Paula abriu a porta para as meninas, os olhos saltaram sobre elas como os de gaviões. Com nenhuma descrição os elogios surgiram. Fernanda era o foco, parecia uma lady.. Mais Francynie arrancara tantos olhares quanto à prima.
- E onde está Priscilla? – questionou Fernanda enquanto vasculhava a sala atrás dela. – Ela não vem no próprio aniversario?
- Só serve ela mesmo?. – Chatarine tratou de jogar o seu charme. – estamos todas nós aqui.
- Meninas. Não esquece o que a Priscilla disse. – Alertou Paula para as amigas. – ela não iria gostar.
- E o que ela disse? – Questionou Francynie enquanto prendia os olhares.
- Nada. – estrategicamente respondeu Gabrielle. – ela pediu que vocês esperassem por ela um pouco enquanto se arruma. Então bebem algo?
- Não obrigada. – disse Fernanda.
- Eu quero abrir o vinho somente quando Priscilla chegar. – decretou Francynie e arrancou alguns olhares questionadores depois. – e que prometi tomar com ela hoje.
Alguns minutos depois e mesa posta graças às colegas. Priscila vai chamar todas as outras meninas para se sentarem junto a ela. A noite ganhou o eco das palmas e beijos de parabéns destinados a Priscilla.
-Discurso. Discurso. – gritavam as colegas de Priscilla enquanto Fernanda e Francynie observavam.
Priscilla virou uma ou duas taças de vinho para poder falar em público.
- Bom eu queria dedicar esse Oscar a minha mãe que me colocou aqui hoje, sem ela eu não teria nascido. As minhas colegas desnaturadas e loucas que estão presentes nessa mesa. – seguiu enquanto brincava com todos...
- É um discurso serio. – cortou Fernanda. – Fale-nos algo.
- Eu já estava falando ou não Fernanda. – e todos os olhares se voltaram sobre Fernanda.
- Não liga gente. Nanda nunca teve senso de humor. – decretou Francynie. – Pri faz um agradecimento para mim.?
- É PRI, faz um agradecimento para ela. - Gabrielle com seu veneno – Francynie será a namorada da vencedora.
- É serei. – risada maliciosa – eu serei com certeza.
- Por que ela.- questionou bem rápido Fernanda. – por que não a Paula?
- Eu ou você querida. – Paula era muito do BEM. – relaxa que é só faz de contas.
- Ou não. – Brincou Francynie ou ela falou serio? Oo – Relaxa Nanda, tudo é festa.
O jantar foi tudo o que se esperava. As pernas se cruzando debaixo da mesa eram a melhor parte. Algumas colegas de Priscilla passaram as pernas nas dela. Ninguém sabia quem era o pé de quem.
A noite seria encerrada com o típico EU NUNCA e o popular JOGO DA VERDADE.
- Vamos jogar eu nunca. – quem havia sugerido a idéia foi Francynie. – Descobriremos os secretos ocultos. Kkk
-Então você tem segredos senhorita? – questionou Priscilla.
-Alguns. – com uma cara que dizia por que não tenta desvendar.? – É bom ser misteriosa.
Francynie já estava se sentindo em casa com as meninas e Fernanda nem tanto, ela parecia observar tudo. Só observar. Francynie saiu pegando as bebidas no bar e levou alguns copos para seguirem com o jogo.
- Sabem as regras – Francynie assumiu tudo. – se já tem que virar de uma vez.
Ajeitou a mesa, o circulo se formou e começaram a brincadeira. Chatarine puxou o coro.
- Eu nunca olhei para Francynie e Fernanda quando elas estavam entrando na casa da Priscilla. – e virou o copo junto com as outras meninas.
Fernanda na mesma hora ficou sem graça.
- Puxa ai Fernanda. – sugeriu Francynie.- Algo legal.
- Eu nunca... – pensou por alguns segundos. – Eu nunca me apaixonei.
Todos viraram exceto Priscilla. Francynie e Fernanda. Elas se pareciam mais do que havia imaginado.
- Boa essa. – disse Paula. – minha vez. Eu nunca fiz sexo com duas mulheres ao mesmo tempo.
As questões parecia estarem sendo direcionadas a Priscilla a partir dali. Só Priscilla havia virado o copo.
- Já vi que as gracinhas começaram. – um olhar de reprovação surgiu – Minha fez meninas – declarou Priscilla. – Eu nunca... Eu nunca tive vontade de beijar uma mulher.
Todos beberam exceto Fernanda. Francynie já estava mais sorridente do que o de costume quando foi questionada pela prima.
- Você já teve vontade Francynie? – Fernanda questiona.
- E você não, nenhuma. – falou enquanto olhando nos olhos de Priscilla. – Sempre tem uma que balança que por um segundo ou mais balança todo a sua estrutura.
- E quando foi isso. – indagou Fernanda
- Esquece isso e vamos continuar – disse Gabrielle. – quando acabar você se questionam. Verdade ou conseqüência. Vamos?
- Bora – todas super empolgadas.
- Não, prefiro olhar. – responde Fernanda.
- Tem medo de que Fernanda – indagou Priscilla. – é só um joguinho e nada mais.
- Ih, a deixa Pri. – disse a Happy Francynie. – jogamos só nós duas mesmo.
Era bem mais fácil Fernanda só olhar do que querer se envolver em algo do tipo, afinal não poderia acabar bem, talvez se tivesse um ou dois garotos. A trama parecia estar organizada, as conseqüências do jogo seriam extremas ao ponto de colocar fogo nas envolvidas. Ao rodar a garrafa de ice que estava sobre a mesa o desafio foi lançado.
-Verdade ou conseqüência Gabrielle? – o riso diabólico de Paula demonstrava que a conseqüência não seria nada fácil.
-Verdade. – respondeu sem graça.
- Droga! Odeio quando escolhem verdade. – Paula havia desanimado. – Você seria capaz de trair a Thais?
Os olhares se voltaram para o casal.
- Nunca. – exclamou forte Gabrielle. – assim como sei que ela nunca me trairá.
- Nunca diga nunca. – Provocou Paula. – Roda ai você Thais.
Era a vez de Priscilla responder o que escolheria para a própria Thais.
- E então senhorita, vai encarar ou vai fugir? – desafiou Thais. – Verdade ou conseqüência Priscilla?
- Você sabe que eu nunca recuso desafios. – encarou Priscilla (H). – Diga o que tem para mim. – Conseqüência.
- Uuuuuh. – exclamavam todas ao mesmo tempo.
- Menina má. – replicou Thais. – Que tal um Streep.
- Que Mané Streep. – Gabrielle beliscou Thais enquanto ela concluía.
- Aff. – exclamou Thais. – Então tira só a blusa, porém de forma sexy.
- É serio isso? – questionou Priscilla. – Eu não tenho nada de sexy.
Priscilla se levantou e foi para o meio da sala tirar a blusa enquanto suas colegas faziam o som semelhante ao da pantera cor de rosa. Priscilla parecia haver se empolgado com a trilha sonora e lentamente tirou a blusa que estava vestindo, enquanto dançava virou de costas e atirou a blusa que cairá sobre o colo de Fernanda. Todas as meninas gritavam para parecer que estava em um show de verdade. O olhar de Fernanda estava fixo em Priscilla enquanto segurava a blusa em uma das mãos.
- Chega meninas. – Priscilla estava sem graça. – vamos continuar. Fernanda tem certeza que não quer jogar? – questionou Priscillla.
- Já disse não.
- Então pode me devolver a blusa? – indagou Priscilla.
- Não fica assim mesma. – especulou Francynie. – é o jogo e essa foi à conseqüência. Minha vez de rodar.
Francynie girou a garrafa que caiu entre ela mesma e Paula.
- Hoje à noite promete. – Paula estava um tanto quanto maquiavélica aquela noite. – Ou que vai ser querida?
- O que você tem pra mim querida. – Francynie repetiu as palavras de Priscilla. – Eu quero conseqüência amor.
-HUAHUA. Paula deu uma gargalhada tão maquiavélica quanto o seu pensamento. – Eu quero que você de um beijo...
- Em quem? – questionaram todas.
- Em quem mais seria. – Riu Paula. – Na dona da festa.
- O QUE? – Fernanda parecia não acreditar. – Ela não fará isso.
- Não? E por que não farei prima? – Questionou Francynie
- Por que não é certo. – Replicou Fernanda. – Você é uma garota.
Os olhares de reprovação tomaram conta da sala. Fernanda estava quieta até então e resolveu se meter. Francynie tratou de colocar ela em seu devido lugar.
Levantou-se, passou do lado de sua prima Fernanda e seguiu em direção à Priscilla.
- Desafio aceito – riu Francynie enquanto se aproximava da boca de Priscilla. – Eu já queria isso há MUITO tempo. – com ênfase e puxando Priscilla pela nuca Francynie a beijou.
- Caral$#%# - Chaterina era mais espantada com o beijão que Priscilla acabará de ganhar.
As meninas batiam na mesa como força. Fernanda por sua vez viu aquilo, se levantou e saiu sem falar nada com ninguém, e com sigo levou a blusa de Priscilla. A noite teve muito mais... Ou não!
....
Fernanda não gostou nada das coisas que ocorreram na casa de Priscilla. Muito menos do fato de Francynie ter beijado ela daquela maneira. A raiva era tamanha que ela na havia esperado Francynie que por sinal não dormiu em casa naquela noite.
“Não acredito nisso, ela mal chegou e já está achando que isso é uma bagunça e nem para avisar que não ia dormir em casa. Será que ela dormiu com a Priscilla? Seria muita doideira para uma pessoa só. Ela não tem o direito de chagar na casa das pessoas e fazer o que vem entender. As coisas não funcionam assim. – Fernanda pensava enquanto arruma o quarto quando se tocou que havia trago com sigo a blusa de Priscilla. – Eu não acredito que ela ainda deu um show particular, tirar a roupa na frente de todo mundo e ainda dançando daquele jeito. Ela acha mesmo que conseguiria seduzir alguém – questionou a si própria naquele momento.”
Fernanda ao se deparar com Francynie um pouco mais tarde na faculdade sentiu vontade de lhe arrancar o pescoço. Para ela tinha sido uma vergonha o que Francynie tinha feito e ainda o fato dela não ter dormido em casa. Até o momento ela ainda não tinha cruzado com Priscilla. Então sua conversa havia sido primeiro com sua prima sem “cérebro”.
- Enfim a senhorita apareceu. Porque não dormiu em casa?
- Para de gritar. – sorriu Francynie – Eu dormi na casa da Priscilla.
- Você está achando o que? Que minha casa é bagunça que você pode chegar e fazer simplesmente o que quiser. As coisas não funcionam assim, você não poder fazer as coisas sem pensar nas conseqüências. O que as pessoas vão dizer quando souberem que você dormiu com a Priscilla, que vocês estavam juntas. O que você acha que vai acontecer? Você não é mais nenhuma criança, deveria saber que todas as ações têm as suas reações... – Fernanda parecia mataria Francynie.
- Para Fernanda – exclamou Francynie. – você é minha prima e não a minha mãe. Eu sei de todas as coisas que eu faço.
- Não parece. Agiu como uma criança ontem ficou bêbada e saiu se agarrando e dormindo com a primeira pessoa que apareceu na frente...
- Para agora Fernanda. – Gritou Francynie. – Primeiro eu dormi na casa dela e não com ela, as outras meninas também dormiram lá. Outra. Quem costuma beber e falar merda é você, não foi assim que sua “amizade” com a Pri terminou?
- Você não sabe o que realmente aconteceu. – exclamou Fernanda
- Eu sei o que todo mundo vê – Francynie alertou Fernanda. – você está com essa raiva toda porque eu beijei a Priscilla, você é tão contra isso que me parece estar apaixonada por ela. Quem deve crescer é você e pensar nos seus sentimentos. Não me arrependo de ter ficado com ela e pelo que saiba também gostou de mim e foi desde a primeira vez em que me viu. Sua raiva é essa e sempre foi. Você tem ciúmes dela.
Toma ai ó lol. Que nocaute ela tomou de Francynie.
- Eu já disse que gosto de Homem e você sabe disso. Haha – riu forçadamente Fernanda. – Eu ciúmes dela? Eu apaixonada por ela? Só você mesma para me fazer rir.
- Que bom que não está. – falou em tom ameaçador – então não ligaria se ficássemos juntas?
- Juntas? – se espantou Fernanda. – como assim juntas?
- Juntas assim como você ficou com Mauricio. Entendeu? – indagou Francynie.
- Mas você nem é... – Questionou Fernanda.
- Ao contrario de você eu vivo o que eu sinto. – explicava Francynie. – eu vivo o que meu coração e meu corpo me mandam viver, eu já namorei garoto mais confesso que prefiro o toque de uma mulher. Não gosto de rótulos e nem vou deixar de ser feliz pelo que pensa A ou B.
Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no que você não conhece como eu mergulhei.
Não se preocupe em entender, viver ultrapassa qualquer entendimento.
Clarice Lispector
[Estão contando aí NE? Francynie 2 x 0 Fernanda] Depois de uma super lição Francynie deu as costas para a Fernanda sem deixar que ela falasse absolutamente mais nada.
....
Os comentários do dia seguinte a festa envolviam as meninas. Francynie havia demonstrado ser totalmente diferente de sua prima Fernanda. O grande foco mesmo foi o beijo que rolou entre Francynie e Priscilla. Em algum momento daquele beijo as duas pareciam estar conectadas. A grande verdade era que Priscilla havia realmente se encantado pela doçura de Francynie, logo ficar com ela não foi nenhum desafio. Francynie era menina delicada mais não bobinha. Seu charme e sua coragem de fazer e dizer o que pensa havia dado a ela o que queria Priscilla. Gabrielle estava tramando algo, ela deseja que Priscilla arruma-se alguém para que esquecesse determinados acontecimentos que ocorreram em sua vida no passado. No plano inicial era ter Jeniffer e Priscilla realmente juntas, porém por ser tão possessiva Jeniffer havia se traído. O plano infalível dessa vez era uma estratégia toda voltada para Francynie, sem nem mesmo saber se era aquilo ou não que a pequena garota queria, Gabrielle começou a tramar tudo aquilo. Ela que se sentia uma CISI com suas tramas e descobertas. A última seria a descoberta de Francynie gostava de Priscilla de alguma maneira [Palmas pra ela].
Na noite seguinte a toda aquela bagunça e após a ressaca da alma passar, Gabrielle andava com Priscilla pela rua quando ela viu que Priscilla falava ao telefone, esperou que desligasse e deu a desculpa de ter de ligar para Thais somente para poder pegar o celular de Priscilla e colocar seu plano em pratica.
- Priscilla me da o celular ai. – disse Gabrielle enquanto arrancava da mão de Priscilla o aparelho.
- Só não dou umas tapas por ser você. - disse enquanto soltava o aparelho. – vai ligar para quem?
- Já ta querendo saber demais nega. – Brincou Gabi. – É pra Thais né.
- Aham. Sei. Thais. – Priscilla ria. – Vai usar meu celular para trair a mulher. Você já foi melhor nisso.
- Cala a boca ai que está chamando. – ordenou Gabrielle. – me diz a hora ai rápido.
- São 19h: 33min. – informou Priscilla. – tem motel aberto. - brincava com Gabrielle.
- Cala a boca agora. – falou enquanto se afastava um pouco de Priscilla.
Do outro lado da linda ninguém menos que Francynie. O plano infalível de Gabrielle tinha como ponto principal fazer com que as duas se encontrassem ainda naquela noite para que pudessem conversar a sós. Então ela sabendo que Francynie atenderia uma ligação de Priscilla resolveu fazer isso do celular da própria com uma das desculpas mais improváveis possível.
- Pri . – Francynie parecia estar entusiasmada com aquela ligação. – Como você está?
- Francynie não é a Priscilla. – Explicava rapidamente Gabrielle enquanto Priscilla vinha em sua direção. – É que ela sempre foi meio tímida e me pediu para lhe ligar e convidar para jantar com ela hoje às 20h: 30min.
- Como assim Gabi? – indagou Francynie. – Por que ela mesma não me ligou?
Priscilla havia escutado o fantástico plano de Gabrielle e tentava pegar o celular enquanto fazia gestos com as mãos para que Gabrielle parasse com aquilo.
- Já disse Fran. – explicava Gabrielle. – Ela é tímida e gostaria muito de poder conversar com você sobre tudo que rolou.
O encontro estava marcado. Gabrielle terminou o seu papel ligando para o restaurante e fez a reserva para aquele horário. Em minutos ela conseguiu fazer Priscilla ficar sem graça e com um jantar marcado com a menina por quem tinha uma quedinha.
-Sua vadia. – exclamou Priscilla. - como você fez isso.
- Pelo seu celular e você viu e ouviu. – Brincou Gabrielle.
- Eu não vou. - bateu o pé – você que se vire, coloque uma fantasia, invente que eu fui seqüestrada. Qualquer coisa.
- Para de criancice. – insistia Gabrielle. – Está mais que na hora de você se entender com alguém e todo mundo viu o clima que rolou entre vocês ontem. Vai e pronto.
“Não é só porque eu fiquei com a garota e rolou algum clima que pode marcar um encontro com ela. Gabi sempre inventa idéia. Além do mais ela é prima da Fernanda, que por sinal já não gosta muito da minha pessoa e vai gostar menos se souber que eu tive um encontro com a prima dela. Ela saiu ontem que eu nem vi. Nem para se despidir. Acho que o fato da Francynie ter me dado aquele beijo não deixou muito feliz, imagine alguém comentando que a prima dela fez uma coisa dessas – Priscilla havia se perdido em pensamentos.”
- Acorda por#@” – Gabi deu uma tapa em Pricilla. – Seria bom você ir tomar um banho e ir buscar a menina. Não vai querer se atrasar e deixá-laela esperando ou perder a reserva.
- Você me convenceu. Eu vou buscar-la. – disse Priscilla
Não muito tempo depois. Priscilla havia feito tudo que devia e pegou o carro para ir buscar Francynie na casa de Fernanda. Isso poderia não acabar bem se Fernanda se desse conta que era Priscilla que sairia com Francynie. Sorte das duas que Priscilla quase nunca saia de carro por causa da sua paixão por motos. Logo Fernanda não sabia o modelo do carro de Priscilla que por sinal era o que se pode chamar de carro. Afinal ela já tinha a vida ganha praticamente e o carro havia sido um presente. Uma captiva preta com os vidros tão escuros quanto Priscilla gostava.
Ao chegar à frente da casa de Fernanda ela ligou para Francynie avisando que estava na porta aguardando ela no carro.
- E porque você não vem me buscar na porta – indagou Francynie. – o certo seria isso.
- Eu não quero que a Fernanda me veja. – responde Priscilla no celular. – É melhor assim. Não complica o seu lado.
- E desde quando eu ligo para o que ela pensa? Sou o que sou! – acrescentou Francynie
- Por favor, não estou pedindo nada demais. – explicou novamente Priscilla. – eu só não quero acabar causando algum tipo de confusão.
Francynie abriu a porta para se dirigir ao carro de Priscilla. Fernanda que antes havia visto um carro encostar-se a frente de casa e não viu quem era desceu para tentar descobrir. Quando Fernanda notou que Francynie iria sair e com a pessoa que estava dentro do carro ela começou a questiona - lá. O que Fernanda mais queria saber era quem estava naquele carro.
- Tchau tia! To saindo. – declarou Francynie.
Fernanda que desceu o restante da escada questionou antes que Francynie saísse pela porta.
- Vai a onde Fran? – perguntou Fernanda.
- Estou saindo Fernanda. – respondeu deixando um ar de mistério. – Tchau Nanda!
- Espera. – Fernanda ainda não havia se contentado, ela precisava de detalhes, precisava saber quem estava naquele carro. – quem é que está te esperando no carro. – perguntou sem nenhuma descrição.
- Ai você está querendo saber demais né prima. – brincou Francynie. – eu tenho que ir Nanda, estão me esperando.
- Só me preocupo com você prima. – mentiu Fernanda, a curiosidade de saber quem era no carro gritava em sua cara. - vai com quem? Priscilla?
- Quem é Priscilla? – indagou a mãe de Fernanda? – É a mesma de que a Fernanda tanto fala e reclama? Às vezes penso que ela é problemática.
Em um segundo a mãe de Fernanda entregou que a filha vivia a falar e reclama. Francynie com bom humor respondeu para sua tia e para Fernanda ao mesmo tempo.
- Não tia, eu vou sair com um carinha ai. – mentiu Francynie. – E quanto a Priscilla, ela é legal, é que a Nanda se desentendeu um pouco com ela. Mais acho que a Fernanda GOSTA bastante dela tia.
- Entendi filha.- a mãe de Fernanda não parecia estar preocupada com aquela briguinha de garotas. – Depois eu converso com sua prima, ela anda meio estranha ultimamente. Deve estar apaixonada. – concluiu Dona Carla.
- Mãe! Para com isso. – Fernanda estava revoltada. – Vai logo Francynie, antes que seu namoradinho vá embora. – sem nem desconfiar que estaria mandando Francynie direto para Priscilla.
- Ok. Tchau pessoas. – riu Francynie e saiu batendo a porta.
Priscilla olha a conversa que rolava de dentro do carro na porta da casa. Quando Francynie entrou no carro ela começou a pergunta sobre o que estava rolando. Queria saber se Fernanda havia desconfiado de que fosse ela ali.
- Já disse que não. – Francynie explicou o que rolou. – Foi minha tia que me perguntou dá porta. – Fernanda nem em casa estava.
- Estranho. Pareceu-me que você fala com uma segunda pessoa. – afirmou Priscilla.
- Ah. – enrolou Francynie. – era uma amiga da minha tia. Era a dona Julia. – afirmou.
- A sim. – novamente Priscilla pergunta sobre Fernanda. – E então ela nem imagina que você vai sair comigo NE. Não disse nada mesmo?
- Já disse que não. – Francynie já estava perdendo a paciência. – Isso tudo é vergonha de sair comigo ou o que? – questionou-a.
- Não é isso. Eu já disse que não quero causar problemas para você. – Priscilla tentou se explicar.
- Não se preocupa comigo porque eu sei muito bem o que eu quero ou não. – Francynie prosseguiu. – Só resta você descobrir o que o quem quer.
- Eu sei o que quero. – Priscilla respondeu com uma cara pensativa.
- Então vamos antes que acabemos perdendo a reserva. – sorriu Francynie.
Durante o jantar elas conversaram sobre tudo. Francynie contou um pouco da sua vida e a conversa tomou rumos descontraídos. A conexão entre as duas era visível para qualquer um. Francynie contou sua historia de patinho feio na infância. Priscilla falou sobre alguma de suas mochiladas por ai. Ao longo da noite o clima foi ficando cada vez mais forte, os olhares se cruzavam diversas vezes em um misto de desejo e mistério. Francynie por sua vez questionou sobre o que aconteceu na casa de Priscilla e sobre o devia continuar ou não acontecendo após tudo aquilo. Francynie com seu ar encantador parecia desmontar aquele jeito durona de Priscilla.
- E o que você achou do beijo que eu te dei. – Francynie foi ao ponto sem rodeios. – Não gostou?
- E tinha como não gostar. – Sorriu Priscilla. – Você sempre me encantou.
- Então porque tanto medo de chegar perto de mim. – questionou Francynie. – Eu não sou igual a minha prima. Eu quero você. – falou com todas as letras o que queria de Priscilla.
- Assim eu fico sem graça. – Brincou Priscilla. – Eu espero que você tenha a certeza do que está fazendo.
- Tenho muita certeza de tudo que eu faço. – Afirmou Francynie.
- Então veremos o que acontece a seguir. – disse Priscilla olhando com uma malicia intrigante.
- A seguir nos vamos para sua casa e abriremos o vinho que eu te dei. – Concluiu Francynie.
- Isso pode não dar muito certo. – disse Priscilla.
- Então deixe que de errado. – afirmou Francynie.
Então Francynie e Priscilla seguem juntas para casa. Ao entrar no carro algo mais as conectou. Quando Francynie deu Player viu que uma de suas bandas preferidas também tinha espaço com Priscilla. A música que tocava era Paramore – Careful [http://migre.me/460Kz]. Francynie então começou a declamar para Priscilla pedaços da letra da música de uma forma um tanto quanto provocativa.
- Você não pode mais ser tão cuidadosa enquanto tudo isso a aguarda. (8)
Priscilla ria de como Francynie declamava a música.
- You resist me you just like this (8) – Francynie provoca Priscilla com os trechos de sua escolha.
- Eu resisto? – questionou Priscilla.
Francynie parecia gostar daquela brincadeira e nem sentia que já estava bem próxima de chegar à casa de Priscilla. A menos de quatro quadras de distancia.
- Chegamos – afirmou Priscilla. – Quer mesmo abrir aquele vinho?
Francynie nem se quer espero que Priscilla lhe abra a porta do carro, desceu afirmando. – Quero abri-lo imediatamente.
Algumas doses de vinho depois e sua devida música soando como um feitiço para as duas. O clima ficou em temperatura made in Salvador. Pitty adentrava na noite das meninas. Só agora [http://migre.me/461Fu] era o que soava no ar. O misto da música, da troca de olhares, das taças de vinho fez com o que elas se beijassem novamente. E dessa vez não foi por algum tipo de brincadeira. A música embalou Priscilla que pegou Francynie no colo e levou para o quarto...
Baby, tanto a aprender
Meu colo alimenta você e a mim
Deixa eu mimar você, adorar você
Agora, só agora
Porque um dia eu sei
Vou ter que deixá-lo ir
Sabe, serei seu lar se quiser
Sem pressa, do jeito que tem que ser
O que mais posso fazer
Só te olhar dormir
Agora, só agora
Correndo pelo campo
Antes de deixá-lo ir
Muda a estação
Necessários são
Você a florescer
Calmamente, lindamente
Mesmo quando eu não mais estiver
Lembre que me ouviu dizer
O quanto me importei
E o que eu senti
Agora, só agora
Talvez você perceba
Que eu nunca vou deixá-lo ir
Que eu nunca vou deixá-lo ir
Eu não vou deixá-lo ir .
Meu colo alimenta você e a mim
Deixa eu mimar você, adorar você
Agora, só agora
Porque um dia eu sei
Vou ter que deixá-lo ir
Sabe, serei seu lar se quiser
Sem pressa, do jeito que tem que ser
O que mais posso fazer
Só te olhar dormir
Agora, só agora
Correndo pelo campo
Antes de deixá-lo ir
Muda a estação
Necessários são
Você a florescer
Calmamente, lindamente
Mesmo quando eu não mais estiver
Lembre que me ouviu dizer
O quanto me importei
E o que eu senti
Agora, só agora
Talvez você perceba
Que eu nunca vou deixá-lo ir
Que eu nunca vou deixá-lo ir
Eu não vou deixá-lo ir .
A noite foi mais do que qualquer uma das duas poderia esperar. Priscilla deslizou as mãos sobre todo o corpo delicado de Francynie. Os labios de Priscilla ao mesmo tempo percorria o corpo de Francynie que estava ofegante. As peças de roupa foram arrancadas ao ritmo das respirações e essa alternancia deu o tom. Em segundos tudo aquilo se tornou cada vez mais quente. Cada vez mais forte. Parecia que Priscilla estava em uma tatame, fazia do corpo de Francynie um kimono. As pegadas era cada vez mais firmes e fortes. Houve um misto de prazer e dor. Nada que fosse capaz de machucar Francynie, mais conseguiu com que a deixa-se louca.
- Você é má Pri. – ofegante Francynie dizia. – Tem que maltratar tanto.
- Eu não estou maltratadando. – completava Priscilla. – Eu gosto do seu corpo. Eu gosto de aperta e puxa-lo junto para mim.
Priscilla mordia cada pedacinho do corpo de Francynie. Ela parecia querer deixar a moça cada vez mais disnorteada. Francynie fincou as unhas nas costas de Priscilla e arranhou ela. Priscilla soltou um suspiro longo.
- Não mexe nas costas. É meu ponto fraco. – aviso Priscilla.
- Agora ela é minha e eu faço o quiser. – argumentou Francynie.
Mais detalhes dessa noite poderia se tornar inapropriados. Elas simplesmente viveram aquele momento da melhor maneira possivel.
....
Messenger
BruH diz: - O que está acontecendo com você Nanda?
Fê diz: - Nem eu sei direito amiga
BruH diz: - Eu sei. Estou achando que você está apaixonada ou se apaixonando por alguém Nanda.
Fê diz: Não pode ser.
Bruh diz: Pq amiga?
Fê diz: Porque eu não posso estar apaixonada, eu não posso.
BruH diz: Por que não amiga?
Fê diz: esquece isso Bruh, por favor, esquece
“Como alguém pode gostar de uma pessoa diferente. OMG, isso não pode ser, não pode acontecer comigo. Eu não aceito isso. Esses pensamentos foram causados depois que eu terminei com o Mauricio. Isso me afetou mais do que eu pensei. – Fernanda se perdia em seus pensamentos enquanto Bruna falava com ela no msn”
BruH diz: Amiga eu sei de quem você está gostando.
Fê: Como assim sabe Oo?
BruH diz: Está estampado na sua cara Fernanda. E essa história de não poder, eu também ficaria me contradizendo. Eu acho que você tem ser feliz seja lá como for.
Fê diz: Do que você está falando Bruh? Ta ficando louca ou o que?
BruH diz: Eu acho que eu não preciso dizer nome nenhum né Nanda. Poxa a quanto tempo eu te conheço? Você acha mesmo que eu não teria a sensibilidade de saber o que você sente ou não?
Fê diz: Eu não gosto de ninguém não Bruna.
Bruh diz: Se você quer continuar se iludindo é com você amiga, só fica sabendo que eu to aqui.
Fê diz: Não tenho nada já disse. Eu não preciso... Eu não sei.
BruH diz: Se fosse você abria os olhos, parece que estão conquistando o que lhe pertence. Ontem fui com meus pais jantar e a Francynie estava com a Priscilla no restaurante. Elas saíram juntas...
Fê diz: Mesmo se fossem elas. Coisa que não era. Eu não tenho nada a ver com isso. E outra a Fran ontem saiu com o namoradinho amiga =)
Bruh diz: Nanda só você que não viu ainda. A Francynie não tem namoradinho e nunca teve. Ela está sim afim da mesma pessoa que você. Desculpa ser tão sincera mais me pareceu que a noite passada elas iriam dormir juntas.
Fê diz: Verdade que a Fran chegou hoje pela manhã, mais ela disse que o namorado tinha bebido e... Ela me fez de idiota. ¬¬
BruH diz: Você que deixou isso acontecer. Agora fica ai com ciúmes.
Fê diz: Eu não estou com ciúmes de ninguém DROGA! Bebeu o que? Como pode achar que eu gostaria dela. É uma mulher cara.
BruH diz: Calma Fernanda. Você precisa por a cabeça no lugar e pensar sobre algumas coisas.
Fê diz: eu não tenho que pensar nada. Se a Francynie quer levar esse tipo de vida promiscua é com ela.
Bruh diz: Você vai acabar perdendo Nanda. O que você passa com os olhos não é o mesmo que passa com as palavras.
Francynie havia se acertado com Priscilla e esse segredo durou somente uma noite que foi quando Fernanda juntou os pontos. Dona Carla havia pedido para que Francynie fosse chamar Fernanda para o jantar. Estava decretada a guerra sem que nenhum dos lados soubesse. Ao menos uma parte que não estava interessada desconfiava. Carla a mãe de Fernanda desconfiava que houvesse algum tipo de briguinha desse tipo rolando.
- Nanda – chamou Francynie pela prima que estava na internet. – a mãe está chamando. – Francynie já tratava dona Carla como uma segunda mãe por estar junto com ela.
- Sai do meu quarto sua falsa – Exclamou Fernanda que se levantava da cadeira para colocar Francynie para fora do quarto.
- O que foi Nanda? – Francynie não sabia o que estava acontecendo com Fernanda e nem por que ela estava sendo tratada daquela maneira. – O que eu fiz?
- O que você fez. Não seja tão sínica garota. – Puxou Francynie pelo Braço e levou para fora do quarto. – Você invade minha casa, começa a roubar minhas coisas, meu espaço a chamar minha mãe de mãe e ainda o que está fazendo.?
- Me solta sua louca. – Francynie ordenou gritando. – Você vai sempre querer quebrar barroco por causa dela. Com todos?
Carla subiu as escadas correndo e foi se meter no meio aparta separar as duas. O que até então era briga por algum menininho tomou outro rumo.
- O que está acontecendo meninas? – a mãe de Fernanda jogava cada uma para seu lado. – eu não quero as irmãs brigando dentro de casa.
- É a sua filha tia. – Explicou Francynie. – Eu vim chamar como à senhora mandou ela me colocou para fora em baixo de tapa.
- Porque você fez isso com a Fran minha filha? – questionou dona Carla
- Ela sabe o porquê mãe. – Encarou Francynie. – Ela é uma falsa. Ela não saiu com namorado nenhum ontem e nem se quer dormiu em casa.
- Verdade isso Francynie? – Questionou Dona Carla. – Onde você estava e com quem?
- Verdade sim tia. – Olhou para Fernanda com vontade de quebrar lhe o pescoço. – Eu dormi com a Priscilla.
- Priscilla? – Se assustou dona Carla. – Não diz que é a mesma Priscilla que eu estou pensando.
- É ela sim tia. – explicou tudo. – Eu estou namorando ela. E a Fernanda me atacou por que está apaixonadinha por ela e encubada ao mesmo tempo.
- Mentira mãe. – antes que elas acabassem a discussão dona Carla desmaiou com todos os acontecimentos.
Depois de um tempo as coisas pareciam ter dado um trégua, ao menos para que elas cuidassem de Carla. Fernanda foi buscar os remédios da mãe. Enquanto isso Dona Carla conversou com Francynie.
- Francynie minha filha. – chamou amorosamente a sobrinha.
- Diga tia. – Francynie estava preocupada com a tia. – A senhora quer alguma coisa, está bem?
- Estou minha filha. – olhou nos olhos de Francynie. – Filha você gosta mesmo dessa tal de Priscilla ou é só coisa de adolescente?
- Eu gosto tia e gosto muito. – respondeu com lágrimas nos olhos. – Me desculpa pelo o que aconteceu hoje, eu vou arrumar minhas coisas e ir para outro lugar.
- Não filha. Você não vai para lugar nenhuma. – segurou firme nas mãos de Francynie. – Você só precisa resolver com a Fernanda isso de vocês gostarem da mesma garota. – falou com uma naturalidade.
- Como assim tia. – olhou espantada para dona Carla. – Você não liga que ela esteja gostando de uma menina?
- E por quê? Eu deveria? – questionou Carla
- Não tia. Só achei que a senhora ficaria chateada com essa historia e que não me aceitaria mais na sua casa. – Explicou Francynie.
- Vou te contar um segredo que raras pessoas sabem. – abaixou o tom de voz para que Fernanda não ouvisse. – Eu já fui apaixonada por uma mulher. Ela se chamava Pamela. Foi o relacionamento mais intenso e verdadeiro que eu já tive até hoje.
- Mentira tia. – Espontou-se verdadeiramente com aquela noticia. – A senhora está brincando. Então e o tio? E a Fernanda?
- Seu tio eu conheci alguns anos depois. Naquela época não era tão fácil quanto é hoje. Por isso estou dizendo que se for verdadeiro você tem que viver.
- Como isso acabou tia? – Francynie estava curiosa com sobre a história.
- Eu disse que era uma época difícil, ela tinha medo de que acontecesse algo comigo e se afastou. Alguns anos depois ela se casou e eu também. Eu aprendi a gostar de seu tio.
Fernanda voltava para a sala e viu que Francynie e sua mãe estavam chorando e sem bem saber o porquê acabou por abraçar as duas e chorar junto. Francynie resolveu que estava na hora de conversar com Fernanda sobre seu lance com Priscilla. Chamou-a para o quarto.
- Fernanda eu não queria deixar a tia naquele estado. Desculpe-me por isso. – Francynie prosseguiu. – Eu sei que você gosta da Priscilla, eu vi a blusa que você não devolveu. Só que eu estou com ela e gosto dela. E não vou deixar que você tire ela de mim.
- Porque todos cismaram que eu gosto dessa garota? – Fernanda estava com raiva. – Eu só não devolvi a blusa por falta de oportunidade.
- Então se você não gosta não preciso me preocupar em esconder que estamos namorando. – disse Francynie.
- Vocês estão ficando. – afirmou Fernanda. – Priscilla não namora.
- Mais estamos juntas. – replicou Francynie. – Espero que você respeite isso assim como a tia respeito e apoiou. Dispenso qualquer tio de comentário homofóbico vindo da sua parte.
Querer não é poder.
Quem pôde, quis antes de poder só depois de poder.
Quem quer nunca há de poder, porque se perde em querer.
Fernando Pessoa
Depois de toda aquela discussão Fernanda saiu para dar uma volta por ai.. Na verdade ela foi pensar sobre tudo o que estava acontecendo. O problema é que Fernanda parecia atrair para si uma confusão atrás da outra.
....
Fernanda naquele momento parecia mais com a menina problema.Alguns de seus atos não agradavam a algumas pessoas. Os principais eram os que ela direcionava para Priscilla. Ao contrario do que ela e todos os outros pensavam, Priscilla era uma ótima amiga, ou qualquer coisa do tipo.
Fernanda havia resolvido tentar com Priscilla de qualquer maneira e dizer na cara dela que todos fantasiavam sobre as duas. Menos ela. Que nunca seria capaz de gostar dela com mulher ou amante. Que o carinho que tinha era mesmo a falta da amizade que ela acabou por destruir. Resolveu então rodar pela a cidade tentando encontrar com Priscilla. Ela sabia que em algum lugar ela acabaria esbarrando com ela. O pensamento dela foi meio ilusório, afinal a cidade é gigante e precisaria de muita sorte para bater com ela ao acaso. Revolveu então ir às boites que sabia que Priscilla freqüentava. Fernanda estava realmente determinada a encontrar.
- Oi.
- Ola linda! – respondeu a BarGirl
- Você conhece uma garota chamada Priscilla? – Perguntou Fernanda.
- Sim. – especificou a BarGirl. – Bhelfmort é conhecida de todas aqui.
- Todas? – Indagou Fernanda. – Ela passou hoje por aqui?
- Sim de todas. – afirmou a BarGirl. – Ela é a dona daqui.
- E onde ela está agora. – questionou Fernanda.
- Isso eu não posso te responder. – afirmou a BarGirl.
- Eu sou amiga dela. – justificou Fernanda.
- Todas são. – replicou a BarGirl – Olha você não é a primeira e nem será a ultima que tentará essa desculpa.
- Então liga para sua patroa e pergunta. – Desafio Fernanda. – Diz que Fernanda Victoria está aqui e vê se ela tem a coragem de dizer que não me conhece.
- Então você é a Fernanda? - a BarGirl parecia surpresa. – Eu acredito em você.
- Então me diz onde ela está. Eu realmente preciso falar com ela. – afirmou Fernanda.
- Sinto muito. Priscilla não está aqui. – afirmou a BarGirl.
- Ela está na Mystic. – concluiu a BarGirl sem dar mais detalhes. – Me dá licença agora.
Fernanda estava para sair do local quando foi abordada por uma mulher que ouviu a conversa.
- Então você procura a PrisLove. – a mulher brincou com o nome de Priscilla.
- PrisLove? – Fernanda não havia entendido muito bem o apelido. – Quem é essa?
- Priscilla Bhelfmort. – Concluiu a mulher.
- Procuro por ela sim. – explicou Fernanda. – Mais porque esse PrisLove ai?
- Não sabe? – a mulher riu para Fernanda. – Você se diz amiga dela e não sabe? Ela passou a ser chamada assim porque a grande maioria de mulheres que freqüentam aqui tem ou já tiveram uma quedinha por ela.
- Então ela fica com muitas garotas? – Indagou Fernanda. – Ela fica com quantas no dia?
- Calma garota. - Pediu a mulher enquanto tentava explicar a origem do apelido dentro da boite. – Ela costuma a rejeitar algumas mulheres que ninguém rejeitaria e mesmo assim elas morrerem de amores por ela. Daí veio o PrisLove. Que por sinal ela odeia. – Afirmou a mulher.
- Então me diz sobre a Mystic. – Pediu Fernanda.
- Primeiro e sem que você tenha me perguntado. Chamo-me Flavia. – Flavia esclareceu – Como a Nina te disse. Ela esta interessada em comprar a Mystic. Posso te levar até lá se quiser.
Nina a BarGirl olhava desconfiada para a mulher que conversava com Fernanda. Ela nunca tinha a visto por lá. Era uma mulher estranha e que não passava confiança. Flavia, isso se esse fosse seu nome. Tinha uma bonita aparência, mais um rosto que gritava que ali não era território seguro. Fernanda que já havia conversado com Nina se sentiu segura e acreditava que Flavia seria uma das amigas de Nina que iria levar-la para encontrar-se com Priscilla.
Ao invés disso. Flavia desviou o caminho para um ferro velho a uns 3 quilômetros de distância da Mystic.
Flavia parecia estudar cada passo que Priscilla dava e sabia quem ela andava ou tinha contato. Nina preocupada com o que estava acontecendo tentou recolher informações sobre a tal mulher. E nada se fez. Aviso aos seguranças da boite, algumas outras pessoas e no fim ligou para Priscilla.
Fernanda até o momento estava em uma situação critica. Flavia parecia ter ciúmes ou inveja de Priscilla e resolveu que a atacaria por meios indiretos e um deles seria atacando Fernanda.
Flavia parecia conhecer mais de Priscilla do que a própria. Nina finalmente conseguiu falar com Priscilla.
- Priscilla. – Nina tentou falar com a ligação horrível.
- Que foi minha Girl. – questionou Priscilla que estava no meio da reunião para que sua oferta estivesse dentro do que ele procura..
- Não Priscilla. – Nina pediu para que ela não desligasse.. –Ela não está mais aqui..
- Quem não está mais ai minha girl? – questionou Priscilla.
- Aquela Fernanda. – explicava Nina. – Ela veio a sua procura e acabou saindo daqui com uma mulher. Uma que eu nunca tinha visto por aqui e que não tem cara de pessoa confiável.
- PQP. Essa mina só se mete em encrenca – Afirmou Priscilla. – O pior que eu nem posso sair daqui agora. Eu não posso sempre ir atrás dela. – Priscilla havia se sentindo responsável. – Me diz como é essa mulher e para onde elas foram?
- Uma das meninas disse ouvir a tal mulher dizendo que iria levar ela até você – explicou Nina.
- Elas devem estar aqui perto. Aqui tem um lugar... Vou até lá. – Afirmou Priscilla.
“O que essa porra tem na cabeça. Acha que eu tenho a vida toda para ficar tirando ela dos problemas que entra, Que idéia também de sair com alguém com quem nem conhece – pensava Priscilla.”
- Marcos ocorreu um problema e terei de resolver. Meu advogado termina de acertar os detalhes com você. – Desculpou-se Priscilla.
- Ok Priscilla. Você me parece realmente aflita. Só toma cuidado em pilotar desse jeito. – concluiu Marcos.
Priscilla pegou a moto e saiu em disparada procurando por Fernanda. O ferro velho era de uma dimensão gigantesca. Fernanda parecia ter sido engolida pelos esqueletos de carros velhos.
- Chegamos amor. – Exclamou a suposta Flavia.
- O que estamos fazendo aqui. – Fernanda estava assustada. – Vamos embora agora.
Quando Fernanda tentou abrir a porta do carro Flavia tranco-a. Fernanda agora estava sem poder sair do carro e com Flavia agarrando ela. Fernanda Batia e socava a mulher e nada disso parecia adiantar. Ninguém ali seria capaz de ouvi-la. Priscilla procurava por ela como quem procura uma agulha em um palheiro. Era tudo muito escuro. De longe Priscilla achou ouvir um grito. Freio bruscamente a moto, que derrapou na areia que estava no local. Fernanda tentava de todos os jeitos sair de dentro do carro. Passou a mão por de baixo do seu bando e pegou o instinto. Deu com ele na cabeça de Flavia e conseguiu sair do carro. Sua blusa estava rasgada e em seus olhos havia lagrimas. Priscilla avistou Fernanda e parou do lado dela. Descendo da moto ela foi direto puxar Flavia para fora do carro.
A raiva consumiu os olhos de Priscilla. O ódio de Flavia acabaria fazendo com que Priscilla acabasse por cometer uma loucura. Flavia estava desmaiada no banco e Priscilla puxo-a para fora e começou a bater nela. Foi quando Fernanda entrou na frente chorando.
- Para Pri. Por favor, vamos embora daqui. – Em lágrimas pediu Fernanda.
- Não me pede isso Nanda. Eu quero matar essa mulher. – com os olhos em chamas respondeu Priscilla.
- Me leva para casa. Para qualquer lugar. Só me tira daqui. – Fernanda chorava.
Priscilla buscou a moto a contra gosto e tirou Fernanda do local. Fernanda segurava a cintura de Priscilla cada vez mais forte. Em um abraço que gritava por proteção, que desejava ser eterno.
- Nós vamos à delegacia. – Afirmou Priscilla.
- Não. Por favor, só me leva para casa. – Chorava Fernanda.
- Eu não concordo. Acho que deveria ir à Policia. – Questionou Priscilla e mesmo assim atendeu a vontade de Fernanda. – Vamos para minha casa e você descansa.
Fernanda parecia um tanto desnorteada, desligada, sem qualquer tipo de reação. Ao chegar a casa Priscilla pegou o celular que tocava sem parar para atender. Era Francynie com quem havia combinado uma pequena comemoração devido ao fechamento do acordo.
- É a sua prima. – afirmou Priscilla enquanto mostrava para Fernanda o visor do celular. – Vou pedir que ela venha para cá e contar o que aconteceu. Assim ela cuida de você.
Fernanda pareceu sair em uma fração de segundos do transe em que se encontrava e pediu para que Priscilla não contasse sobre nada do que tinha ocorrido com ela.
- Oi Fran. – Atendeu Francynie com um tom um pouco apático.
- Oi minha morena. Onde você está? – Perguntou Francynie.
- Eu estou em casa. – respondeu Priscilla.
- Então vem me buscar para mim te fazer companhia. – Declarou Francynie.
O que fazer. Era praticamente impossível resistir a Francynie, ao seu tom de voz, ao seu jeito. Mas naquele momento o olhar de Fernanda para Priscilla vez com que ela falasse qualquer coisa para que Francynie na aparecesse por lá. O pedido de Fernanda era claro.
- Fran eu estou cansada e com dor de cabeça; - mentiu Priscilla. – a reunião foi estressante.
- Poxa morena. Você prometeu que iríamos comemorar. – Francynie fez uma voz de decepção que rasgou o peito de Priscilla. – Ao menos conseguiu fechar o acordo?
- Não faz assim Fran. – Priscilla notoriamente havia se derretido naquele momento. – Eu não posso mesmo. Estou cansada, stressada e com dor de cabeça. Eu não quero acabar descontando em alguém, muito menos em você minha linda!
Fernanda ouvia Priscilla falando com Francynie e notou que algum tipo de carinho Priscilla tinha por Francynie. Logo em seguida Priscilla desligou o celular e sentou-se para conversar com Fernanda e saber se ela precisava de qualquer coisa.
- Eu já estou bem. – mentiu Fernanda. – acho melhor você ir se encontrar com sua namorada.
- Ela não é minha namorada. Estamos nos permitindo. – explicava Priscilla. – Eu tenho algo mais importante a fazer agora. – Olhava para ela como quem procurava qualquer arranhão.
Fernanda encheu novamente os olhos de lágrimas e questionou o tratamento tão carinhoso de Priscilla para com ela. Já que afinal ela havia causado alguns problemas para Priscilla.
- Porque você sempre aparece quando eu preciso de você. – questionou Fernanda.
- Eu prometi que sempre apareceria quando você precisasse. – respondeu Priscilla.
- Mais você deixou de sair com a Francynie por causa de mim. – disse Fernanda.
- Eu preciso ficar com você hoje. Eu posso sair com Francynie qualquer dia que eu quiser. – explicou Priscilla. – você precisa de mim agora e eu vou ficar aqui.
Fernanda não fazia nada mais do que chorar. Parecia que tudo o que ela fez para Priscilla se anulava e ela nunca deixava transparecer qualquer rancor para com Fernanda. Priscilla preparou um chá para que Fernanda se acalmasse. Fernanda acabou por pegar no sono no sofá da sala. E Priscilla levou para seu quarto e deixou-a dormi. Ao lado da cama deixou o chá e algo para a dor de cabeça que Fernanda sentia.
E logo Priscilla também pegou no sono em um pequeno sofá/poltrona que tinha em seu quarto enquanto olhava para Fernanda. Enquanto cuidava dela.
Ao amanhecer Fernanda despertou e viu que Priscilla estava ali a dormir. Sem conseguir mais ficar ali nem um minuto, Fernanda saiu na ponta do pé sem acordar Priscilla. Fernanda sentia-se mal por aquela cena, aquela situação.
Priscilla despertou e procurou por Fernanda. Deu-se conta que ela não estava e não sabia o que estava acontecendo. Ligou para Francynie para perguntar se Fernanda estava em casa.
- Fran – falava com uma voz um pouco preocupada.
- Oi morena. Bom dia! – Respondeu com uma felicidade na voz.
- Bom dia. – respondeu Priscilla. – Fernanda está ai?
- Chegou há pouco tempo. – respondeu indignada. – Não acredito que você me ligou para perguntar dela.
- Não é que... – Priscilla estava enrolada com tudo aquilo e ainda não podia deixar que Francynie soubesse que Fernanda tinha dormido lá e nem o que tinha acontecido com ela. – Ah linda, olha o ciúmes. Eu quero falar com ela urgente para saber se ela não quer fazer a reforma da Mystic para mim. Afinal é o curso dela e já está tão perto de concluir. Seria algo muito bom para ela.
- Morena – Exclamou com um orgulho. – você é muito fofa, sempre pensando nas pessoas.
- Eu tento linda. – Priscilla não estava muito a vontade com a mentira que contava, porém de fato ela tinha pensado em Fernanda para a reforma. – Era só isso que eu queria falar com ela. Ela está bem?
- Ela foi pro quarto. Acho que foi dormir. Ela não dormiu aqui hoje, estou achando que ela voltou com o Mauricio. – comentava Francynie. – Assim eu espero. – afirmou em uma voz de alivio...
....
Priscilla tentava falar com Fernanda. Quando ela finalmente resolveu aparecer online. Ela havia passado o dia todo dormindo.
Messenger
Priscilla diz: Enfim você apareceu.
Fê diz: Oi
Priscilla diz: Como você está? Porque saiu sem falar comigo?
Fê diz: Eu não queria te acordar.
Priscilla diz: Eu fiquei preocupada com você.
Fê diz: Eu sei. Você é um anjo.
Priscilla diz: Para de bobeira. Só prometi que eu ia cuidar de você.
Fê diz: Eu fiquei aliviada quando você apareceu.
Priscilla diz: Eu ainda quero matar aquela mulher. Deixa-me cruzar com ela.
Fê diz: Para com isso. Priscilla?
Priscilla diz: Diz Fê.
Fê diz: Eu tenho que te falar uma coisa.
Priscilla diz: É só dizer.
Fê diz: Ontem eu tive uma certeza.
Priscilla diz: Qual?
Fê diz: Eu gosto de você.
Priscilla diz: Eu também gosto de você nega =)
Fê diz: Você não está entendendo. Eu gosto de você como a Francynie gosta. Eu estou achando que é até mais do que ela gosta. Eu não queria que isso fosse verdade mais é. Notei ontem, depois que você me protegeu mais uma vez.
Priscilla diz: Fernanda não faz isso.
Fê diz: Eu também não queria. Mais é verdade.
Priscilla diz: Eu não sei como vou te dizer isso. Mais eu não gosto de você. Não desse jeito que você parece estar gostando de mim. Eu sempre vou cuidar de você eu prometi. http://migre.me/46oha
Logo após de mandar o vídeo Priscilla saiu da internet.
“Eu não acredito que ela fez isso comigo. Simplesmente disse que não gosta de mim. Então porque ela não me deixou lá. Ela prefere a Francynie a mim. Eu mato essa garota. – Fernanda questionava-se. – Será que é meu jeito, meu estilo. O que? Eu sou mulher não sou? Não é disso que ela gosta tanto?”
Fernanda nunca pensou que Priscilla fosse capaz de dizer-lhe que não gosta dela. Por algumas atitudes e o imenso carinho que Priscilla mostrava sentir por ela. Fernanda tinha a certeza de Priscilla tinha algo de verdadeiro em algum daqueles sentimentos. Além do mais. Porque ela mandaria aquela música. Porque ela agiria daquele modo.
O que precisa para se viver um grande amor? O que é preciso para aceitar quem você é realmente? Fernanda destratou tanto Priscilla que parecia ter quebrado qualquer tipo de possibilidade que teria com ela. Ou quem sabe Priscilla nunca tivesse tido a visão dela como mulher e sim como amiga. A verdade é que Priscilla havia fechado seu coração a algum tempo. E quebrava qualquer possibilidade de algo que pudesse levar-la a outro estado de depressão ou qualquer coisa do tipo.
- E ai, o que ta pegando pra você me ligar Priscilla?
- Deu merda Gabi.. Deu merda!
- O que aconteceu garota?
- A Fernanda veio me dizer hoje que gosta de mim. Depois de todo o circo que ela armou vem dizer isso.
- Que bafão nega. Ela não se dizia tão hetero?
- Ela se disse quase tudo. Ela é muito fútil, mimada, convencida.. Linda!
- Você gosta dela né? Nem nega.
- Não. Eu gosto da Francynie.
- Gosta da Francynie mais é apaixonada pela prima dela.
- Eu não sou e nem estou apaixonada por ninguém.
- Priscilla eu te conheço. Seria o mesmo que você tentar me dizer que você é hetero, que o Obama é Branquelo, que Hitler era um mano do morro.
- Exagerada. Eu já disse que não e fim.
- Só não vai fugir como você sempre faz.
....
Francynie nem se quer imaginava o que estava acontecendo entre aquelas duas. Ou que Fernanda desejava que acontecesse. Priscilla por mais uma vez havia decidido dar um tempo de tudo aquilo. O plano era simples, passar um final de semana em uma pousada com Francynie. Ela por sinal adorou a idéia. Um fim de semana inteiro só para o romance das duas. Sem Priscilla correndo de um lado para outro por conta de trabalho.
Era uma pousada no litoral, Priscilla não quis ir para a casa sua casa de praia. Resolveu assim pela pousada. Francynie concordou imediatamente, e entusiasmada com a idéia fez planos e planos para aquelas noites do lado de Priscilla.
O romance das duas ficaria realmente mais intenso depois daquilo. Priscilla com seu jeito durão sempre escondeu de todos. Seu lado romântico.
- Fala Bruna?
- Amiga... Vamos?
- Vamos para onde?
- Viajar final de semana. Pro litoral amiga.
- Vamos quem?
- Eu, você, Camila, Paula e os meninos.. Vai uma galerinha.
- Eu estou fora.
- Vai ter uma mega festa lá e nos temos vip’s. Por favor, vamos. E você está precisando se distrai.
- Eu não sei. Pode ser..
- Sabia que você ia amiga.
- Vamos ficar na casa de quem? A nossa está alugada. Na do Pedro?
- Que em casa o que. Vamos para uma pousada que é do lado do local do evento. E depois vamos passar o resto do final de semana lá.
- Pousada? Não sei cara.
- Deixa de ser mimada. Desce desse salto e encara uma pousada.
- Eu to encarando muita coisa ultimamente. Eu topo.
Parece mesmo que as coisas acontecessem como tem de acontecer. Fernanda agora sem saber que Francynie viajaria final de semana e sem saber que encontraria com Francynie e Priscilla na mesma pousada aceitou ir para essa “aventura”.
Priscilla por sua vez tinha dispensado sua própria casa de praia. Parecia que ela tinha algum tipo de recordação daquele local. E também estaria a caminho de um encontro não muito desejável com Fernanda.
- Morena. Vamos sair hoje? Parece que vai ter uma festa pela área. – Francynie fez o pedido.
- Fran eu não estou muito em clima de festa hoje. – respondeu desanimada.
Francynie chegou bem perto de Priscilla e enquanto dava beijos no ouvido pediu novamente com uma voz hipnotizante.
- Por favor, minha morena. – Francynie havia jeito os cabelos do braço de Priscilla se arrepiarem enquanto pedia.
- Assim é covardia. – explicava Priscilla.
Francynie conseguia sempre tudo o que queria de Priscilla com aquela voz, com aquela coladinha de rosto. Francynie era indescritivelmente sedutora e hipnotizante.
- Vamos morena. Eu faço o que você quiser depois... – completou seu charme com aquela proposta irrecusável.
- O que você não consegue com esse seu jeito. – sorria Priscilla. – Faremos o que você quiser.
Priscilla e Francynie se preparavam para a tal festa. Algumas pessoas se encontrariam por lá. Outras se desentenderiam.
Fernanda e afins. Chegaram a pousada algumas horas depois de Francynie e Priscilla. Não sabiam que estariam ali naquela mesma pousada todas juntas.
O lugar era lindo e indescritível. Nada muito sofisticado, porém, muito confortável e de bom gosto. O forte do local além de sua calmaria era a culinária. Algo de raiz. Bem caseira.
A tranqüilidade e simplicidade do lugar não se pareciam em nada com o estilo do grupo de Fernanda. Eram todos muito bem mimados e ricos. Ao contrario de Francynie que mesmo sendo de uma família poderosa financeiramente, nunca gostou de alguns tipos de frescuras. Fernanda por sua vez havia sido criada como uma boneca Barbie. Filha única tinha tudo o que desejava nas mãos. Sempre teve mil e uma empregadas e mil e uma maneiras de ser mimada. Talvez depois de atuais acontecimentos ela aprendesse a ser menos fútil.
Francynie têm dois irmãos. Um era Henrique, modelo que morava e trabalhava em Paris. Outra é Thabita. Uma cheff de cozinha. Forma por uma das mais conceituadas escolas de gastronomia. Escuela Bellart de cocina en Barcelona foi lá o curso de Thabita. A irmã de Francynie havia regressado a pouco ao Brasil e queria lhe fazer uma surpresa. Francynie havia lhe contado por auto sobre o romance com Priscilla e que em fim elas iriam passar um tempo juntas em um final de semana no litoral. Por meio do facebook e de alguns amigos que tinham restaurantes no litoral ficou sabendo da tal festa e resolveu ir.
A famosa festa ocorreria em uma das principais praias do litoral. Em um misto rave-lual. Os organizadores esperavam receber no máximo mil pessoas. Até então era uma festa estritamente reservada. Só gente com Cash embarcaria.
- Nanda. Lucas está afim de mim. – dizia Bruna sobre um dos organizadores do evento. – Não sei o que eu faço.
- Primeiro você tem namorado e outra ele é uma galinha. – Explicava Fernanda.
- Mais é lindo, amiga. – Expressou-se Bruna.
- Só você mesma. Agora vamos eu não quero sair de lá tarde. – afirmou Fernanda.
- Nossa. Você está tão chata. Isso ai é dor de cotovelo. – brincava Bruna. – Aproveita que você nunca esbarraria com ela por lá.
- Ao menos isso. – completou Fernanda.
Do outro lado da pousada. Francynie já arrastava Priscilla pelos braços. Ela queria logo era chegar à balada. Priscilla não sabia que uma das organizadoras era nada menos que uma colega antiga dos tempos de “moleque”. Na verdade eram cinco pessoas que organizariam o evento. Lucas, Patrícia, Marcos, Claudio e Sthefanny. Desde sempre Priscilla conhecia Sthefanny, mas elas haviam se afastado quando Sthefanny foi para Londres. Quando chegaram à festa Lucas que também conhecia Priscilla por estar algumas vezes em boites de Priscilla passou um radio para o pessoal da organização dizendo que ela estava ali e que queria apresentá-la e eles. Foi assim que Sthefanny e Priscilla se reencontraram depois de alguns anos.
- Eu não acredito. – Sthefanny pulou no colo de Priscilla e deu um beijo na boca. – É você mesma pivete.
- Ei bebe coala. – Brincava igual com Sthefanny. – Quanto tempo.
Francynie do lado dava tiros pro alto com a situação. Sthefanny parecia ser muito intima de Priscilla.
- Vamos.. – Disse Sthefanny puxando Priscilla pelo braço e deixando Francynie de lado.
- Espera. – disse Priscilla. – Essa é a Francynie.
- PRAZER. – falou com um tom um pouco raivoso.
- Namoradinha pivete? – brincou Sthefanny. – e desde quando você sai de casalzinho?
Francynie ficou possessa com a situação. Tomou a frente.
- Namorada sim. Por quê? – Questionou Sthefanny diretamente.
- Calma garota. – Sthefanny respondeu. – conheço a pivete há anos, somos quase irmãs. Não precisa esse ciúme todo. – riu Sthefanny.
- Francynie ela é casada. – Explicava Priscilla. – E onde está a senhora McFerreira. – Brincava com o a mistura de nome Brasileiro de Stheffany e Americano de Rachael. A esposa de Sthefanny.
- Está bem. – e acrescentou. – Quando você vai conhecer seus sobrinhos?
- Com quantos anos estão às crianças. – perguntava sobre Larissa e Pedro. Filhos gerados através de inseminação artificial.
- Tão lindos e bonitos quanto a mãe deles. – falava em tom de totalmente apaixonada sobre Rachael. – Você tem que passar alguns dias conosco.
Francynie via ali que era uma amizade de longos anos e que não tinha o porquê ter ciúmes realmente. Sentiu-se tão envergonhada com a situação, deixou as duas conversando e foi entrou com a pulseira que Sthefanny tinha dado para as duas. Que permitia acesso a qualquer lugar que quisessem.
- Que história é essa de namorada Priscilla. – Questionou Sthefanny depois que Francynie saiu.
- Ela não é. – respondeu Priscilla.
- Imaginei que não fosse. Você nunca namora. – Concluiu Sthefanny.
- Por que todos dizem a mesma coisa. – perguntou Priscilla.
- Por que é verdade. – Respondeu rindo Sthefanny.
Na outra entrada estavam Fernanda e companhia. Era a vez de Lucas que estava Encantado com a Bruna liberar as pulseiras.
As meninas chegaram a festa prometendo causar tumulto. Bebendo tudo o que devia e não deviam elas dançavam. Exceto Fernanda que parecia ter tomado juízo e ao menos naquela noite estava somente no refrigerante.
Algum tempo depois de conversar com Sthefanny e depois de perder Francynie de vista. Priscilla resolve entrar na festa também.
Priscilla se deparou com uma cena um tanto quanto estranha. Francynie dançava junto a uma garota ruiva. Um pouco mais velha que ela. Logo pensou que ela estivesse flertando com a garota e para não atrapalhar deu as costas como resposta. No fundo Priscilla não queria mesmo ir naquela festa. Resolveu então que sairia dali e iria para outro lugar.
A festa parecia bombar. Todos estavam juntos. La Fernanda se encontrou com Mauricio. E em uma sensação meio nostálgica acabo deixando que o beijo acontecer. No instante seguinte a um flash e meio devaneio. Lembrou-se do não que Priscilla lhe deu e saiu dali correndo. Fernanda era uma mulher problema ou era simplesmente incompreendida.
Priscilla resolveu se sentar em um banco que tinha do calçadão da praia. E ai olhou de longe toda a agitação da festa.
“Se a Gabrielle estivesse aqui essa hora já estaria sem roupa e pulando na água. Se a Thais não fosse tão ciumenta ela podia vim... – ria Priscilla ao se lembrar da amiga.”
Fernanda corria com quem corria de um ladrão e sem olhar para os lados. No mesmo momento passar um garoto de skate e eles se chocam fazendo com que Fernanda caísse. E na por acaso caiu praticamente encima de Priscilla. Que com o susto vou ao mundo real.
Priscilla viu a menina ali caída meio de costas para ela e foi ajudá-la.
- É brincadeira isso né. – disse em gargalhadas Priscilla. – onde eu tiro a carteira de sua guardiã?
- Priscilla. – Os olhos de Fernanda brilharam. – O que faz por aqui?
- Eu estava sentada. Até que começou a chover Fernanda no meu pé. – brincou Priscilla.
Fernanda mal respirou e perguntou vistoriando o local:
- Onde está a Francynie. – procurava a prima em todos os cantos.
- Ela está na festa. Onde mais. – responde lhe Priscilla.
- E por que não esta com ela. – questionou Fernanda.
- Por que ela esta dançando com uma menina e eu não quero atrapalhar. – Priscilla respondeu sorrindo.
- E você deixa isso? – Fernanda estava intrigada com a situação. – deixa sua namorada dançando com outra pessoa e sai.
- Ai que está. Ela não é minha namorada. Eu também não queria ficar lá. – explicava Priscilla. – E eu confio no meu taco. – brincou Priscilla.
- E porque não quis curtir aquela festa? – Fernanda parecia querer saber de todos os detalhes.
- Eu estou com algumas coisas na cabeça e precisava pensar... – Deixou em aberto o que dizia. – E você. Quem tentava te matar pra correr daquele jeito. – Brincou Priscilla.
- Ninguém. – respondeu Fernanda e concluiu. – O Mauricio deu um beijo e na mesma hora eu pensei em você.
Priscilla ficou sem graça e intrigada com o fato do beijo de Mauricio em Fernanda. Tratou logo de mudar de assunto quando viu Fernanda olhando para ela como quem quisesse dizer algo.
- Eu estou morrendo de fome. – comentou Priscilla. – Você quer ir comer algo?
- Claro. – respondeu quase sem ouvir o que Priscilla disse.
A idéia de comer algo de Priscilla se sustentava na maneira que ela mais adorava o “podrão” como chamava quando era pivete. Priscilla adorava comer cachorro quente em barraquinhas. Nunca teve esse lance de frescura. Fernanda no entanto acreditava que elas iriam para um restaurante de frutos do mar ou algo do tipo.
- Chegamos. – disse Priscilla.
- Aqui. – Questionou Fernanda.
- Sim aqui. – riu Priscilla. – Quer algo melhor que um Podrão. Eles têm um cachorro quente ótimo aqui.
- Mais é uma barraquinha. – Falava Fernanda.
-Eu sei. A patricinha na encara não. – desafiou Priscilla. – Ou só come caviar esse bonequinha de luxo.
Priscilla fez o pedido e olhava para Fernanda que parecia medir cada centímetro do local com os olhos. Era uma barraca tão simples quanto o possível. Cadeiras e mesas de ferro, a decoração contava com uma daquelas mini TV- radio, que na verdade parece passar só o canal dos pontos cinza. O porta guardanapo era o clássico de alguma marca de refrigerante.
- Aqui está- entregou o cachorro quente rindo para Fernanda.
- Do que você está rindo Priscilla. – perguntou Fernanda.
- Daria tudo para gravar esse momento. A patricinha e o cachorro quente. Isso daria um filme. – riu Priscilla.
Fernanda parecia estar sem graça. E ficou pior quando na AM do radio toca A sua de Marisa Monte [http://migre.me/46T8I]
O momento romântico a base de um cachorro quente. Parecia que as coisas não davam muito certo para Fernanda. Priscilla estava ali na sua frente e ela comendo cachorro quente.
Priscilla estava super natural, se sentindo mais a vontade de que em qualquer outro momento em que já esteve ao lado de Fernanda. Ela comia com gosto e vontade. E Fernanda a observava.
- Vamos. – Priscilla chamava por Fernanda.
- Para onde? – questionou Fernanda.
- Vamos e não pergunta. Ou então eu te deixo por aqui mesmo. – Riu Priscilla.
Priscilla corria como uma garotinha pela rua e Fernanda tentando acompanhar em um salto. Priscilla entrou em uma loja de conveniência e lhe comprou um chinelo. Pegou os sapatos de Fernanda e arremessou-os longe.
- Você se drogou. Aqueles sapatos são caros. – Quase chorando respondeu Fernanda.
- Deixa de ser fútil. São só sapatos. – respondeu e saiu correndo.
Um pouco mais a frente entregou em uma adega. Fernanda olhava alguns vinhos enquanto Priscilla escolheu dois dos mais baratos que tinha.
- Mais esses são muito ruins. Vamos levar esse aqui. – Questionava Fernanda
- Deixa de ser fútil – Priscilla repetia e explicou. – Para ficar chapada nada melhor que bebida barata.
Priscilla continuou andando pela orla e entrando em lojas. Por outra vez entrou em uma loja de conveniência e compro chocolates e alguns biscoitos e varias balas. Puxando Fernanda pelo braço começou ir em direção a um píer que tinha ali perto. Priscilla parecia estar mais do que a vontade. Quem nunca a viu daquele jeito acharia que a menina estava drogada ou bêbada.
- Calma Pri. – disse Fernanda. – Eu não sou tão atleta quanto você.
- Vamos. – puxava Fernanda. – Vou te mostrar o que eu faço quando eu venho aqui.
E seguiu em direção ao píer. A noite estava totalmente estrelada. Priscilla havia até se esquecido que estava com Francynie.
- E então. O que você faz aqui? – questionou Fernanda.
- O mesmo que você vai fazer. Pensar na vida. Tomar vinho barato e comer doces *-* - Ria Priscilla.
- E toda essa felicidade por causa disso.? – perguntou Fernanda.
- Quer a verdade ou prefere que eu minta? – Perguntou Priscilla
- A verdade ué. – Respondeu Fernanda.
- Você só está aqui por que encarou o cachorro quente. – riu Priscilla. – eu nunca achei que encararia.
- Eu não sou tão ruim quanto você pensa. – afirmou Fernanda.
- Eu nunca disse que era. – em segundos os olhos de Priscilla parecia ter percorrido o corpo de Fernanda.
- Então foi só por isso. – Questionou Fernanda.
- Não. Eu te trouxesse aqui para te dar de comida aos tubarões. – Brincou Priscilla.
- Aff é assim que você me quer? – Questionou Fernanda. – na boca de um tubarão.
Priscilla falou tão baixo quanto só ela poderia escutar.
- Não é bem assim..
- O que? – perguntou Fernanda já que não ouviu o que Priscilla havia falado.
- Nada não. Eu fico bêbada muito fácil com vinho – e riu
- Então para de beber. – Fernanda pediu
- Ai perde a graça em uma noite tão bonita. – Priscilla dizia. – íamos ficar olhando uma para cara da outra.
- Só se você quisesse. – respondeu baixinho Fernanda.
- Eu escutei isso ai Fernanda. – riu Priscilla. – você não sabe falar baixo.
- E que adianta ter escutado. Não fará nada a respeito. – Desafio Fernanda.
- Não mesmo. Eu estou com a Francynie e você é prima dela. – Explicou Priscilla. – E já conversamos sobre isso. – finalizou Priscilla.
- Não. Quem conversou foi você Priscilla. Nem se quer me deu oportunidade. – Fernanda resolveu que era hora de encurralar Priscilla.
Fernanda resolveu tomar coragem para resolver tudo àquilo cara a cara. Afinal não era atoa que tudo aquilo estava acontecendo. Que elas estavam ali e que tudo parecia conspirar.
- Eu sei que você também gosta de mim Priscilla. Afinal você tantas coisas para mim, sempre estava lá quando eu precisei. – Especulava Fernanda.
- Eu gosto de você, nunca disse ao contrario disso. – disse Priscilla.
- E então. Eu sei que podemos dar certo juntas e sei que você quer isso tanto quanto eu Priscilla. – Fernanda dizia tudo o que pensava. – Quantas vezes eu quis te beijar e não pude por medo e receio. Todas as vezes que você apareceu como uma super heroína. Algumas que eu nem sei ainda como apareceu. Na primeira vez que você me ajudou. Naquela noite em que eu dormir na sua casa. Em todas elas eu quis você e tive medo.
Priscilla interrompeu Fernanda e em um segundo deu um banho de água fria na menina. Priscilla se mostrava tão insensível e depois questionava o fato de Fernanda ser fútil.
- Você não gosta de mim. Você só me quer porque eu não fico te idolatrando. – insensivelmente especulava. – e por sempre ter tudo nas mãos quando quer uma coisa que não tem faz bico e bate o pé. Eu gosto ou gostei de você quando vi aquela garota no fundo de um ser fútil. E no dia seguinte ela estava encima de um palco acabando com qualquer tipo de admiração que eu estava começando a sentir.
Fernanda começou a chorar incontrolavelmente e ouvia tudo que Priscilla lhe dizia. Até que por fim ela resolveu responder-la.
- As coisas não são assim Priscilla. Você não pode julgar o que as pessoas sentem ou não só porque você não tem coragem de encarar que está apaixonada. Eu sei que você já se feriu uma vez. Está na sua cara com tudo isso de não se envolver. – Encarou Priscilla e continuou. – Eu também sei que eu já errei muito com você. Eu tenho a certeza de que você também passou por toda essa fase de negação quando se deu conta de que gostava de meninas. Você não é tão forte assim quando parece. Você pode enganar a todas só a mim que não.
- Você não sabe de nada. – Priscilla tentou especular algo.
- Fica quieta que agora você vai me ouvir. – decretou Fernanda. – Desce do seu pedestal de Mulher irresistível e para de se esconder por trás dessa mascara de conquistadora. No fundo você está é com medo de se envolver por isso foge. E isso de ficar com a Francynie está mais do que na cara de que foi para me afetar. Confesso que conseguiu, mas não é com ela que você está agora né? Deixou-a sem nem mesmo se preocupar com quem e me trouxe para cá. E vem me dizer que não gosta de mim? Sou fútil, mimada, patricinha e o que mais você quiser. Mas nunca serei idiota.
[Opinião da autora: Toma ai Priscilla, se fudeu nega. lol] Fernanda tremia de nervoso. Ela nunca se imaginou sendo capaz de encarar a Priscilla daquele jeito e dizer tudo o que ela pensava sobre o que estava acontecendo. Jogou na cara dela que isso de solitária era uma mascara que ela devia abandonar.
Minha força está na solidão.
Não tenho medo nem de chuvas tempestivas nem de grandes ventanias soltas,
Pois eu também sou o escuro da noite.
Clarice Lispector
De todos os que poderiam ter dito isso para Priscilla, nenhum deles faria que ela chorasse. Algo que ela nunca deixou que vissem. E Fernanda estava lá para ver e aparar as lágrimas de Priscilla.
Priscilla havia bebido mais do que deveria e seria a vez de Fernanda retribuir o favor. Sem saber onde Priscilla estava hospedada com Francynie resolveu que pediriam um quarto em outro local. Foram para uma pousada menor do que estavam hospedadas. Priscilla não conseguia para de chorar e pedir desculpas para Fernanda. Contou sobre tudo que aconteceu com ela. Priscilla nunca foi muito forte para bebidas.
Ao chegar à pousada só restava um quarto de casal vago. Pediu por aquele mesmo e subiu com Priscilla quase inconsciente. Tirando os questionamentos se ela queria ajuda. Fernanda levou tudo de boa. Fez com que Priscilla tomasse um banho. Priscilla mesmo bêbada recusou a ajuda de Fernanda.
A cabeça de Priscilla dava voltas e voltas. Logo Fernanda mando que ela se deitasse para dormir. Como só havia aquela cama não teve outro jeito. Fernanda também deitou ao lado de Priscilla. Priscilla não demorou muito para pegar no sono e logo se virou e abraço Fernanda. A menina tremia quando viu que Priscilla a abraçava, o único problema era que Priscilla estava inconsciente e não sabia o que estava fazendo.
“Ta bom. Esse tipo de coisa só acontecesse comigo, eu e ela deitada aqui e ela bêbada e dormindo. Ela podia ao menos não ter me abraçado. É tenso demais... mais pelo menos ela esta com o corpo colado no meu. – pensava Fernanda enquanto as horas se passavam e Priscilla abraçada nela.”
Priscilla seguia inconsciente e dormindo. Fernanda em uma situação um tanto quanto delicada. Enquanto isso a noite de Francynie na festa parecia ter acabado. Priscilla havia sumido sem ter a oportunidade de conhecer Thabita. Sim aquela menina ruiva que Priscilla pensou ser uma pretendente ou coisa do tipo era a irmão de Francynie. Seria mais do que comedia se Thabita estivesse hospedada no mesmo lugar que Priscilla e Fernanda estavam. Porém, ela estava na casa de um amigo que tinha restaurante pela região.
Francynie então convidou a irmã para ir conhecer Priscilla. O máximo que Francynie conseguiu pensar sobre Priscilla era que ela havia se sentindo mal e tinha ido para a pousada descansar. Ao chegar na pousada de com a cara na parede. Pediu para que a irmã lhe fizesse companhia até que Priscilla chegasse ali. Enquanto isso elas conversaram sobre a vida de Thabita em Barcelona e sobre Priscilla é claro.
- Pelo jeito você gosta mesmo dessa garota – comentou Thabita ao ver os olhos da irmã brilhar ao falar de Priscilla.
- Ela é tão tudo. – Francynie sentiu que estava entre nuvens. – Ela é perfeita irmã. Carinhosa, linda, sincera, companheira.
- Calma. – falou Thabita. – você não acha muito cedo para colocar-la em um pedestal desse tipo? E pelo pouco que você me contou dela eu entendi que ela não gosta de se envolver.
- Eu quero acreditar que ela vai mudar esse jeito comigo. – Francynie disse toda esperançosa.
- Você não acha estranho ela ter te deixado lá e saído sem mesmo dar um motivo ou explicação. – questionou Thabita que parecia querer abrir os olhos de Francynie.
- Se eu for tentar controlar-la eu vou perdê-la. – explicou Francynie. – Ela já passou por uma situação possessiva há pouco tempo com a Jeniffer. Eu não quero perde-la por bobeira minha. Acho que ela ficou chateada por eu ter dado uma pequena crise de ciúmes quando a amiga dela deu um selinho nela.
- Mesmo assim não era motivo para ela deixar a namorada sozinha em uma festa. – Debatia Thabita.
- Bom... É que não somos namoradas. – disse Francynie.
- Como assim não são? – questionou thabita. – e são o que então.
- Saímos juntas ué. – tentava explicar Francynie. – Não temos nada de concreto.
- Você sabe que isso dá o direito a ela de se envolver com outras pessoas né. – Thabita parecia chocada.
- Eu sei. – Francynie respondeu triste para a irmã. – Eu realmente não quero que isso aconteça, eu gosto muito dela.
- Eu notei que gosta. – Thabita tentava consolar a irmã. – Vai ver ela resolveu dar uma volta ou foi na casa de algum amigo, daqui a pouco ela está aqui. Vamos fazer brigadeiro enquanto isso.
- Estamos em uma pousada. Não vão deixar que nos mexamos nas panelas ou na cozinha. – disse Francynie.
- Lógico que vão. Vou dar minha carteirada de cheff e vou fazer brigadeiro para nós duas. Quer apostar. – Desafio Thabita.
Thabita conseguiu que a dona da pousada deixasse que ela invadisse a cozinha aquela hora da madrugada só para fazer brigadeiro para irmã. Thabita sempre gostou muito de Francynie e às vezes via como filha e não como irmã. Qualquer assunto que envolvesse a irmã ela tomava a frente, cuidava, e protegia de tudo e todos.
Thabita aguardou por Priscilla junto a Irmã depois de comerem o brigadeiro de panela elas caíram no sono.
....
Sem saber onde estava e com quem estava e com o escuro do quarto ajudando muito. Priscilla que havia meio que despertado começou a beijar a nuca de Fernanda pensando que quem estava do seu lado seria Francynie. Fernanda estava dormindo, mas o sono não era um dos mais profundos. Ao sentir que estava sendo beijada por Priscilla ela sentou-se na cama. Priscilla ainda achando que se tratava de Francynie e com os olhos meio fechados conversava com a suposta Francynie.
- Fran volta pra cama. Vai me deixar sozinha aqui. – Disse como quem falava com Francynie.
- Eu não sou a Francynie. – Respondeu com um tom de raiva na voz. – Nem se quer fez questão de lembrar com quem “dormiu”.
- Fernanda. – terminou de despertar enquanto tentava entender o que acontecia. – Como você chegou ao meu quarto?
- Essa de menina bêbeda que não se lembra das coisas não cola Priscilla. – respondeu Fernanda.
- Eu lembro. Eu só achei que foi sonho. – riu Priscilla. – Então eu realmente fiquei bêbada.
- Não sei qual é a graça. – disse Fernanda. – Eu não vejo graça alguma na situação.
- Foi engraçado sim Fê. – disse rindo. – Se eu estivesse no seu lugar eu estaria rindo muito.
- Por quê? – questionou Fernanda
- Deve ter sido uma comedia. Eu bêbada, falando tudo o que devo e não devo. E tentando te agarrar. – Riu ainda mais. – Eu sempre fico meio tarada quando bebo.
- Foi muito engraçado. Foi tão engraçado que você me fez chorar. Ou disso você não lembra? – questionou Priscilla.
- Lógico que lembro. Ao contrario de você eu não esqueço quando bebo. Lembro que você também me fez chorar. – Priscilla respondeu com um olhar perdido na escuridão do quarto. – Essa noite foi meio tensa mesmo. Falava Fernanda enquanto se lembrava do momento em que Priscilla abraçou-a quando dormiu.
- Deve ter sido realmente ruim. Eu com certeza não queria alguém como eu me abraçando a noite. – dizia sobre o abraço que deu em Fernanda. – Então vamos ficar conversando nesse escuro e a essa hora da madrugada. – riu Priscilla.
- Tudo para você é engraçado né. Não estou reclamando que você me abraçou. – suspirou Fernanda. – Essa parte foi até boa, ao menos você não falou besteira no meu ouvido.
- Quer eu te abraço de novo. – Brincou Priscilla.
- Isso não tem graça Priscilla. – Respondeu com raiva. – você sabe que eu gosto de você.
- E você me tirou de uma festa, eu deixei a Francynie lá e estou aqui com você. – Explicava Priscilla. – Ao contrario do que você pensou, eu sabia que era você e não a Francynie que estava deitada do meu lado. Não consigo esquecer o seu cheiro. Algo impossível.
Fernanda parecia estar estática no lugar quando sentiu Priscilla chegando cada vez mais perto do seu corpo. A respiração de Fernanda parecia aumentar cada vez que Priscilla deslizava as pontas dos dedos em seu braço. Ao mesmo tempo em que Priscilla fazia carinho em Fernanda ela se arrepiava. Priscilla passou a mão por trás da nuca de Fernanda e trouxe seu rosto para próximo do dela. E passou a ponta da língua suavemente nos lábios de Fernanda. Ela tremia como quem estivesse em algum tipo de perigo.
- Não treme. – sussurrou Priscilla.
Priscilla chegou para frente e cruzou as pernas de Fernanda na sua cintura. Beijo-a o pescoço. Priscilla parecia gostar de estar torturando Fernanda. E Fernanda estava tentando resistir a Priscilla de todos os modos possíveis. Como se resisti a um pedido do corpo? Um pedido da alma? Priscilla desafiou-a.
- Vai fazer doce logo agora. – sussurrou Priscilla. – É só pedir que eu paro...
Fernanda só fazia tremer. E Priscilla parecia gostar de provocar a menina.
- Sabe por que você está assim? – questionou Priscilla enquanto beijava as os ombros de Fernanda.
Fernanda respondeu praticamente sem voz alguma. – Não.
- Ninguém nunca havia te pegado assim. Ninguém nunca havia mexido com toda a sua estrutura. – respondeu convencidamente.
- Você é convencida demais – Fernanda tentava arrancar qualquer resto de voz que tinha.
A respiração ofegante de Fernanda se transformou em suaves gemidos quando Priscilla enrolou a mão em seus cabelos e puxou levemente enquanto a outra mão percorria por sua barriga. Até aquele momento Priscilla ainda não tinha beijado Fernanda e isso estava deixando-a maluca. Como ela podia esta causando tudo aquilo sem nem mesmo terem começado a fazer amor. Sem nem mesmo estarem nuas. Priscilla parecia saber mexer com Fernanda ao ponto de deixar-la louca sem muito esforço.
- Me beija – suplicou Fernanda.
E então finalmente Priscilla resolveu beijar-la. Sem muitas explicações Priscilla acendeu a luz.
- Por quê? – questionou Fernanda quando viu que Priscilla tinha acendido a luz de um abajur que estava ao lado da cama.
- Porque eu não quero perder nem um detalhe seu... – disse enquanto levantava a blusa de Fernanda.
Priscilla arrancou em seguida cada peça de roupa de Fernanda que finalmente parou de resistir e se entregou ao momento. Afinal ele poderia não acontecer de novo. Fernanda sentiu-se tão amada. Sentiu-se completamente tocada por Priscilla. Sem que Priscilla percebe-se Fernanda passou a mão em algo e amarrou seus pulsos na cama.
- Você acha que é só você que é a menina má. – deu aquela risadinha diabólica. – Agora você só sai daqui se eu quiser.
- E o que você pretende fazer agora comigo? – desafiou Priscilla.
- O quanto o seu coração é capaz de resistir a mim? – Fernanda perguntou enquanto ficava de pé na cama enfrente a Priscilla. – Lembra da verdade ou conseqüência na sua casa que cantaram para você o tema da pantera cor de rosa. Canta pra mim. – Ordenou Fernanda.
Fernanda se levantou e começou a dançar enquanto tirava a langerie peça por peça e dançava para Priscilla. Depois de um Streep daquele Priscilla nunca mais tentaria desafiar Fernanda em nada. Ou tentaria....
....
A noite de Francynie não foi tão boa quanto à de Priscilla e Fernanda. Já praticamente “sem ovos” de tanto Francynie dizer que iria “arrancar os ovos de Priscilla” ela não sabia o que aconteceu ou estava ainda acontecendo com as duas. A tarde ia se aproximando e nada de Priscilla aparecer por lá. Thabita tentava acalmar a irmã de todos os jeitos possíveis. Francynie parecia ter um pressentimento de que as coisas não estavam bem.
Enquanto imaginavam o que poderia estar acontecendo com Priscilla ela estava com Fernanda praticamente do outro lado do litoral. Como nem tudo são flores e nem todas as experiências são como achamos que deveria ser. Houve controvérsias. Como em um grande surto Fernanda olhou para Priscilla e começou a se sentir suja depois de tudo aquilo. Uma noite daquelas e ela simplesmente ainda não aceitava o que estava nos olhos de quem quisesse enxergar.
- Isso não poderia ter acontecido – Fernanda dizia enquanto catava as peças de roupas espalhadas pelo quarto. – É errado.
- Para com essa brincadeira e volta para cama. – dizia sorridente Priscilla.
- Você é namorada da Francynie e ainda é uma mulher. – argumentou sordidamente Fernanda. – Eu não deveria ter concordado com essa loucura toda.
- Já perdeu a graça Fernanda. – Priscilla estava com uma cara abatida. – Vem pra cá.
- É melhor você ir atrás da Francynie. – ordenou e decretou Fernanda. – Nós duas é algo que não deveria ter ocorrido... Deixei-me levar. Isso não é algo normal.
Fernanda saiu e deixou Priscilla nua sobre a cama. O mundo havia desabado naquele exato momento. Priscilla ficou ali sentada por algumas horas até que a ficha caísse de verdade. Fernanda havia abandonado ela lá. Depois de todo aquele envolvimento.
Priscilla então se levantou e foi embora. Atordoada com tudo o que acontecia, passou na casa de um amigo. Pegou tomou sua moto emprestada e saiu acelerando pela a estrada que a levava de volta a cidade. Sem nenhum tipo de segurança, sem nenhuma noção real do que acontecia. Em seu rosto havia simplesmente lágrimas que secavam com o vento. Em uma ultrapassagem um tanto quanto perigosa, Priscilla corta um caminhão pelo lado direito da estrada. Ela simplesmente foi jogava para fora da estrada. No chão haviam pedaços e pedaços da sucata que havia se tornado aquela moto. Priscilla estava ali inconsciente em um trecho de estrada deserta. Onde era mais fácil de achar arvores do que pessoas.
- Isso não poderia ter acontecido – Fernanda dizia enquanto catava as peças de roupas espalhadas pelo quarto. – É errado.
- Para com essa brincadeira e volta para cama. – dizia sorridente Priscilla.
- Você é namorada da Francynie e ainda é uma mulher. – argumentou sordidamente Fernanda. – Eu não deveria ter concordado com essa loucura toda.
- Já perdeu a graça Fernanda. – Priscilla estava com uma cara abatida. – Vem pra cá.
- É melhor você ir atrás da Francynie. – ordenou e decretou Fernanda. – Nós duas é algo que não deveria ter ocorrido... Deixei-me levar. Isso não é algo normal.
Fernanda saiu e deixou Priscilla nua sobre a cama. O mundo havia desabado naquele exato momento. Priscilla ficou ali sentada por algumas horas até que a ficha caísse de verdade. Fernanda havia abandonado ela lá. Depois de todo aquele envolvimento.
Priscilla então se levantou e foi embora. Atordoada com tudo o que acontecia, passou na casa de um amigo. Pegou tomou sua moto emprestada e saiu acelerando pela a estrada que a levava de volta a cidade. Sem nenhum tipo de segurança, sem nenhuma noção real do que acontecia. Em seu rosto havia simplesmente lágrimas que secavam com o vento. Em uma ultrapassagem um tanto quanto perigosa, Priscilla corta um caminhão pelo lado direito da estrada. Ela simplesmente foi jogava para fora da estrada. No chão haviam pedaços e pedaços da sucata que havia se tornado aquela moto. Priscilla estava ali inconsciente em um trecho de estrada deserta. Onde era mais fácil de achar arvores do que pessoas.
Enquanto isso ainda esperando por Priscilla no litoral e sem saber o que acabava de ocorrer. Francynie sentiu algo apertar em seu peito. Pegou o celular e começou a ligar para Priscilla insistentemente. E nada dela responder. Thabita viu a preocupação no rosto da irmã e sentiu que nada estava tão calmo quanto parecia estar.
- Eu acho que ela foi embora. – disse Thabita para a irmã. – devíamos ir também.
- Eu quero a Priscilla, eu não sei, mais sinto que ela está precisando de mim Thabita. – lágrimas escorriam pelo rosto de Francynie.
- Vamos Francynie. Eu pego o carro e nós vamos atrás dela. – disse Thabita.
- Thabita me diz que ela está bem. – chorando Francynie pediu. – Eu sinto como se algo de ruim estivesse acontecendo com ela.
- Você vai cuidar dela. – Thabita se calou.
Priscilla ainda estava na estrada desacordada. Parecia que a queda havia sido demais. Poderia muito bem estar morta com aquele acidente. Thabita e Francynie seguiam pela estrada e esbarram com aquele acidente. Francynie reconheceu Priscilla de longe.
- Eu sabia Thabita. – Disse apontando para o acidente. – É a Priscilla ali desacordada. – Francynie estava em lágrimas e tremendo.
- Eu acho que ela foi embora. – disse Thabita para a irmã. – devíamos ir também.
- Eu quero a Priscilla, eu não sei, mais sinto que ela está precisando de mim Thabita. – lágrimas escorriam pelo rosto de Francynie.
- Vamos Francynie. Eu pego o carro e nós vamos atrás dela. – disse Thabita.
- Thabita me diz que ela está bem. – chorando Francynie pediu. – Eu sinto como se algo de ruim estivesse acontecendo com ela.
- Você vai cuidar dela. – Thabita se calou.
Priscilla ainda estava na estrada desacordada. Parecia que a queda havia sido demais. Poderia muito bem estar morta com aquele acidente. Thabita e Francynie seguiam pela estrada e esbarram com aquele acidente. Francynie reconheceu Priscilla de longe.
- Eu sabia Thabita. – Disse apontando para o acidente. – É a Priscilla ali desacordada. – Francynie estava em lágrimas e tremendo.
O estado de Priscilla foi considerado muito critico e as conseqüências dele poderiam não ser visíveis, pois Priscilla se recuperava bem e não havia ficado com cicatrizes. Entretanto, ela havia passado algumas semanas em coma.
Fernanda soube do acidente por Thabita e tentou ir ao hospital visitar Priscilla. Só que de algum jeito Francynie pareceu sentir que não era viável deixar-la aparecer por lá. Priscilla seguia em coma.
Alguns médicos tentaram explicar a situação para Francynie que parecia não desgrudar do lado de Priscilla. Estava mais presente às vezes do que a própria família. Tudo parecia ter parado por conta do que aconteceu com Priscilla. Havia um sentimento de pré-luto pela situação que Priscilla se encontrava.
Francynie sabia o quão distante estava Priscilla dela naquelas semanas. E ao mesmo tempo ela estava ali. Todas as noites do lado de Priscilla tinham um ritual. Francynie seguia conversando com ela noite adentro e ouvindo algumas músicas com ela também. Na esperança de desperta-la em algum momento. Com tudo aquilo elas ganharam sua própria canção. Aquela que quando chegava ao player Francynie chorava e sentia que de alguma maneira Priscilla reagia. Você pensa em mim?!(8’ ) [http://migre.me/4ahui]
- Eu te prometo que vou estar aqui quando você acordar. Eu prometo nunca te abandonar. – disse Francynie enquanto segurava a mão de Priscilla.
Fernanda
Alguns médicos tentaram explicar a situação para Francynie que parecia não desgrudar do lado de Priscilla. Estava mais presente às vezes do que a própria família. Tudo parecia ter parado por conta do que aconteceu com Priscilla. Havia um sentimento de pré-luto pela situação que Priscilla se encontrava.
Francynie sabia o quão distante estava Priscilla dela naquelas semanas. E ao mesmo tempo ela estava ali. Todas as noites do lado de Priscilla tinham um ritual. Francynie seguia conversando com ela noite adentro e ouvindo algumas músicas com ela também. Na esperança de desperta-la em algum momento. Com tudo aquilo elas ganharam sua própria canção. Aquela que quando chegava ao player Francynie chorava e sentia que de alguma maneira Priscilla reagia. Você pensa em mim?!(
- Eu te prometo que vou estar aqui quando você acordar. Eu prometo nunca te abandonar. – disse Francynie enquanto segurava a mão de Priscilla.
A música seguia se repetindo incansavelmente. Silicon Fly – Distance [http://migre.me/4ahui]
Os olhos marejados de Francynie não perceberam o pequeno movimento de Priscilla. Somente quando ela ergueu a mão encontrando com a de Francynie ela foi se tocar do que estava acontecendo. Priscilla havia despertado depois de algumas semanasem coma.
O sorriso no rosto de Priscilla fazia como se todas as semanas fossem apagadas. Ela finalmente estava bem.
Os olhos marejados de Francynie não perceberam o pequeno movimento de Priscilla. Somente quando ela ergueu a mão encontrando com a de Francynie ela foi se tocar do que estava acontecendo. Priscilla havia despertado depois de algumas semanas
O
- Menina. Não chora assim. – disse Priscilla enquanto sorria para Francynie.
- Eu estou feliz Pri. Estava com medo de acabar sem você. – Francynie apertou as mãos de Priscilla contra o peito.
- Não vai me perder. Eu estou aqui não é. – Dizia Priscilla um tanto quanto confusa com a situação. – Não fica assim... Como é mesmo o seu nome?
- Francynie amor. – Disse em lágrimas. – não se lembra de mim?
- Amor? Não. – afirmou Priscilla.
Os médicos explicaram para Francynie que Priscilla sofreu uma perda de memória recente. Alguns meses de sua vida poderiam ter sido apagados da memória.
- Alguns casos são reversíveis. – Explicava Dr. Cláudio Ferraz.
- Alguns? Então tem como ser permanente? – questionou Francynie.
- É provável. – Explicava o Dr. Cláudio. – Mais com alguns exercícios metais eu creio que ela consiga reverter esse quadro. Ao menos fisicamente ela teve uma excelente melhora. Espero que seja assim também mentalmente.
- Eu estou feliz Pri. Estava com medo de acabar sem você. – Francynie apertou as mãos de Priscilla contra o peito.
- Não vai me perder. Eu estou aqui não é. – Dizia Priscilla um tanto quanto confusa com a situação. – Não fica assim... Como é mesmo o seu nome?
- Francynie amor. – Disse em lágrimas. – não se lembra de mim?
- Amor? Não. – afirmou Priscilla.
Os médicos explicaram para Francynie que Priscilla sofreu uma perda de memória recente. Alguns meses de sua vida poderiam ter sido apagados da memória.
- Alguns casos são reversíveis. – Explicava Dr. Cláudio Ferraz.
- Alguns? Então tem como ser permanente? – questionou Francynie.
- É provável. – Explicava o Dr. Cláudio. – Mais com alguns exercícios metais eu creio que ela consiga reverter esse quadro. Ao menos fisicamente ela teve uma excelente melhora. Espero que seja assim também mentalmente.
Priscilla não se lembrava nada que envolvia Francynie ou Fernanda. Só sentia que conhecia Francynie e tinha um grande carinho por ela. Francynie seguiu mostrando para Priscilla que elas eram mais do que simples amigas. Que tinham algo que as conectavam fortemente.
Priscilla tinha alguns sonhos relacionados ao acidente e muitos flash’s. alguns deles ela comentava com Gabi.
- Eu vejo o rosto de uma garota. Parece que ela domina meus sonhos Gabi. – Explicava Priscilla para a amiga.
- Isso não é nenhuma novidade. Mulheres sempre dominaram a sua cabeça. – Brincava com Priscilla.
Gabrielle sentiu que não deveria contar sobre o que rolava com Fernanda. E no fundo ela sabia que o acidente tinha ocorrido por culpa de Fernanda. E após Priscilla falar daquele jeito ela teve a certeza que as duas estiveram juntas.
- Sua namorada é a Francynie. Era nela que deveria estar pensando agora. – Gabi falava como a nova defensora de F rancynie. – Ela ficou com você durante as semanas em que você estava desacordada.
- Nossa! – Priscilla suspirou profundamente. – Ela deve ser tudo isso que me dizem e que ela me demonstra ser. Ainda mais para eu namorar-la. – Riu Priscilla. – Eu estou com perda de memória recente e não a passada. – brincou com o acontecimento. – Eu nunca namoro!
Priscilla tinha alguns sonhos relacionados ao acidente e muitos flash’s. alguns deles ela comentava com Gabi.
- Eu vejo o rosto de uma garota. Parece que ela domina meus sonhos Gabi. – Explicava Priscilla para a amiga.
- Isso não é nenhuma novidade. Mulheres sempre dominaram a sua cabeça. – Brincava com Priscilla.
Gabrielle sentiu que não deveria contar sobre o que rolava com Fernanda. E no fundo ela sabia que o acidente tinha ocorrido por culpa de Fernanda. E após Priscilla falar daquele jeito ela teve a certeza que as duas estiveram juntas.
- Sua namorada é a Francynie. Era nela que deveria estar pensando agora. – Gabi falava como a nova defensora de F rancynie. – Ela ficou com você durante as semanas em que você estava desacordada.
- Nossa! – Priscilla suspirou profundamente. – Ela deve ser tudo isso que me dizem e que ela me demonstra ser. Ainda mais para eu namorar-la. – Riu Priscilla. – Eu estou com perda de memória recente e não a passada. – brincou com o acontecimento. – Eu nunca namoro!
...
As coisas pareciam fluir de uma maneira natural. O fato de Priscilla não se lembrar de algumas coisas não pareciam afetar-la. Com o passar dos dias ela parecia começar a se lembrar de poucas coisas. Porém, nada relacionado à Francynie ainda.
Fernanda, no entanto, parecia um tanto culpada com o ocorrido. Fernanda só pensava como Priscilla estava afinal desde o “tal dia” que não via Priscilla. Ela soube da perda de memória de Priscilla por terceiros. Francynie havia cortado qualquer contato com a prima mesmo sem saber que fora ela a grande causadora do surto de Priscilla.
- Até quando você vai ficar me ignorando assim Francynie?
- Eu só não quero papo com você Fernanda. – Francynie estava irredutível.
- O que eu fiz para você estar me tratando assim? – questionou Fernanda com o medo da resposta da prima.
- Eu ainda não sei o que você fez. Só que algo dentro de mim diz que não é para falar com você. – Francynie sabia tanto quanto Gabrielle que no fundo foi Fernanda a grande culpada de tudo o que acontecia com Priscilla.
- Isso é ridículo. – disse aliviado ao saber o que Francynie pensava. – Eu estava pensando em ir visitar a Priscilla mais tarde. – Concluiu Fernanda.
As coisas pareciam fluir de uma maneira natural. O fato de Priscilla não se lembrar de algumas coisas não pareciam afetar-la. Com o passar dos dias ela parecia começar a se lembrar de poucas coisas. Porém, nada relacionado à Francynie ainda.
Fernanda, no entanto, parecia um tanto culpada com o ocorrido. Fernanda só pensava como Priscilla estava afinal desde o “tal dia” que não via Priscilla. Ela soube da perda de memória de Priscilla por terceiros. Francynie havia cortado qualquer contato com a prima mesmo sem saber que fora ela a grande causadora do surto de Priscilla.
- Até quando você vai ficar me ignorando assim Francynie?
- Eu só não quero papo com você Fernanda. – Francynie estava irredutível.
- O que eu fiz para você estar me tratando assim? – questionou Fernanda com o medo da resposta da prima.
- Eu ainda não sei o que você fez. Só que algo dentro de mim diz que não é para falar com você. – Francynie sabia tanto quanto Gabrielle que no fundo foi Fernanda a grande culpada de tudo o que acontecia com Priscilla.
- Isso é ridículo. – disse aliviado ao saber o que Francynie pensava. – Eu estava pensando em ir visitar a Priscilla mais tarde. – Concluiu Fernanda.
- Enquanto eu estiver com ela você não chega perto. – disse sorrindo Francynie.
- Que eu saiba ela já está em casa. – argumentava Fernanda. – Cruzar com ela não será algo difícil.
- E como pretende falar com ela esperta? – ironizou Francynie. – Ela não se lembra de mim, por qual motivo ela se lembraria de você? – Riu da cara de Fernanda.
“Ela achava que é a toda poderosa. Mais quem ficou de pista no litoral não fui eu. Eu preciso encontrar um jeito para ver-la. Tem que tem uma maneira de encontrar-la e saber como ela está sem que a Francynie entre no meio da conversa. – pensava Fernanda sobre o encontro que deveria ter com Priscilla.”
- Por nada Fran. Ela nunca trocaria um dia com você só para que eu a veja. NUNCA. – ironizou Fernanda.
- Ainda bem que você sabe disso. – Francynie parecia estar no controle da situação. – Eu sinto que ela está cada vez mais próxima de mim.
- Ela só não lembra de você. – Fernanda alfinetou. – Mais está cada vez mais próxima....
- Que eu saiba ela já está em casa. – argumentava Fernanda. – Cruzar com ela não será algo difícil.
- E como pretende falar com ela esperta? – ironizou Francynie. – Ela não se lembra de mim, por qual motivo ela se lembraria de você? – Riu da cara de Fernanda.
“Ela achava que é a toda poderosa. Mais quem ficou de pista no litoral não fui eu. Eu preciso encontrar um jeito para ver-la. Tem que tem uma maneira de encontrar-la e saber como ela está sem que a Francynie entre no meio da conversa. – pensava Fernanda sobre o encontro que deveria ter com Priscilla.”
- Por nada Fran. Ela nunca trocaria um dia com você só para que eu a veja. NUNCA. – ironizou Fernanda.
- Ainda bem que você sabe disso. – Francynie parecia estar no controle da situação. – Eu sinto que ela está cada vez mais próxima de mim.
- Ela só não lembra de você. – Fernanda alfinetou. – Mais está cada vez mais próxima....
Francynie havia decido que precisava fazer com que Priscilla se lembrasse dela de alguma maneira. No fim de tudo a saudade consumia Francynie. Com tudo aquilo Priscilla começou a tratar-la com uma boa amiga e não mais como uma amante ou algo do tipo. O grande medo de Francynie era de que Priscilla não se lembrasse dela e a trocasse por alguma garota que pudesse aparecer no meio em que ela vivia. Priscilla se recuperou de uma maneira inacreditável de tudo aquilo e estava de volta ao mundo como se o episodio nem tivesse ocorrido.
Francynie decidiu não ser a amiga e mostrar para Priscilla que o que ela sentia ultrapassava qualquer barreira imposta pela perda de memória. Em uma noite seguiu para Mystic e encontro-se com Priscilla em sua sala.
- Pri. – chamou carinhosamente Francynie pela amada.
Francynie vestia um, sobretudo e nada mais. Parecia que se preparava para um jogo de sedução sem fim. Ao mesmo tempo ela continuava com aquela carinha de menina que enlouquecia e encantava qualquer um.
- Oi Francynie. – recebeu-a como a quem recebe um bom amigo. – Como está hoje?
Francynie não deixou que Priscilla terminasse o comprimento e abriu o, sobretudo deixando cair pelo chão do escritório dela. Nada além de um sapato de salto e meia dúzia de jóias e enfeites eram encontrados no corpo de Francynie. Naquele momento ela era uma Female Fatal. E nos olhos de Priscilla além das luzes da boite se via refletido o corpo nu de Francynie.
Priscilla levantou-se e caminhou em direção a Francynie. Olhou-a nos olhos e chegou bem perto de seu ouvido.
Francynie decidiu não ser a amiga e mostrar para Priscilla que o que ela sentia ultrapassava qualquer barreira imposta pela perda de memória. Em uma noite seguiu para Mystic e encontro-se com Priscilla em sua sala.
- Pri. – chamou carinhosamente Francynie pela amada.
Francynie vestia um, sobretudo e nada mais. Parecia que se preparava para um jogo de sedução sem fim. Ao mesmo tempo ela continuava com aquela carinha de menina que enlouquecia e encantava qualquer um.
- Oi Francynie. – recebeu-a como a quem recebe um bom amigo. – Como está hoje?
Francynie não deixou que Priscilla terminasse o comprimento e abriu o, sobretudo deixando cair pelo chão do escritório dela. Nada além de um sapato de salto e meia dúzia de jóias e enfeites eram encontrados no corpo de Francynie. Naquele momento ela era uma Female Fatal. E nos olhos de Priscilla além das luzes da boite se via refletido o corpo nu de Francynie.
Priscilla levantou-se e caminhou em direção a Francynie. Olhou-a nos olhos e chegou bem perto de seu ouvido.
- Eu estou me apaixonando por você pelo jeito que você é. – disse Priscilla enquanto abaixou-se para levantar o, sobretudo de Francynie que estava no chão. Ao colocar-lo de volta em Francynie concluiu. – Eu não me lembro de quem é você, mais adoraria conhecer-la novamente. Em cada detalhe, em cada sorriso.
Francynie que de chorona só tinha as lágrimas mesmo. Não as conteve e começou a deixá-las cair sobre aquele meio sorriso.
- Eu pensei que você não fosse me querer nunca mais. – Francynie respirou aliviada.
- Somente se eu fosse burra demais. – sorriu Priscilla. – Não tem como não se apaixonar por esse seu jeitinho, esse sorriso maravilhoso. Por você.
- Então você quer dizer que estamos bem? – Francynie abriu o sorriso.
- Não. – Disse Priscilla e se calou.
- Não. – o sorriso desapareceu do rosto de Francynie.
- Não enquanto você não me responder se quer ou não ser minha namorada? E ensinar novamente quem é você. – Priscilla parecia ter ficado um pouco mais romântica, meiga depois de tudo aquilo. Um pouco mais viva.
Francynie que de chorona só tinha as lágrimas mesmo. Não as conteve e começou a deixá-las cair sobre aquele meio sorriso.
- Eu pensei que você não fosse me querer nunca mais. – Francynie respirou aliviada.
- Somente se eu fosse burra demais. – sorriu Priscilla. – Não tem como não se apaixonar por esse seu jeitinho, esse sorriso maravilhoso. Por você.
- Então você quer dizer que estamos bem? – Francynie abriu o sorriso.
- Não. – Disse Priscilla e se calou.
- Não. – o sorriso desapareceu do rosto de Francynie.
- Não enquanto você não me responder se quer ou não ser minha namorada? E ensinar novamente quem é você. – Priscilla parecia ter ficado um pouco mais romântica, meiga depois de tudo aquilo. Um pouco mais viva.
Contra qualquer pensamento ou atitude esperada de Priscilla. Ela finalmente decide dar uma chance para Francynie. Ela nunca tinha tido alguém assim tão presente. Tão perto e carinhosa. De alguma maneira Priscilla se apaixonou por uma Francynie nova, afinal ela não se lembrava da antiga. Em algum momento Francynie demonstrou ser alguém que cativava Priscilla e ela se entregou a isso.
...
O romance mentiroso de Fernanda era tão engraçado quanto a vontade dela de fingir ou tentar se enganar sobre o que realmente fazia a cabeça dela.
Algum tempo depois do acidente de Priscilla ela fez uma nova amiga um tanto quanto traíra. Tinha como fiel escudeira uma garrafa de vodka. As bebedeiras e baladas tomaram conta da vida de Fernanda. Já nem parecia mais àquela menina delicada, fútil ou o que quer que seja. Mauricio não a reconhecia mais... E aquele romance não era tão real quanto ele desejava.
Em uma noite qualquer, em um boite não tão qualquer assim... Na Mystic Fernanda exagerou na dose. Parecia querer mostrar algo para Priscilla ou talvez não. Naquela noite Priscilla estava no escritório da Mystic com seus problemas habituais. Fernanda e Mauricio estavam na casa dançando, bebendo, namorando normalmente. Em um momento qualquer Fernanda vê Priscilla passando em um canto da boite. Ela estava simplesmente atravessando para retornar ao escritório. Mauricio já havia sido jogado de lado, Fernanda agora o tratava como seu fantoche.
Fernanda começou a virar doses e doses de tequila. A bebida nunca foi o forte dela e agora fazia parte de sua vida. Em um canto da boite Fernanda era observada por diversas pessoas. Meninos, meninas, todos olhavam de alguma forma para ela. Uns mais encantados do que outros. Uma menina no entanto parecia estar fascinada por Fernanda.
...
O romance mentiroso de Fernanda era tão engraçado quanto a vontade dela de fingir ou tentar se enganar sobre o que realmente fazia a cabeça dela.
Algum tempo depois do acidente de Priscilla ela fez uma nova amiga um tanto quanto traíra. Tinha como fiel escudeira uma garrafa de vodka. As bebedeiras e baladas tomaram conta da vida de Fernanda. Já nem parecia mais àquela menina delicada, fútil ou o que quer que seja. Mauricio não a reconhecia mais... E aquele romance não era tão real quanto ele desejava.
Em uma noite qualquer, em um boite não tão qualquer assim... Na Mystic Fernanda exagerou na dose. Parecia querer mostrar algo para Priscilla ou talvez não. Naquela noite Priscilla estava no escritório da Mystic com seus problemas habituais. Fernanda e Mauricio estavam na casa dançando, bebendo, namorando normalmente. Em um momento qualquer Fernanda vê Priscilla passando em um canto da boite. Ela estava simplesmente atravessando para retornar ao escritório. Mauricio já havia sido jogado de lado, Fernanda agora o tratava como seu fantoche.
Fernanda começou a virar doses e doses de tequila. A bebida nunca foi o forte dela e agora fazia parte de sua vida. Em um canto da boite Fernanda era observada por diversas pessoas. Meninos, meninas, todos olhavam de alguma forma para ela. Uns mais encantados do que outros. Uma menina no entanto parecia estar fascinada por Fernanda.
Ela tinha um pouco mais de 1,70 de altura. Os cabelos eram da cor do fogo e faziam contraste com aqueles olhos claros. Seu estilo fugia de qualquer tipo de rotulo. Ela tinha tudo que encantava e acabou sendo encantada. O objetivo atual dela era beijar Fernanda.
Fernanda já estava no centro da pista dançando há algum tempo. Era simples o plano da menina. Chegar perto de Fernanda, tentar conquista-a.
- Oi. Tudo bem? – a menina chegou do lado de Fernanda.
- Tudo sim. – Respondeu e continuo dançando.
- Você está sozinha aqui? – a menina estava interessada.
- Não. Estou com meu namorado. – respondeu apontando para Mauricio.
- Pena. Então você é hetero e ainda tem namorado para o meu azar. – ela parecia decepcionada com o fato.
Fernanda viu que Francynie havia chegado e tinha ido direto se encontrar com Priscilla. Outra vez ela pareceu ter sido consumida por um surto.
A menina havia se virado para ir embora quando Fernanda a agarra pelo braço.
- Espera. – Fernanda segurou no braço da menina. – qual o seu nome?
- Carolina. – respondeu sorrindo. – por quê?
Fernanda não deixou que ela explicasse muito e agarrou-a. O surto geral foi o que aconteceu. Daquele momento até o final da balada ou até mesmo depois dela. Fernanda não desgrudou mais da pessoa.
- Você viu Fran? – perguntou Priscilla sobre o que havia visto algum tempo antes que Fernanda fosse embora com Carolina.
- Viu o que amor? – questionou Francynie querendo saber do que se trata.
- Sua prima está com uma menina na boite. – riu para Francynie. – ela veio com o namorado e acabou com a menina. Sempre desconfiei dela.
- Essa eu também não entendi. – Francynie não parecia tão chocada quanto queria demonstrar para Priscilla. – A deixa para lá. – querendo que Priscilla não fosse remetida a qualquer lembrança da prima.
Fernanda já estava no centro da pista dançando há algum tempo. Era simples o plano da menina. Chegar perto de Fernanda, tentar conquista-a.
- Oi. Tudo bem? – a menina chegou do lado de Fernanda.
- Tudo sim. – Respondeu e continuo dançando.
- Você está sozinha aqui? – a menina estava interessada.
- Não. Estou com meu namorado. – respondeu apontando para Mauricio.
- Pena. Então você é hetero e ainda tem namorado para o meu azar. – ela parecia decepcionada com o fato.
Fernanda viu que Francynie havia chegado e tinha ido direto se encontrar com Priscilla. Outra vez ela pareceu ter sido consumida por um surto.
A menina havia se virado para ir embora quando Fernanda a agarra pelo braço.
- Espera. – Fernanda segurou no braço da menina. – qual o seu nome?
- Carolina. – respondeu sorrindo. – por quê?
Fernanda não deixou que ela explicasse muito e agarrou-a. O surto geral foi o que aconteceu. Daquele momento até o final da balada ou até mesmo depois dela. Fernanda não desgrudou mais da pessoa.
- Você viu Fran? – perguntou Priscilla sobre o que havia visto algum tempo antes que Fernanda fosse embora com Carolina.
- Viu o que amor? – questionou Francynie querendo saber do que se trata.
- Sua prima está com uma menina na boite. – riu para Francynie. – ela veio com o namorado e acabou com a menina. Sempre desconfiei dela.
- Essa eu também não entendi. – Francynie não parecia tão chocada quanto queria demonstrar para Priscilla. – A deixa para lá. – querendo que Priscilla não fosse remetida a qualquer lembrança da prima.
Depois do acidente Priscilla criou um habito agora ela tinha como fiel, o notebook onde documentava tudo a partir do acidente. Priscilla era bem simples quanto a tudo, só que com aquele computador ela tinha um receio, ninguém poderia se quer chegar perto dele. Parecia haver um ciúme. Um segredo.
Francynie não sabia o que estava acontecendo dentro da cabeça da prima depois daquela cena na boite e na verdade nem se importava muito com o que ocorria com ela. Sua preocupação verdadeira era com Priscilla e a perda da memória dela.
- Gabi?
- Diz Priscilla?
- Não acredita no que aconteceu na boite. – tentava alertar Gabrielle sobre o que tinha presenciado.
- O que Priscilla? Você esta bem? – o tom de voz parecia de pessoa preocupada.
- Sabe a prima da Francynie... Como é mesmo o nome dela? – Priscilla perguntou como quem não soubesse o nome.
- O que a Fernanda te fez? – Gabrielle questionou com um tom de voz raivosa.
- Pra mim? – riu como quem tivesse ouvido uma piada. – Pra mim nada. Ela beijou uma garota na boite e saiu com ela. Fez foi para o Mauricio.
- Como assim beijou uma garota. – até mesmo Gabrielle havia se surpreendido com o acontecimento.
- De que jeito se beija? – Brincou Priscilla. – Ela parecia um tanto a vontade para uma menina hetero.
Francynie não sabia o que estava acontecendo dentro da cabeça da prima depois daquela cena na boite e na verdade nem se importava muito com o que ocorria com ela. Sua preocupação verdadeira era com Priscilla e a perda da memória dela.
- Gabi?
- Diz Priscilla?
- Não acredita no que aconteceu na boite. – tentava alertar Gabrielle sobre o que tinha presenciado.
- O que Priscilla? Você esta bem? – o tom de voz parecia de pessoa preocupada.
- Sabe a prima da Francynie... Como é mesmo o nome dela? – Priscilla perguntou como quem não soubesse o nome.
- O que a Fernanda te fez? – Gabrielle questionou com um tom de voz raivosa.
- Pra mim? – riu como quem tivesse ouvido uma piada. – Pra mim nada. Ela beijou uma garota na boite e saiu com ela. Fez foi para o Mauricio.
- Como assim beijou uma garota. – até mesmo Gabrielle havia se surpreendido com o acontecimento.
- De que jeito se beija? – Brincou Priscilla. – Ela parecia um tanto a vontade para uma menina hetero.
....
“O que está acontecendo comigo. Como eu fui capaz de dormir com essa menina que eu nunca vi na vida. Eu posso tentar e enganar a todos, só não estou conseguindo fazer isso com meu corpo e minha mente. Desde o dia em que a tive em mim eu não desejo outra coisa. Nenhum toque chega nem perto do toque dela. – Fernanda refletia na cama em que era divida com a “estranha” em que saiu da boite.”.
- Bom dia, linda. – Ela parecia feliz.
- Eu estou indo. Desculpe-me por qualquer coisa. – disse Fernanda já completamente vestida e saiu.
Fernanda parecia confiante com os fatos que ocorreram e em sua cabeça ninguém tirava a idéia de que Priscilla fingia que não se lembrava do que aconteceu por pura conveniência da parte dela. Em algumas vezes parecia que Priscilla deixava alguns furos que davam a entender exatamente isso.
Fernanda acreditava também que mais uma vez Priscilla estava usando Francynie para esquecê-la. Nada era tão simples assim, Fernanda havia perdido qualquer confiança da parte dos amigos de Priscilla, chegar até ela era cada vez mais difícil. Resolveu então esperar-la em um local qualquer que ela costumava freqüentava. Na verdade o lugar não era tão qualquer assim, um barzinho onde Priscilla a levou algumas poucas vezes.
- Não tem nem a capacidade de falar com a amiga? – Questionou Fernanda ao ver Priscilla entrando pela porta.
- Eu nem te vi... – gaguejou um pouco e completou. – Fer..Fernanda. É isso né?
- É isso sim. – olhou como quem não havia acreditado que ela tivesse realmente esquecido do nome dela.
“O que está acontecendo comigo. Como eu fui capaz de dormir com essa menina que eu nunca vi na vida. Eu posso tentar e enganar a todos, só não estou conseguindo fazer isso com meu corpo e minha mente. Desde o dia em que a tive em mim eu não desejo outra coisa. Nenhum toque chega nem perto do toque dela. – Fernanda refletia na cama em que era divida com a “estranha” em que saiu da boite.”.
- Bom dia, linda. – Ela parecia feliz.
- Eu estou indo. Desculpe-me por qualquer coisa. – disse Fernanda já completamente vestida e saiu.
Fernanda parecia confiante com os fatos que ocorreram e em sua cabeça ninguém tirava a idéia de que Priscilla fingia que não se lembrava do que aconteceu por pura conveniência da parte dela. Em algumas vezes parecia que Priscilla deixava alguns furos que davam a entender exatamente isso.
Fernanda acreditava também que mais uma vez Priscilla estava usando Francynie para esquecê-la. Nada era tão simples assim, Fernanda havia perdido qualquer confiança da parte dos amigos de Priscilla, chegar até ela era cada vez mais difícil. Resolveu então esperar-la em um local qualquer que ela costumava freqüentava. Na verdade o lugar não era tão qualquer assim, um barzinho onde Priscilla a levou algumas poucas vezes.
- Não tem nem a capacidade de falar com a amiga? – Questionou Fernanda ao ver Priscilla entrando pela porta.
- Eu nem te vi... – gaguejou um pouco e completou. – Fer..Fernanda. É isso né?
- É isso sim. – olhou como quem não havia acreditado que ela tivesse realmente esquecido do nome dela.
...
Micaela era uma menina desleixada. Uma menina que não se importava com o que pensassem dela. Seu lema era viver cada segundo da vida. Ela era a menina do sonho de muitas outras meninas. Fazia uma pose de durona e fazia parte da P.F
Alguns brincavam que ela era um tipo de aprendiz de Priscilla. Elas cresceram e viveram bem próximas durante muito tempo. Pessoas especulavam um suposto envolvimento entre as duas, outras diziam que não passava de amizade. O que se ficou entendido no final era que Micaela tinha uma queda por Priscilla. Fazia algum tempo que elas não se esbarravam e Micaela parecia ser estar de alguma forma magoada com Priscilla. Por alguns anos elas pareciam ter uma disputa inacabável, pareciam estar sempre querendo uma superar a outra.
Micaela como atual Delegada investigava o trafico em boites da região. E quis fazer a inspeção da Mystic pessoalmente ao saber o nome da atual proprietária.
- A proprietária, por favor. – Abordava Micaela a mulher que lhe atendeu.
- Ela não está. Se quiser fale comigo. – respondeu Francynie para ela.
- Sou a delegada Micaela Martins da Policia Federal, gostaria de falar com a proprietária da Boite a senhorita Priscilla.
- Ok Dr. Micaela. Ela não está e eu posso ajudar-la? Sou a namorada dela. – afirmou Francynie enquanto a olhava de cima a baixo.
- Já disse que é só com ela senhorita. Ligue para ela e comunique-a que eu tenho um mandado para revistar a boite. – olhou Francynie dos pés a cabeça só pelo fato dela ter dito ser namorada de Priscilla.
- Vou ligar agora mesmo. – Francynie avisou Priscilla do ocorrido.
Micaela começou as buscas.
- Pri! Amor! Tem uma delegada aqui com um mandado e esta revistando tudo aqui. Disse que o nome dela é Micaela Martins. – explicou Francynie.
- Micaela Martins. – Perguntou rindo. – Uma alta e magra, com o cabelo cacheado e olhos verdes?
- Nossa como você sabe? – questionou Francynie.
- É a Mika. Diz que eu já estou chegando ai para ela ficar a vontade. – Priscilla desligou.
Micaela era uma menina desleixada. Uma menina que não se importava com o que pensassem dela. Seu lema era viver cada segundo da vida. Ela era a menina do sonho de muitas outras meninas. Fazia uma pose de durona e fazia parte da P.F
Alguns brincavam que ela era um tipo de aprendiz de Priscilla. Elas cresceram e viveram bem próximas durante muito tempo. Pessoas especulavam um suposto envolvimento entre as duas, outras diziam que não passava de amizade. O que se ficou entendido no final era que Micaela tinha uma queda por Priscilla. Fazia algum tempo que elas não se esbarravam e Micaela parecia ser estar de alguma forma magoada com Priscilla. Por alguns anos elas pareciam ter uma disputa inacabável, pareciam estar sempre querendo uma superar a outra.
Micaela como atual Delegada investigava o trafico em boites da região. E quis fazer a inspeção da Mystic pessoalmente ao saber o nome da atual proprietária.
- A proprietária, por favor. – Abordava Micaela a mulher que lhe atendeu.
- Ela não está. Se quiser fale comigo. – respondeu Francynie para ela.
- Sou a delegada Micaela Martins da Policia Federal, gostaria de falar com a proprietária da Boite a senhorita Priscilla.
- Ok Dr. Micaela. Ela não está e eu posso ajudar-la? Sou a namorada dela. – afirmou Francynie enquanto a olhava de cima a baixo.
- Já disse que é só com ela senhorita. Ligue para ela e comunique-a que eu tenho um mandado para revistar a boite. – olhou Francynie dos pés a cabeça só pelo fato dela ter dito ser namorada de Priscilla.
- Vou ligar agora mesmo. – Francynie avisou Priscilla do ocorrido.
Micaela começou as buscas.
- Pri! Amor! Tem uma delegada aqui com um mandado e esta revistando tudo aqui. Disse que o nome dela é Micaela Martins. – explicou Francynie.
- Micaela Martins. – Perguntou rindo. – Uma alta e magra, com o cabelo cacheado e olhos verdes?
- Nossa como você sabe? – questionou Francynie.
- É a Mika. Diz que eu já estou chegando ai para ela ficar a vontade. – Priscilla desligou.
Micaela parecia quer realmente encontrar algo na boite. Entre uma revirada e outra deixava os olhos se perderem no corpo de Francynie. Mais uma vez parecia estar acessa a competitividade de ambas. Francynie não sabia qual o motivo de tantas olhadas que vinham de Micaela. Sentiu-se violada e desconfortável com aquilo. Não demorou muito para que Priscilla chegasse até a boite. Chegou perto de Francynie rindo e dizendo..
- Micaela sempre foi assim, sempre quis competir comigo de alguma maneira. Por isso ela não tira os olhos de você. – explicava rindo para Francynie.
- Obrigada por me chamar de bagulho amor. – Francynie franze a sobrancelha.
- Tenho certeza que você se apresentou como minha namorada. Por isso ela te olha assim. – Ria Priscilla ao olhar para Micaela. – Éramos ótimas amigas, o que aconteceu que a deixou desse jeito.
- E o que aconteceu. – Francynie estava curiosa quanto ao fato ocorrido.
- Depois linda! Ai vem à delegada. – disse ao ver que Micaela se dirigia para a direção delas.
- Senhorita Priscilla. – Micaela abordo-a de maneira formal.
- Delegada Micaela Martins. – Priscilla não conseguiu segurar o riso.
- Eu tenho cara de palhaça senhorita? – foi enérgica ao falar com Priscilla. – Posso prender-la por desacato a autoridade.
- Micaela! Necessita mesmo disso? – Perguntou Priscilla para a antiga amiga.
- Eu estou de serviço agora Priscilla. O que espera que eu faça? – questionou Micaela.
- Você guarda magoas há algum tempo, não acha que está na hora de sentarmos e conversamos? – sugeriu Priscilla
- Eu já disse que estou de serviço e também não tenho o que falar com você. – Micaela parecia guardar magoas de Priscilla.
- Ainda é aquela história da Pamela? – Questionou Priscilla.
- Eu já disse que não posso conversar agora com você. – e encerrou o assunto por ali.
Durante a adolescência, na fase de descobertas da vida. Priscilla e Micaela eram unha e carne. Micaela assumiu-se antes de Priscilla por ser um pouco mais velha que ela. Pamela foi o primeiro amor da vida de Micaela. Amor não correspondido por sinal. A bronca toda dela foi por achar que Priscilla tinha feito à cabeça de Pamela para que elas não ficassem juntas. Ao contrario do que pensava Priscilla só foi saber bem depois que ela gostava de Pamela. Priscilla e Pamela também eram muito próximas e desde sempre Micaela suspeitou da amizade das duas. Era uma simples amizade, mesmo assim era como uma traição para Micaela.
- Qual é o problema dela Pri? – Francynie questionou enquanto observava Micaela.
- Ela acha ainda que eu tivesse algum envolvimento com uma menina que ela era apaixonada. – explicava Priscilla.
- Eu não duvido nada que tenha tido mesmo. – Francynie falou como quem conhece a fama que Priscilla levava.
- Eu não tive. – Priscilla foi enérgica ao afirmar. – Eu não tenho todas as mulheres do mundo ao contrario do que as pessoas pensam. Ela tem raiva por achar que eu tive envolvimento com a Pamela.
- Eu estou de serviço agora Priscilla. O que espera que eu faça? – questionou Micaela.
- Você guarda magoas há algum tempo, não acha que está na hora de sentarmos e conversamos? – sugeriu Priscilla
- Eu já disse que estou de serviço e também não tenho o que falar com você. – Micaela parecia guardar magoas de Priscilla.
- Ainda é aquela história da Pamela? – Questionou Priscilla.
- Eu já disse que não posso conversar agora com você. – e encerrou o assunto por ali.
Durante a adolescência, na fase de descobertas da vida. Priscilla e Micaela eram unha e carne. Micaela assumiu-se antes de Priscilla por ser um pouco mais velha que ela. Pamela foi o primeiro amor da vida de Micaela. Amor não correspondido por sinal. A bronca toda dela foi por achar que Priscilla tinha feito à cabeça de Pamela para que elas não ficassem juntas. Ao contrario do que pensava Priscilla só foi saber bem depois que ela gostava de Pamela. Priscilla e Pamela também eram muito próximas e desde sempre Micaela suspeitou da amizade das duas. Era uma simples amizade, mesmo assim era como uma traição para Micaela.
- Qual é o problema dela Pri? – Francynie questionou enquanto observava Micaela.
- Ela acha ainda que eu tivesse algum envolvimento com uma menina que ela era apaixonada. – explicava Priscilla.
- Eu não duvido nada que tenha tido mesmo. – Francynie falou como quem conhece a fama que Priscilla levava.
- Eu não tive. – Priscilla foi enérgica ao afirmar. – Eu não tenho todas as mulheres do mundo ao contrario do que as pessoas pensam. Ela tem raiva por achar que eu tive envolvimento com a Pamela.
... [Dias Depois]
Sem dúvida Micaela se encantou por Francynie, aquele rosto de boneca, aquele jeito surreal. Micaela tinha como foco uma simples investigação sobre intorpecentes, ao ver que Priscilla tinha qualquer tipo de relacionamento com aquela menina, Micaela começou a demonstrar interesse, a arquitetar uma "vingança" contra Priscilla, por supostamente roubar o amor de sua vida.
Micaela nunca contou com o obstaculo que lhe apareceu, o próprio coração, entre investidas e olhares de reprovação vindos de Francynie, ela parecia haver se envolvido mais do que desejava, se encantado pela namorada de Priscilla.
- Você não vai fazer nada?. - questionou Francynie sobre as investidas que recebia de Micaela. - Priscilla, eu sou sua namorada e você deixa isso acontecer bem na sua frente.
- E o que você quer que eu faça?. - perguntou rindo. - Quer que eu "caía" no tapa com ela?
- Como você pode achar graça? . - Francynie estava indignada com o descaso de Priscilla. - Talvez ela cuidasse melhor de mim do que você, pelo menos não deixaria outra me paquerar na cara dela. - Afirmou Francynie sobre Micaela.
- Isso é para que mesmo? Se for para tentar me fazer ciúmes Francynie, desista. Seja um pouco mais madura Francynie e não tente fazer joguinhos comigo. Se quiser ficar com a Micaela sabe onde encontra-la. - disse Priscilla olhando nos olhos de Francynie.
- Você às vezes consegue ser mais fria do que antes, parece não se importa se vou ou se fico. - Francynie desafiou-se ao questionar os sentimentos de Priscilla. - Eu sei que gosta de mim, mais parece que seu coração pertence a outra. - abaixou a cabeça para um suspiro, - E creio que sei a quem...
Sem dúvida Micaela se encantou por Francynie, aquele rosto de boneca, aquele jeito surreal. Micaela tinha como foco uma simples investigação sobre intorpecentes, ao ver que Priscilla tinha qualquer tipo de relacionamento com aquela menina, Micaela começou a demonstrar interesse, a arquitetar uma "vingança" contra Priscilla, por supostamente roubar o amor de sua vida.
Micaela nunca contou com o obstaculo que lhe apareceu, o próprio coração, entre investidas e olhares de reprovação vindos de Francynie, ela parecia haver se envolvido mais do que desejava, se encantado pela namorada de Priscilla.
- Você não vai fazer nada?. - questionou Francynie sobre as investidas que recebia de Micaela. - Priscilla, eu sou sua namorada e você deixa isso acontecer bem na sua frente.
- E o que você quer que eu faça?. - perguntou rindo. - Quer que eu "caía" no tapa com ela?
- Como você pode achar graça? . - Francynie estava indignada com o descaso de Priscilla. - Talvez ela cuidasse melhor de mim do que você, pelo menos não deixaria outra me paquerar na cara dela. - Afirmou Francynie sobre Micaela.
- Isso é para que mesmo? Se for para tentar me fazer ciúmes Francynie, desista. Seja um pouco mais madura Francynie e não tente fazer joguinhos comigo. Se quiser ficar com a Micaela sabe onde encontra-la. - disse Priscilla olhando nos olhos de Francynie.
- Você às vezes consegue ser mais fria do que antes, parece não se importa se vou ou se fico. - Francynie desafiou-se ao questionar os sentimentos de Priscilla. - Eu sei que gosta de mim, mais parece que seu coração pertence a outra. - abaixou a cabeça para um suspiro, - E creio que sei a quem...
-Francynie, eu confio no “meu taco”, se eu deixo que se aproximem de você é porque sei o que sente por mim... – explicava Priscilla. – Não seja insegura dizendo que não tem meu coração, afinal eu estou com você e não com qualquer outra pessoa. – sorriu Priscilla para Francynie em um suave gesto. – Quanto a Micaela, ela pode gostar de você, é um direito dela e eu não posso fazer nada a respeito. Mais tenho a certeza de que ela não terá o seu coração e não tocará teus lábios, enquanto ela te admirar somente, eu não farei nada. – Priscilla parecia declarar-se para Francynie. – Você é minha boneca e eu sou bastante egoísta quanto a isso.
Priscilla parecia não se preocupar com o fato das investidas e declarações de Micaela para com Francynie. Para ela, no final, Micaela desistiria de tentar algum romance com Francynie. Contra qualquer pensamento, Micaela não demonstrava querer desistir, entre uma batida e outra, entre contatos e contatos, Micaela que já havia conhecido Fernanda a prima de Francynie, cria um plano.
A vida de Micaela não era fácil, ameaças eram algo constante, atentados contra sua vida também. Já havia até mesmo sofrido alguns e curto período de tempo. Afinal nenhum bandido gosta que mexam no seu vespeiro, nos seus negócios. Agora Micaela investigava a ‘classe dos mauricinhos’, o que de fato não agradou os fornecedores dos mesmos. Ao conhecer Fernanda, Francynie e afins ficou mais fácil envolver-se nesse meio.
Fernanda soube que Micaela era Delegada por ter sido apresentada para ela em uma das noites que Micaela dava incertas por uma das boites de Priscilla. Fernanda também havia notado o clima de afronta que se fixava no olhar de Micaela ao cruzar com Priscilla, e percebeu os olhares de Micaela para cima de Francynie. Quando Micaela convidou-a para conversar e tomar um drink, Fernanda não pensou duas vezes e aceitou. Tinha o objetivo de tirar algo de proveitoso daquele encontro, o que de fato também era a intenção de Micaela.
- Fernanda! – Micaela parecia estar em êxtase ao ver-la. – Entre e fique a vontade. – concluiu fechando a porta.
- Não sei se foi uma boa idéia vim até aqui. – Fernanda quis parecer insegura por um momento.
- Relaxa, não sou nenhuma assassina. – Brincou Micaela, que parecia ter um humor parecido com o de Priscilla. – Sua namorada Priscilla me conhece desde sempre e eu nunca a matei.
Os olhos de Fernanda brilharam e ao mesmo tempo sua expressão se fechou quando ouviu Micaela falando sobre Priscilla.
- E o que você quer de mim? – Fernanda questionou-a com firmeza.
- De você Fernanda? – Micaela olhou para Fernanda como quem estava realmente analisando-a. – É bem jeitosa, mais de você eu não quero nada, já da sua priminha...
- De quem? Francynie? – parecia que não acreditava no que ouvia, ou queria que Micaela pensasse assim. – E o que eu tenho a ver com isso?
- Bom desde que eu saiba 2+2=4. – tentava explicar para Fernanda o seu pensamento. – Eu quero irritar a Priscilla e também estou afim da sua prima, vou juntar o útil ao agradável.
- Primeiro: eu ainda não sei o que eu tenho a ver com isso, Fran e nós não nos entendemos bem, logo não posso ajudar-la com isso e nem a conquistar-la. Outra, não vou ajudar só porque tem birra besta com a Priscilla, ela não merece ser sacaneada desse jeito. – afirmou Fernanda.
-Como eu já te disse menina, 2+2=4, não tenho um diploma de burrice na minha parede, ou tenho? – disse apontando para o diploma de direito entre outros que estavam na parede. – Além de estar estampado na sua cara a paixão que tem pela Priscilla, sua voz lhe entrega com suas palavras enrustidas com tons de ciúmes.
- Nem de burrice e nem de Psicologia! – referiu-se ao questionamento anterior. – E mesmo que fosse verdade qualquer coisa que disse aí, você não tem nada a ver com isso, se quer a Francynie conquiste-a sozinha.
- Ao contrario do que pensa, eu não preciso da ajuda de ninguém para conquistar-la, meu ego é grande e minha beleza também. – Riu Micaela ao descrever-se. – Faz assim, finge que eu não sei que você tem inveja da Francynie por estar com a Priscilla e você não, e que seu olhar para ela não demonstra nenhum sentimento. – Micaela batia bem nas feridas. – Melhor ainda, nem precisa se esforçar muito parar saber que rolou algo entre vocês, por isso que Francynie não gosta de você muito perto da Priscilla, e que com o “tal acidente” ela se esqueceu do que rolou. Ou será que ela simplesmente não quer se lembrar do que rolou?
- O que você quer? – depois de tudo aquilo Fernanda parecia ter se rendido à vontade de Micaela. – Diz antes que eu me arrependa.
- Nada muito complicado, nem difícil. – Explicou o plano para Fernanda. – No final você terá a sua amada Priscilla só para você e eu ficarei com a Francynie e aquele sorriso maravilhoso dela.
- Então eu tenho que marcar com ela no restaurante para supostamente falar com ela sobre Priscilla e não ir. Por coincidência você estará lá e ao ver-la sozinha... – Fernanda repassava o plano com Micaela. – E no fim você a leva para casa...
- Muito bom, merece até uma medalha. – Brincou Micaela. – Enquanto isso você pode tentar conversar de alguma maneira com Priscilla, pelo o que parece Francynie não deixa que esse contato aconteça mesmo.
Gabrielle foi de encontro a Fernanda, foi em uma delicatese, ao contrário do que havia combinado por celular. Enquanto Gabi, com toda a tranquilidade do mundo, lanchava, Fernanda jogava o notebook, e milhares de anotações sobre a mesa... E Gabi lá, comendo sem entender nada. Entre um momento indiferente e outro, Gabi resolveu finalmente questionar Fernanda sobre tudo aquilo.
- Ué, veio trabalhar nesse lugar? – Gabi realmente pensou que seria algo do tipo, afinal, Fernanda jogou tantas anotações sobre a mesa. – Mas, e essas fotos aqui? É da Priscilla. – Gabi assustou-se. – Como conseguiu isso garota?
- Gabi, eu não iria vir até aqui se fosse para trabalhar. Essas são anotações sobre algo que precisarei dá sua ajuda, e como você é a melhor amiga dela. – Fernanda mostrou as anotações que havia feito e explicou uma coisa ou duas.
- E as fotos? – Gabi achou meio sinistro ela ter fotos de Priscilla, já que supostamente ela não gostava da Priscilla.
- Eu já fiz um curso de fotografia, e desde o dia em que Priscilla e eu nos amarmos, tudo que vejo nela, detalhes, me fazemos querer eternizar aquele sorriso. – Os olhos de Fernanda brilhavam, acompanhados por um sorriso sem igual.
- Poupe-me de detalhes sórdidos. – Gabi ignorou aquilo, mas a verdade é que pela primeira vez ela viu que Fernanda poderia dizer a verdade.
- Gabi, por favor, me ajuda! – Fernanda parecia desesperada. – Não posso fazer isso sem você, é uma das principais peças, e sem você eu com certeza não vamos conseguir realizar do mesmo modo.
- Sinceramente Fernanda, eu não sei. Você já magoou demais a Pri, ela merece sofrer mais. – Gabi até achou o plano bom, o possível resultado também, mas de verdade, ela ainda temia a reação de Priscilla.
Por fim, Gabrielle aceitou ajudar Fernanda no plano. Seguiu trocando sms com Fernanda por um longo tempo, armando tudo o que ela lhe pedia. Seria bem fácil, ou fácil até demais... Realizar tudo isso sem que Priscilla desconfiasse. Só que Priscilla nunca foi boba, e começo a desconfiar do modo que Gabrielle (que não era nada discreta). Gabrielle começou agir de modo estranho quando ela esbarrava com Fernanda e Priscilla estava por perto. Enquanto Priscilla passava reto, Gabi ponderava ao passar ao lado de Fernanda.
- Gabi, me diz logo o que está rolando com a Fernanda? – Priscilla com um tom irônico, brincou com Gabi. – Está traindo a Tais com ela? Safadinha!
- Pelo amor, Pri. Sabe que eu nunca ficaria com a Fernanda, não depois do que vocês viveram. – Falou como se admirasse o que elas tiveram.
- Você fala como se aquilo tivesse sido bom. Você sabe que não é bem assim...
[Alguns meses depois...]
Gabrielle e Fernanda, enfim pareciam ter terminado de tramar tudo. O tão precioso plano de Fernanda estava pronto para entrar em ação, mas antes de realizar isso, Fernanda pediu para Gabrielle o último favor. E Gabi cumpriu o pedido.
Celular:
- Fala viada! – Priscilla atendeu o celular com todo carinho do mundo a amiga.
- Pri, me ajuda! – Gabrielle estava com tom de choro, parecia que algo havia acontecido.
- O que houve Gabi? – Priscilla estava preocupada com a amiga.
- É a tata, ela brigou comigo e viajou com um pessoal que eu não gosto nada, e a ex dela está no meio. – A voz de Gabi parecia tremula.
- Para onde ela foi Gabi? Como você deixou a sua mulher sair de casa assim cara? – Priscilla parecia não acreditar que a amiga havia deixado aquilo chegar a um ponto tão dramático assim.
- Pri, por favor, vê, comigo atrás dela? Não posso perdê-la!
Priscilla concordou em ir com a amiga, mal sabia ela que Tais e Gabrielle estavam melhores do que nunca, e que era só parte do plano de Fernanda. No fundo Gabi sabia que a reação de Priscilla poderia não ser boa, e que estava correndo um grande risco: perder a amizade dela para sempre.
Elas foram em direção ao litoral, chegando à praia, avistaram algumas tochas e tudo mais na areia. Já era noite, logo Priscilla deduziu que era um lual, e questionou Gabi.
- Cara, sua mulher está em um lual? – Priscilla seguiu andando em direção ao lual. – Cara, essa é a primeira vez que eu vejo um lual com cadeiras que estranho!
- Também estou achando estranho, mas precisamos encontrar a Tatá, vamos Pri. – Gabi já sabia exatamente o que estava acontecendo.
- Gabi, olha tua mulher ali... E o resto da nossa galera também. Mas você me disse que ela tinha vindo com a ex. – Logo Priscilla percebeu que algo não se encaixava. – Isso me lembra um casamento.
Misteriosamente Fernanda apareceu atrás delas...
- Na verdade é o nosso casamento! – Fernanda havia planejado tudo aquilo.
No mesmo segundo em que reconheceu a voz de Fernanda, Priscilla se virou rindo de Fernanda.
- Casamento de quem? – Priscilla se mostrou completamente sarcástica quanto aquilo.
- O nosso! Isso tudo aqui é para nos casarmos. Eu te amo, e quero você para toda a vida. – Fernanda se aproximava cada vez mais de Priscilla.
- Fernanda, já disse um monte de vezes: nós nunca vamos ficar juntas! – Priscilla não acreditava que tudo aquilo estava acontecendo.
- Quero que você entenda de uma vez por todas que eu te amo, e que sem você eu não tenho motivo para sorrir. Eu poderia ficar aqui falando por horas, talvez eu fosse fazer você enxergar a verdade. – Fernanda calou-se e simplesmente se ajoelhou diante de Priscilla. – Case-se comigo, meu amor? Vamos construir o nosso futuro.
[Continua...]
@Glacianee_Axt
Priscilla parecia não se preocupar com o fato das investidas e declarações de Micaela para com Francynie. Para ela, no final, Micaela desistiria de tentar algum romance com Francynie. Contra qualquer pensamento, Micaela não demonstrava querer desistir, entre uma batida e outra, entre contatos e contatos, Micaela que já havia conhecido Fernanda a prima de Francynie, cria um plano.
A vida de Micaela não era fácil, ameaças eram algo constante, atentados contra sua vida também. Já havia até mesmo sofrido alguns e curto período de tempo. Afinal nenhum bandido gosta que mexam no seu vespeiro, nos seus negócios. Agora Micaela investigava a ‘classe dos mauricinhos’, o que de fato não agradou os fornecedores dos mesmos. Ao conhecer Fernanda, Francynie e afins ficou mais fácil envolver-se nesse meio.
Fernanda soube que Micaela era Delegada por ter sido apresentada para ela em uma das noites que Micaela dava incertas por uma das boites de Priscilla. Fernanda também havia notado o clima de afronta que se fixava no olhar de Micaela ao cruzar com Priscilla, e percebeu os olhares de Micaela para cima de Francynie. Quando Micaela convidou-a para conversar e tomar um drink, Fernanda não pensou duas vezes e aceitou. Tinha o objetivo de tirar algo de proveitoso daquele encontro, o que de fato também era a intenção de Micaela.
- Fernanda! – Micaela parecia estar em êxtase ao ver-la. – Entre e fique a vontade. – concluiu fechando a porta.
- Não sei se foi uma boa idéia vim até aqui. – Fernanda quis parecer insegura por um momento.
- Relaxa, não sou nenhuma assassina. – Brincou Micaela, que parecia ter um humor parecido com o de Priscilla. – Sua namorada Priscilla me conhece desde sempre e eu nunca a matei.
Os olhos de Fernanda brilharam e ao mesmo tempo sua expressão se fechou quando ouviu Micaela falando sobre Priscilla.
- E o que você quer de mim? – Fernanda questionou-a com firmeza.
- De você Fernanda? – Micaela olhou para Fernanda como quem estava realmente analisando-a. – É bem jeitosa, mais de você eu não quero nada, já da sua priminha...
- De quem? Francynie? – parecia que não acreditava no que ouvia, ou queria que Micaela pensasse assim. – E o que eu tenho a ver com isso?
- Bom desde que eu saiba 2+2=4. – tentava explicar para Fernanda o seu pensamento. – Eu quero irritar a Priscilla e também estou afim da sua prima, vou juntar o útil ao agradável.
- Primeiro: eu ainda não sei o que eu tenho a ver com isso, Fran e nós não nos entendemos bem, logo não posso ajudar-la com isso e nem a conquistar-la. Outra, não vou ajudar só porque tem birra besta com a Priscilla, ela não merece ser sacaneada desse jeito. – afirmou Fernanda.
-Como eu já te disse menina, 2+2=4, não tenho um diploma de burrice na minha parede, ou tenho? – disse apontando para o diploma de direito entre outros que estavam na parede. – Além de estar estampado na sua cara a paixão que tem pela Priscilla, sua voz lhe entrega com suas palavras enrustidas com tons de ciúmes.
- Nem de burrice e nem de Psicologia! – referiu-se ao questionamento anterior. – E mesmo que fosse verdade qualquer coisa que disse aí, você não tem nada a ver com isso, se quer a Francynie conquiste-a sozinha.
- Ao contrario do que pensa, eu não preciso da ajuda de ninguém para conquistar-la, meu ego é grande e minha beleza também. – Riu Micaela ao descrever-se. – Faz assim, finge que eu não sei que você tem inveja da Francynie por estar com a Priscilla e você não, e que seu olhar para ela não demonstra nenhum sentimento. – Micaela batia bem nas feridas. – Melhor ainda, nem precisa se esforçar muito parar saber que rolou algo entre vocês, por isso que Francynie não gosta de você muito perto da Priscilla, e que com o “tal acidente” ela se esqueceu do que rolou. Ou será que ela simplesmente não quer se lembrar do que rolou?
- O que você quer? – depois de tudo aquilo Fernanda parecia ter se rendido à vontade de Micaela. – Diz antes que eu me arrependa.
- Nada muito complicado, nem difícil. – Explicou o plano para Fernanda. – No final você terá a sua amada Priscilla só para você e eu ficarei com a Francynie e aquele sorriso maravilhoso dela.
- Então eu tenho que marcar com ela no restaurante para supostamente falar com ela sobre Priscilla e não ir. Por coincidência você estará lá e ao ver-la sozinha... – Fernanda repassava o plano com Micaela. – E no fim você a leva para casa...
- Muito bom, merece até uma medalha. – Brincou Micaela. – Enquanto isso você pode tentar conversar de alguma maneira com Priscilla, pelo o que parece Francynie não deixa que esse contato aconteça mesmo.
Micaela acreditava que ao jogar seu charme para Francynie ela fosse capaz de conquistá-la, afinal em algumas vezes em que tentou fazer ciúmes em Priscilla, Francynie parecia na visão de Micaela estar dando algum tipo de condição. Se no fim o charme de Micaela não fosse suficiente com Francynie ela tinha o plano B, tinha Fernanda jogando em seu time, jogando Priscilla literalmente contra a parede.
Micaela, após uma rápida batida em uma boite, seguiu de encontro ao acaso, como era um local que freqüentava assiduamente, alguns funcionários a conheciam muito bem e a cumprimentaram fazendo com que parecesse mais acaso do que ela planejou. No primeiro momento fingiu não ver Francynie sentada à mesa aguardando Fernanda. Micaela seguiu para o bar e fingiu aguardar por uma mesa. Francynie havia visto Micaela e estranhou que ela não chegou a ir cumprimentá-la. Chamou o garçom e perguntou para ele se de fato era ela.
- Sabe me dizer se o nome daquela mulher que está no bar é Micaela? – perguntou ao garçom enquanto fazia um sinal discreto.
- Sim senhorita. È a Delegada Micaela sim, ela freqüenta o restaurante. Com licença!
Minutos depois chega à mesa de Francynie uma taça de vinho branco com um bilhete que dizia: Perdoe-me, não a vi quando cheguei. Tenha um ótimo jantar! M.M
Francynie havia recebido um sms da prima que dizia que não poderia se encontrar com ela e resolveu então convidar Micaela para lhe fazer companhia.
-Boa noite! – Comprimento com um enorme sorriso ao se sentar-se à mesa. – Obrigada pelo convite Francynie.
- Boa noite Micaela. Era o mínimo que eu poderia fazer depois da gentileza. – Explicou Francynie. – Esse restaurante eu ainda não conhecia.
- Eu venho sempre aqui. – Comentou Micaela. – O que te trouxe a conhecer-lo?
- Minha prima Fernanda, conhece? – Questionou Francynie.
- Fernanda...Fernanda. Confesso que me foge a memória, creio que fomos apresentadas, mais não trocamos muitas palavras. – Desconversou Micaela. – E onde ela está?
- Ela me mandou um sms dizendo que não vem mais. – Explicou Francynie. – Ela que conhece o local.
- Se você me permitir, para retribuir a gentileza do convite, após o jantar eu a levo para casa. – Ofereceu-se Micaela. – Se não estiver esperando mais ninguém é claro.
- Não, tudo bem, eu pego um táxi mesmo. – respondeu Francynie.
- Por favor, não me custa na e não posso deixar-la voltar sozinha para casa. – sorriu Micaela.
Não acho uma boa idéia, Priscilla pode não gostar. – questionou Francynie.
- Eu te entrego na porta de casa Fran, e ela nem precisa saber... – desafiou Micaela. – Vamos ou tem medo de não resistir a minha beleza. – e sorriu.
...
- Priscilla!
- O que foi dessa vez Fernanda? – questiono-a ao atender a ligação.
- Você sabe onde ou com quem está a sua namorada? – Fernanda queria fazer com que Priscilla pensasse que estava sendo traída.
- Com você em um restaurante? – perguntou Priscilla.
- Foi isso que ela te disse? Que estaria em um restaurante comigo? – Fernanda injetava veneno nas veias de Priscilla. – Não é bem comigo que ela está no restaurante, se bem que essa hora ela não deve estar em um restaurante e sim usando algemas por ai.
- Me deixa entender Fernanda, você me liga para dizer que sua prima não foi jantar com você quando ele me disse que iria jantar com você, e que ela está com outra pessoa e pode estar usando “algemas”? Tentando me fazer ciúmes ou ficar com ódio dela? – Priscilla pegou a armação no vento. – Faz assim Fernanda, diz a Micaela para trazer-la para casa quando acabar e da próxima vez quer armar para cima de mim seja mais esperta, não demonstre tanto conhecimento pela situação. Enfim, não gosto de dormir sozinha e quero-a aqui. – E desligou o telefone.
- Eu te entrego na porta de casa Fran, e ela nem precisa saber... – desafiou Micaela. – Vamos ou tem medo de não resistir a minha beleza. – e sorriu.
...
- Priscilla!
- O que foi dessa vez Fernanda? – questiono-a ao atender a ligação.
- Você sabe onde ou com quem está a sua namorada? – Fernanda queria fazer com que Priscilla pensasse que estava sendo traída.
- Com você em um restaurante? – perguntou Priscilla.
- Foi isso que ela te disse? Que estaria em um restaurante comigo? – Fernanda injetava veneno nas veias de Priscilla. – Não é bem comigo que ela está no restaurante, se bem que essa hora ela não deve estar em um restaurante e sim usando algemas por ai.
- Me deixa entender Fernanda, você me liga para dizer que sua prima não foi jantar com você quando ele me disse que iria jantar com você, e que ela está com outra pessoa e pode estar usando “algemas”? Tentando me fazer ciúmes ou ficar com ódio dela? – Priscilla pegou a armação no vento. – Faz assim Fernanda, diz a Micaela para trazer-la para casa quando acabar e da próxima vez quer armar para cima de mim seja mais esperta, não demonstre tanto conhecimento pela situação. Enfim, não gosto de dormir sozinha e quero-a aqui. – E desligou o telefone.
Ao terminarem o jantar Micaela fez o que prometeu e seguiu com Francynie para casa, porém, no caminho houve um grande problema. Elas foram seguidas por um carro. Algumas pessoas não estavam felizes com as reviradas de Micaela pela área. Antes de encontra-se com Francynie ela ainda deu um batida em um local e não notou que foi seguida por traficantes. A alguns quilômetros a frente este carro fechou Micaela e metralhou o carro em que estava com Francynie. Francynie estava no lugar errado e na hora errada. Os projeteis penetraram no carro, atingiram as duas. Micaela e Francynie foram socorridas minutos depois, Francynie já havia perdido muito sangue, o corpo dela foi o mais atingindo. Francynie seguiu inconsciente desde a saída até o hospital.
Algum tempo depois Priscilla foi avisada sobre o que havia acontecido.
Em segundos o mundo de Priscilla veio abaixo, ela parecia não acreditar no que estava acontecendo com Francynie. Ainda a pouco tempo ela estava ali chamando ela de amor, dizendo que a amava e lhe queria bem. Não poderia ser real, ela sentiu que poderia ter vivido mais tudo aquilo com Francynie. Em momentos as armações de Fernanda lhe adentraram a cabeça. Nos olhos de Priscilla se via o ódio de momento.
Algum tempo depois Priscilla foi avisada sobre o que havia acontecido.
Em segundos o mundo de Priscilla veio abaixo, ela parecia não acreditar no que estava acontecendo com Francynie. Ainda a pouco tempo ela estava ali chamando ela de amor, dizendo que a amava e lhe queria bem. Não poderia ser real, ela sentiu que poderia ter vivido mais tudo aquilo com Francynie. Em momentos as armações de Fernanda lhe adentraram a cabeça. Nos olhos de Priscilla se via o ódio de momento.
Priscilla foi ao encontro de Francynie, parecia-lhe algo arquitetado pelo destino, ele fazia novamente que as duas se encontrassem vivendo aquela situação difícil.
- Como está a Francynie Doutor? – Perguntou assim que soube que ele cuidava dela. – Como ela está?
- A senhorita é familiar da paciente? – questionou o médico.
- Não. Mais sou a namorada dela.
- Sinto muito mais não posso dar esse tipo de informação a terceiros. – respondeu dando as costas para Priscilla.
“Esse filho de uma égua, vou dizer quem é terceiro, vou é fazer nascer um terceiro olho na cara dele. O jeito vai ser ligar para a Fernanda para ela avisar a família. – e disco para Fernanda.”
- Diz Pri! – sem saber ainda o que havia ocorrido.
- Diz Pri é o cacete. – O tom de ódio de Priscilla era superior. – Mais uma vez você faz merda com as pessoas, por sua grande idéia a sua prima está no hospital, o carro em que ela estava com a Micaela foi alvejado, não bastava o que fez comigo? Tinha mesmo que envolver a menina nisso?
- E o que você acha? Que eu mandei matar-la? Matar para ter o seu amor incondicional, você não é tudo isso. Incrível como lembra de coisas quando te convém. Priscilla só não irei discuti porque sei que está mal e que esse não é o momento. Eu estou indo para ai, e como ela está?
- Se eu soubesse se acha mesmo que eu teria te ligado? Eles não querem me dizer por que não sou da família, ou acha que eu liguei para ouvir a sua linda voz.
- Como está a Francynie Doutor? – Perguntou assim que soube que ele cuidava dela. – Como ela está?
- A senhorita é familiar da paciente? – questionou o médico.
- Não. Mais sou a namorada dela.
- Sinto muito mais não posso dar esse tipo de informação a terceiros. – respondeu dando as costas para Priscilla.
“Esse filho de uma égua, vou dizer quem é terceiro, vou é fazer nascer um terceiro olho na cara dele. O jeito vai ser ligar para a Fernanda para ela avisar a família. – e disco para Fernanda.”
- Diz Pri! – sem saber ainda o que havia ocorrido.
- Diz Pri é o cacete. – O tom de ódio de Priscilla era superior. – Mais uma vez você faz merda com as pessoas, por sua grande idéia a sua prima está no hospital, o carro em que ela estava com a Micaela foi alvejado, não bastava o que fez comigo? Tinha mesmo que envolver a menina nisso?
- E o que você acha? Que eu mandei matar-la? Matar para ter o seu amor incondicional, você não é tudo isso. Incrível como lembra de coisas quando te convém. Priscilla só não irei discuti porque sei que está mal e que esse não é o momento. Eu estou indo para ai, e como ela está?
- Se eu soubesse se acha mesmo que eu teria te ligado? Eles não querem me dizer por que não sou da família, ou acha que eu liguei para ouvir a sua linda voz.
Algum tempo depois chegaram ao hospital os a tia de Francynie e afins. Priscilla soube que o estado de Micaela não era tão grave quanto o de Francynie e Micaela já estaria em observação no quarto. Ouviu comentários que a outra moça que estava no carro com a delegada fora muito atingida e havia chegado inconsciente ao hospital.
O médico iria informar a família sobre o estado de Francynie, Priscilla juntou-se ao demais para ouvir e saber sobre a namorada.
- A paciente sofreu muitas perfurações pelo corpo quando o veiculo foi alvejado, ela perdeu muito sangue e até agora já passou por três processos cirúrgicos, o estado dela ainda é muito preocupante, estamos fazendo o possível por ela.
- Ela corre risco de morte? – questionou Fernanda.
- Não é algo descartável nesse momento infelizmente, caso sobreviva ela terá algumas seqüelas fisicamente e visivelmente, serão muitos danos ao seu estilo de vida atual.
O médico não deixou transparecer qualquer sinal de expectativa quanto ao caso de Francynie. Para ele já não havia nada a se fazer.
- Eu sei que é difícil Priscilla, mais se acalma, vai dar tudo certo. – Fernanda tentava dar suporte.
- Estou sentindo um aperto aqui sabe? Como se eu nunca mais fosse ver a minha boneca, agora ela está lá dentro todo encubada e nem sabe que eu estou aqui com ela. – Priscilla chorou...
- Não sabia que você amava a Francynie tanto assim.
- Não que seja amor, eu me odeio por não amar-la, não consegui retribuir tudo o que ela me deu. Eu a admiro, sou apaixonada por ela, mais não amo infelizmente. Porém, ela conquistou muitas coisas boas de mim e me presenteou com o fato de me amar. – Priscilla concluiu com o som de passos ao fundo de sua voz.
O médico iria informar a família sobre o estado de Francynie, Priscilla juntou-se ao demais para ouvir e saber sobre a namorada.
- A paciente sofreu muitas perfurações pelo corpo quando o veiculo foi alvejado, ela perdeu muito sangue e até agora já passou por três processos cirúrgicos, o estado dela ainda é muito preocupante, estamos fazendo o possível por ela.
- Ela corre risco de morte? – questionou Fernanda.
- Não é algo descartável nesse momento infelizmente, caso sobreviva ela terá algumas seqüelas fisicamente e visivelmente, serão muitos danos ao seu estilo de vida atual.
O médico não deixou transparecer qualquer sinal de expectativa quanto ao caso de Francynie. Para ele já não havia nada a se fazer.
- Eu sei que é difícil Priscilla, mais se acalma, vai dar tudo certo. – Fernanda tentava dar suporte.
- Estou sentindo um aperto aqui sabe? Como se eu nunca mais fosse ver a minha boneca, agora ela está lá dentro todo encubada e nem sabe que eu estou aqui com ela. – Priscilla chorou...
- Não sabia que você amava a Francynie tanto assim.
- Não que seja amor, eu me odeio por não amar-la, não consegui retribuir tudo o que ela me deu. Eu a admiro, sou apaixonada por ela, mais não amo infelizmente. Porém, ela conquistou muitas coisas boas de mim e me presenteou com o fato de me amar. – Priscilla concluiu com o som de passos ao fundo de sua voz.
Aqueles passos eram altos, eram ensurdecedores, aqueles passos traziam lágrimas e pesar. Eles significariam não apenas passos e sim o encerramento de um sorriso que transmitia luz.
- É com pesar que informo que às 04:20 am, veio a paciente veio a óbito. Meus pêsames.
Naquele momento Priscilla partiu para cima de Fernanda a atirando no chão.
Os olhos estavam em brasa. Ela montou em Fernanda e armou um soco que foi na direção do rosto e mesmo assim Priscilla só conseguiu socar o chão.
- Agora está feliz Fernanda? Enfim estou separada dela. Eu não quero nunca mais te ver na minha frente, se ao mesmo você gostasse de mim, você é uma egoísta. – disparava enquanto estava sobre Fernanda. – Tentou até que conseguiu acabar com a minha vida, eu devo ter feito algo de muito ruim nessa vida para merecer essa perseguição sua, você é meu karma garota. Algumas vezes cheguei a pensar que você gostasse de mim hoje vi que você tentou acabar comigo, estava certa ao acreditar que não falava a verdade quando disse não me lembrar de você, eu quis esquecer a sua cara de repúdio após dormir comigo aquela noite. É agora todo mundo aqui sabe, o que você tinha tanto medo de descobrissem. – Tentaram tirar Priscilla de cima de Fernanda e leva-la para se acalmar e cuidar da mão que havia machucado ao socar o chão.
- É com pesar que informo que às 04:20 am, veio a paciente veio a óbito. Meus pêsames.
Naquele momento Priscilla partiu para cima de Fernanda a atirando no chão.
Os olhos estavam em brasa. Ela montou em Fernanda e armou um soco que foi na direção do rosto e mesmo assim Priscilla só conseguiu socar o chão.
- Agora está feliz Fernanda? Enfim estou separada dela. Eu não quero nunca mais te ver na minha frente, se ao mesmo você gostasse de mim, você é uma egoísta. – disparava enquanto estava sobre Fernanda. – Tentou até que conseguiu acabar com a minha vida, eu devo ter feito algo de muito ruim nessa vida para merecer essa perseguição sua, você é meu karma garota. Algumas vezes cheguei a pensar que você gostasse de mim hoje vi que você tentou acabar comigo, estava certa ao acreditar que não falava a verdade quando disse não me lembrar de você, eu quis esquecer a sua cara de repúdio após dormir comigo aquela noite. É agora todo mundo aqui sabe, o que você tinha tanto medo de descobrissem. – Tentaram tirar Priscilla de cima de Fernanda e leva-la para se acalmar e cuidar da mão que havia machucado ao socar o chão.
Todos tentavam acalmar Priscilla. A única pessoa que conseguiu foi Gabrielle que chegou quase simultaneamente com a noticia.
- Priscilla se acalma você não é assim. – Gabrielle nunca tinha visto à amiga naquele estado.
- Não pede pra mim me acalmar Gabi, sabe que isso é impossível, era a prima dela cara. Como isso foi acontecer Gabi? Chegar a esse ponto?
- Priscilla você está com a cabeça cheia, nisso ela não teve culpa e você sabe disso, sabe que eu não gosto dela, mais não teve culpa. Aconteceu uma tragédia. – Gabrielle lamentou.
- E por quê? Por que comigo? Será castigo? Parece que alguém ou alguma coisa apontou para mim quando nasci e disse: “Essa aí vai se fuder eternamente” – Priscilla nunca foi muito religiosa. – Isso só aconteceu porque eu fui me envolver com ela Gabi, se eu não tivesse me envolvido com ela a Francynie ainda estaria aqui. Ela merecia alguém melhor. – Era visível a culpa que Priscilla sentia.
- Não entra nessa de se culpar Priscilla, garanto que ela não se arrependeu em nenhum momento de ter se envolvido com você, ela te amava. E onde quer que ela esteja ela iria querer te ver feliz, pare de se culpar. – Gabrielle tentou acordar Priscilla.
Francynie foi cremada como assim desejava, ela brincava com o fato de ser enterrada: “Eu quero ser cremeda, não quero aqueles bichos nojentos me comendo, eu sou linda demais para isso amor.” Priscilla sempre acho graça quando ela falava daquele jeito.
- Priscilla se acalma você não é assim. – Gabrielle nunca tinha visto à amiga naquele estado.
- Não pede pra mim me acalmar Gabi, sabe que isso é impossível, era a prima dela cara. Como isso foi acontecer Gabi? Chegar a esse ponto?
- Priscilla você está com a cabeça cheia, nisso ela não teve culpa e você sabe disso, sabe que eu não gosto dela, mais não teve culpa. Aconteceu uma tragédia. – Gabrielle lamentou.
- E por quê? Por que comigo? Será castigo? Parece que alguém ou alguma coisa apontou para mim quando nasci e disse: “Essa aí vai se fuder eternamente” – Priscilla nunca foi muito religiosa. – Isso só aconteceu porque eu fui me envolver com ela Gabi, se eu não tivesse me envolvido com ela a Francynie ainda estaria aqui. Ela merecia alguém melhor. – Era visível a culpa que Priscilla sentia.
- Não entra nessa de se culpar Priscilla, garanto que ela não se arrependeu em nenhum momento de ter se envolvido com você, ela te amava. E onde quer que ela esteja ela iria querer te ver feliz, pare de se culpar. – Gabrielle tentou acordar Priscilla.
Francynie foi cremada como assim desejava, ela brincava com o fato de ser enterrada: “Eu quero ser cremeda, não quero aqueles bichos nojentos me comendo, eu sou linda demais para isso amor.” Priscilla sempre acho graça quando ela falava daquele jeito.
Alguns dias depois Priscilla procurou por Micaela na delegacia. Foi algo estranho e o clima não ajudava muito.
- Por favor, Priscilla sem barraco, não quero acabar te prendendo atoa. – Micaela fez um gesto para se levantar da cadeira.
- Sente-se! – ordenou Priscilla. – Não quero discutir você me ouve e depois decide o que irá fazer se não gostar prenda-me. Eu não ligo mais...
- Ok. Diz Priscilla, o que quer? – Micaela estava surpresa com a calma de Priscilla.
- Eu tenho vontade de cometer alguns assassinatos e suicídio, matar todas as pessoas que tiraram a Francynie daqui. – Priscilla falava com tranqüilidade e frieza. – Eu sei que você gostou dela realmente, no começo pensei que seria alguma “vingança” contra mim. Você também sofreu com isso.
- Priscilla... Eu sinto muito.
- Eu nunca merecia a Fran, era ela muito mais, ela dava algo que eu nunca seria capaz de retribuir. Um dia eu cometi um erro com ela, isso me assombra. Agora eu só quero que você encontre quem fez isso. – Priscilla deu as costas para Micaela.
- Você vai fazer de novo não é Priscilla? – Micaela não teve resposta, Priscilla saiu.
“Seja lá para onde ela for espero que ela não acabe louca. Ela nunca consegue encarar o que esta acontecendo em volta, isso deixa venerável. – Micaela pensava sobre a última vez que Priscilla havia lhe dado às costas, havia fugido. – As coisas têm de se ajeitar, elas precisam se ajeitar ou essa garota vai fundir a cabeça.”
- Por favor, Priscilla sem barraco, não quero acabar te prendendo atoa. – Micaela fez um gesto para se levantar da cadeira.
- Sente-se! – ordenou Priscilla. – Não quero discutir você me ouve e depois decide o que irá fazer se não gostar prenda-me. Eu não ligo mais...
- Ok. Diz Priscilla, o que quer? – Micaela estava surpresa com a calma de Priscilla.
- Eu tenho vontade de cometer alguns assassinatos e suicídio, matar todas as pessoas que tiraram a Francynie daqui. – Priscilla falava com tranqüilidade e frieza. – Eu sei que você gostou dela realmente, no começo pensei que seria alguma “vingança” contra mim. Você também sofreu com isso.
- Priscilla... Eu sinto muito.
- Eu nunca merecia a Fran, era ela muito mais, ela dava algo que eu nunca seria capaz de retribuir. Um dia eu cometi um erro com ela, isso me assombra. Agora eu só quero que você encontre quem fez isso. – Priscilla deu as costas para Micaela.
- Você vai fazer de novo não é Priscilla? – Micaela não teve resposta, Priscilla saiu.
“Seja lá para onde ela for espero que ela não acabe louca. Ela nunca consegue encarar o que esta acontecendo em volta, isso deixa venerável. – Micaela pensava sobre a última vez que Priscilla havia lhe dado às costas, havia fugido. – As coisas têm de se ajeitar, elas precisam se ajeitar ou essa garota vai fundir a cabeça.”
Priscilla desapareceu, cada pessoa dizia que ela teria ido para um lugar, outras que ela estaria viajando por ai. O último contato de Priscilla havia sido com Micaela. Os negócios e tudo mais ficaram nas mãos de Gabrielle. Não se soube se havia ou não chegado a noticia até ela de que Micaela havia encontrado os bandidos e um deles havia morrido durante o confronto algumas semanas depois da morte de Francynie.
- Micaela? Me diz? Me diz onde ela está. – Fernanda estava há semanas afio buscando qualquer informação sobre Priscilla.
- Está tarde Fernanda, eu preciso dormir. Você já me ligou tantas vezes e em todas elas eu te disse a mesma coisa, vou repetir pela última vez. – Micaela havia sido bombardeada por ligações de Fernanda depois que ela soube que Micaela foi à última pessoa com quem Priscilla teve contato. – Eu não sei onde sua amada Priscilla está. Melhor, ninguém sabe Fernanda. Ela sumiu como sempre faz.
- Mais ela não pode fazer isso comigo de novo. – Fernanda parecia desesperada e teve de ouvir Micaela retrucar.
- Vou me meter. O que ao povo diz é que você tem namorado, eu sei que você gosta dela, assim com a Francynie sabia sobre vocês, que dormiram juntas. Ela deixou escapar no carro, sabia também que não havia sido um encontro casual entre nós duas.
- Por que você não me disse isso antes? – Fernanda parecia não acreditar na história de Micaela.
- Fernanda ela gostava de você, sua prima gostava de você. Ela amava a Priscilla acima de tudo e não queria perdê-la de alguma forma para você. Ela cuidou quando você pisou, ela sempre esteve ali e mesmo que seja difícil para qualquer uma de nós admitirmos era da Priscilla que ela gostava.
- Micaela? Me diz? Me diz onde ela está. – Fernanda estava há semanas afio buscando qualquer informação sobre Priscilla.
- Está tarde Fernanda, eu preciso dormir. Você já me ligou tantas vezes e em todas elas eu te disse a mesma coisa, vou repetir pela última vez. – Micaela havia sido bombardeada por ligações de Fernanda depois que ela soube que Micaela foi à última pessoa com quem Priscilla teve contato. – Eu não sei onde sua amada Priscilla está. Melhor, ninguém sabe Fernanda. Ela sumiu como sempre faz.
- Mais ela não pode fazer isso comigo de novo. – Fernanda parecia desesperada e teve de ouvir Micaela retrucar.
- Vou me meter. O que ao povo diz é que você tem namorado, eu sei que você gosta dela, assim com a Francynie sabia sobre vocês, que dormiram juntas. Ela deixou escapar no carro, sabia também que não havia sido um encontro casual entre nós duas.
- Por que você não me disse isso antes? – Fernanda parecia não acreditar na história de Micaela.
- Fernanda ela gostava de você, sua prima gostava de você. Ela amava a Priscilla acima de tudo e não queria perdê-la de alguma forma para você. Ela cuidou quando você pisou, ela sempre esteve ali e mesmo que seja difícil para qualquer uma de nós admitirmos era da Priscilla que ela gostava.
- Eu nunca imaginei que ela soubesse disso...
...
[Seis meses mais tarde... Nova Zelândia, Madri..]
[Um ano mais tarde... Inglaterra, Alemanha, Barcelona...]
[Dois anos e cinco meses mais tarde... Chile, Rio Grande do Sul, Salvador... São Paulo.]
São Paulo, 2 anos e 7 meses depois...
Boite Spirit’s, 01:35AM.
- Você é linda e sabe disso. Você quer me beijar e eu sei disso.
- Você é convencida demais não acha?
- Sou realista, já que não quer dá licença que quem queira não falta.
- Espera. – Ela segurou-a pelo braço. – Nem o seu nome vai me dizer?
- Digo se assumir que está doida para me beijar e sair daqui comigo direto para meu AP.
- Você é convencida demais garota.não sou dessas. Nem sabe o meu nome, como pode saber o que eu quero?
- O seu nome você me diz depois de assumir que quer me beijar. Sei por que eu observei que você me olhava desde quando cheguei e ainda perguntou meu nome a BarGirl. Sei que ficou excitada quando me viu beijando outras garotas e que está excitada agora com isso e quer me beijar. Assume!
- Evellyn. – sussurrou ao ouvido. – Agora me diz qual é o seu nome convencida?
- Convencida? – colou o corpo rente ao de Evellyn e retribuiu o sussurro no pé do ouvido. – Priscilla! Agora vamos.
Priscilla puxou Evellyn pela cintura, beijava-a, excitava-a cada vez mais enquanto caminhava para a saída.
- Priscilla?
- Agora não amor, eu estou ocupada.
- Amor é o cacete, dava para olhar na minha cara pelo menos?
- Você é chata, diz logo o que quer. – e olhou para moça. – Gabrielle. – Pulou no colo dela. – O que faz por aqui? Essa é a Carla.
...
[Seis meses mais tarde... Nova Zelândia, Madri..]
[Um ano mais tarde... Inglaterra, Alemanha, Barcelona...]
[Dois anos e cinco meses mais tarde... Chile, Rio Grande do Sul, Salvador... São Paulo.]
São Paulo, 2 anos e 7 meses depois...
Boite Spirit’s, 01:35AM.
- Você é linda e sabe disso. Você quer me beijar e eu sei disso.
- Você é convencida demais não acha?
- Sou realista, já que não quer dá licença que quem queira não falta.
- Espera. – Ela segurou-a pelo braço. – Nem o seu nome vai me dizer?
- Digo se assumir que está doida para me beijar e sair daqui comigo direto para meu AP.
- Você é convencida demais garota.não sou dessas. Nem sabe o meu nome, como pode saber o que eu quero?
- O seu nome você me diz depois de assumir que quer me beijar. Sei por que eu observei que você me olhava desde quando cheguei e ainda perguntou meu nome a BarGirl. Sei que ficou excitada quando me viu beijando outras garotas e que está excitada agora com isso e quer me beijar. Assume!
- Evellyn. – sussurrou ao ouvido. – Agora me diz qual é o seu nome convencida?
- Convencida? – colou o corpo rente ao de Evellyn e retribuiu o sussurro no pé do ouvido. – Priscilla! Agora vamos.
Priscilla puxou Evellyn pela cintura, beijava-a, excitava-a cada vez mais enquanto caminhava para a saída.
- Priscilla?
- Agora não amor, eu estou ocupada.
- Amor é o cacete, dava para olhar na minha cara pelo menos?
- Você é chata, diz logo o que quer. – e olhou para moça. – Gabrielle. – Pulou no colo dela. – O que faz por aqui? Essa é a Carla.
- É Evellyn, idiota!
- Tanto faz. Evellyn Idiota, Camila, Josefina. O importante é ser gostosa.
- Vai se ferrar sua cretina! – Evellyn foi embora.
- Quem perde é ela mesma. Eu também não gosto muito de loira Gabi. Mais o que te trás aqui? Vamos entrar e pegar umas gatas Gabi.
- Como o que me traz aqui? Esqueceu que você tem negócios que jogou nas minhas costas enquanto está por ai enchendo a cara e se agarrando com mulheres. – Aquela altura Priscilla parecia não escutar o que Gabrielle dizia. – Faz 3 anos quase e te encontro nesse estado, desde quando você bebe?
- Veio aqui para pegarmos mulher ou para controlar minha vida? – Priscilla não estava nem um pouco preocupada com nada.
- Onde você esta esse tempo todo?
- Viajando, pegando mulher pelo mundo mana. Pelo mundo.
- Você não esta legal Priscilla, onde você está morando ou ficando, me diz? – Não deu muito tempo para descobrir, sorte que na carteira de Priscilla havia um cartão de táxi, o taxista sempre a levava em casa depois da balada.
- Tanto faz. Evellyn Idiota, Camila, Josefina. O importante é ser gostosa.
- Vai se ferrar sua cretina! – Evellyn foi embora.
- Quem perde é ela mesma. Eu também não gosto muito de loira Gabi. Mais o que te trás aqui? Vamos entrar e pegar umas gatas Gabi.
- Como o que me traz aqui? Esqueceu que você tem negócios que jogou nas minhas costas enquanto está por ai enchendo a cara e se agarrando com mulheres. – Aquela altura Priscilla parecia não escutar o que Gabrielle dizia. – Faz 3 anos quase e te encontro nesse estado, desde quando você bebe?
- Veio aqui para pegarmos mulher ou para controlar minha vida? – Priscilla não estava nem um pouco preocupada com nada.
- Onde você esta esse tempo todo?
- Viajando, pegando mulher pelo mundo mana. Pelo mundo.
- Você não esta legal Priscilla, onde você está morando ou ficando, me diz? – Não deu muito tempo para descobrir, sorte que na carteira de Priscilla havia um cartão de táxi, o taxista sempre a levava em casa depois da balada.
Priscilla havia decidido deixar todos os problemas de lado. Contra eles e qualquer recordação maligna ela tinha o álcool e as mulheres. O álcool e o sexo. Por onde passava causava devastação e assim se sentia bem.
Gabrielle que deixou Priscilla no ap decidiu passar por lá somente no dia seguinte, afinal o estado de Priscilla não era nada favorável a conversas. Ao retornar ela não estava mais lá, descobriu que tudo dentro daquele apartamento era alugado e assim ela desapareceu mais uma vez.
“Priscilla sempre fazendo isso, essa garota ainda me deixa maluca. Quero só ver quando essa louca vai encarar a realidade. Se eu ao menos soubesse para onde ela foi dessa vez... – Gabrielle tentava decifrar o possível paradeiro da amiga.”
Não se passaram nem mesmo três dias do encontro ao acaso de Gabrielle e Priscilla, como quem merecesse alguma explicação, Fernanda ao descobrir tratou logo de questionar Gabrielle.
- Para onde ela foi Gabi?
- P@#$ em que macumba você ta indo garota? Por que ela é forte. Como sabe que eu me encontrei com ela?
- Não interessa. Onde ela está?
- Garota deixa de ser arrogante, sabe muito bem que eu não gosto de você, então por que falaria? Mesmo se eu soubesse onde ela foi eu não te diria. Só Deus sabe onde encontrar essa garota agora.
- ELE e eu. Acho que sei onde ela pode está.
- Verdade? Essa eu quero ver. Vai lá!
Gabrielle que deixou Priscilla no ap decidiu passar por lá somente no dia seguinte, afinal o estado de Priscilla não era nada favorável a conversas. Ao retornar ela não estava mais lá, descobriu que tudo dentro daquele apartamento era alugado e assim ela desapareceu mais uma vez.
“Priscilla sempre fazendo isso, essa garota ainda me deixa maluca. Quero só ver quando essa louca vai encarar a realidade. Se eu ao menos soubesse para onde ela foi dessa vez... – Gabrielle tentava decifrar o possível paradeiro da amiga.”
Não se passaram nem mesmo três dias do encontro ao acaso de Gabrielle e Priscilla, como quem merecesse alguma explicação, Fernanda ao descobrir tratou logo de questionar Gabrielle.
- Para onde ela foi Gabi?
- P@#$ em que macumba você ta indo garota? Por que ela é forte. Como sabe que eu me encontrei com ela?
- Não interessa. Onde ela está?
- Garota deixa de ser arrogante, sabe muito bem que eu não gosto de você, então por que falaria? Mesmo se eu soubesse onde ela foi eu não te diria. Só Deus sabe onde encontrar essa garota agora.
- ELE e eu. Acho que sei onde ela pode está.
- Verdade? Essa eu quero ver. Vai lá!
Veio no mesmo momento a cabeça de Fernanda o dia em que estava com Priscilla no píer. Dela dizendo que ia para aquele local quando estava no litoral para se esquecer de todos os problemas. Sem ter a certeza, Fernanda pensou somente que iria se encontrar com ela ao acaso lá.
Priscilla não estava lá. O problema seria aonde encontrar-la agora. A busca de Fernanda era insana, como uma pessoa é capaz de querer algo e ao mesmo tempo desprezar duramente o mesmo.
Atitudes de Fernanda davam o sinal que algo dentro dela não correspondia com o que sai de sua boca. Tudo parecia contraditório, ali dentro algo queria extravasar. Acima de tudo ela não queria deixar que o que lhe fazia ter impulsos insanos fosse mostrado a “sociedade”. O tempo passou como tudo mais, Priscilla tinha o dom de desaparecer [quase uma X-Men (euri)].
Fernanda tentava encaminhar sua vida de qualquer maneira e contra qualquer pensamento das pessoas, ela se importava com os pensamentos sobre ela. Durante o fim do estágio em uma empresa de engenharia Fernanda conheceu um rapaz. Pessoas próximas a Priscilla diziam que esse noivado precipitado e controverso de Fernanda foi por causa de Priscilla e que graças a tudo isso Francynie acabou sendo uma vitima. Fernanda declarava aos quatro ventos o amor pelo rapaz.
- Amor, quem é Priscilla? – Guilherme questionou.
- Priscilla? Onde? Você se encontrou com ela? O que ela disse? É mentira!
- Calma amor! Parece que essa Priscilla mexe com você. É sua amiga?
- Não! Sim! Quer dizer, ela é uma colega minha. Por quê? Sabe de algo?
- Não sei.
- Então por que falou sobre ela?
Priscilla não estava lá. O problema seria aonde encontrar-la agora. A busca de Fernanda era insana, como uma pessoa é capaz de querer algo e ao mesmo tempo desprezar duramente o mesmo.
Atitudes de Fernanda davam o sinal que algo dentro dela não correspondia com o que sai de sua boca. Tudo parecia contraditório, ali dentro algo queria extravasar. Acima de tudo ela não queria deixar que o que lhe fazia ter impulsos insanos fosse mostrado a “sociedade”. O tempo passou como tudo mais, Priscilla tinha o dom de desaparecer [quase uma X-Men (euri)].
Fernanda tentava encaminhar sua vida de qualquer maneira e contra qualquer pensamento das pessoas, ela se importava com os pensamentos sobre ela. Durante o fim do estágio em uma empresa de engenharia Fernanda conheceu um rapaz. Pessoas próximas a Priscilla diziam que esse noivado precipitado e controverso de Fernanda foi por causa de Priscilla e que graças a tudo isso Francynie acabou sendo uma vitima. Fernanda declarava aos quatro ventos o amor pelo rapaz.
- Amor, quem é Priscilla? – Guilherme questionou.
- Priscilla? Onde? Você se encontrou com ela? O que ela disse? É mentira!
- Calma amor! Parece que essa Priscilla mexe com você. É sua amiga?
- Não! Sim! Quer dizer, ela é uma colega minha. Por quê? Sabe de algo?
- Não sei.
- Então por que falou sobre ela?
- Nada. É que durante a noite você falou o nome dela dormindo varias vezes. Parecia até estar de certa forma ofegante, excitada. Se não soubesse do que você gosta até pensaria besteira. – Guilherme deu uma risada safada ao responder a pergunta.
- Deixa de ser nojento Guilherme, provavelmente eu estava sonhando que estava lutando com ela.
- Lutando é Fernanda? Melhor ainda.
- Ridículo você Guilherme! Ela praticava artes marciais e um dia ou outro treinei com ela.
Fernanda treinava com Priscilla?! A mentira saiu com tanta pressa quanto Fernanda mudou de assunto. Ela não queria deixar transparecer nada para Guilherme e nem para ela mesma.
- Deixa de ser nojento Guilherme, provavelmente eu estava sonhando que estava lutando com ela.
- Lutando é Fernanda? Melhor ainda.
- Ridículo você Guilherme! Ela praticava artes marciais e um dia ou outro treinei com ela.
Fernanda treinava com Priscilla?! A mentira saiu com tanta pressa quanto Fernanda mudou de assunto. Ela não queria deixar transparecer nada para Guilherme e nem para ela mesma.
...
Confesso me perde em momentos insanos de Fernanda. Pula-se um dia ou dois que sejam irrelevantes, não se necessita explicação se a própria história se faz inexplicável.
Pense comigo, alguma vez [não minta], já colocou uma caneta/lápis na orelha e em seguida procurou desesperadamente?! Não, a autora não está ficando louca. A verdade é que em muitas vezes o que procuramos está diante de nós e insistimos em não ver.
Ligando os pontos é fácil saber que Priscilla não estava tão longe quanto se pensava. Só esqueceram de fato de pensar, de procurar nos lugares óbvios, algo que chegou a ser ridículo.
- Enfim você ligou esse celular.
- E ai Gabi? Tudo certo?
- Depois de tudo é e ai Gabi. Ainda consigo me surpreender com você. Por que não atendia?
- Eu perdi a droga do carregador com esse vai e vem daí me estressei e joguei o aparelho longe e agora comprei outro.
- E onde você se entocou agora?
- Como assim? Estou em casa ué.
- Em casa? Que casa?
- A do lado da sua, manja?
- Desde quando está ai? Como ninguém te viu ai?
- Desde semana passada quando esbarrei com você e vim para cá.
- Deixa de história Pri, ninguém falou de você por aqui, ninguém te viu ou vê a tempos.
- Sou Ninja Gabi!
- É uma idiota mesmo!
- Eu sei que você me ama.
- Pretende ficar por ai ou ir brincar de pique - esconde por ai?
- Não estou brincando de pique – esconde, só estou evitando cruzar com pessoas.
- Então continua ai trancada que a recompensa que colocaram pela sua cabeça vai crescer, assim eu te entrego e fico rica. – Gabi falava sobre a insistência de Fernanda querendo saber onde Priscilla estava.
- Gabrielle, não começa. Se o papo for esse tchau.
- Calma! Estou indo para ai e conversamos. Tem o que para comer?
- Tanto faz Magali.
Às vezes a busca insensata acaba nos cegando e não vemos o que está próximo, outras vezes idealizamos demais e vivemos menos do que deveríamos.
Confesso me perde em momentos insanos de Fernanda. Pula-se um dia ou dois que sejam irrelevantes, não se necessita explicação se a própria história se faz inexplicável.
Pense comigo, alguma vez [não minta], já colocou uma caneta/lápis na orelha e em seguida procurou desesperadamente?! Não, a autora não está ficando louca. A verdade é que em muitas vezes o que procuramos está diante de nós e insistimos em não ver.
Ligando os pontos é fácil saber que Priscilla não estava tão longe quanto se pensava. Só esqueceram de fato de pensar, de procurar nos lugares óbvios, algo que chegou a ser ridículo.
- Enfim você ligou esse celular.
- E ai Gabi? Tudo certo?
- Depois de tudo é e ai Gabi. Ainda consigo me surpreender com você. Por que não atendia?
- Eu perdi a droga do carregador com esse vai e vem daí me estressei e joguei o aparelho longe e agora comprei outro.
- E onde você se entocou agora?
- Como assim? Estou em casa ué.
- Em casa? Que casa?
- A do lado da sua, manja?
- Desde quando está ai? Como ninguém te viu ai?
- Desde semana passada quando esbarrei com você e vim para cá.
- Deixa de história Pri, ninguém falou de você por aqui, ninguém te viu ou vê a tempos.
- Sou Ninja Gabi!
- É uma idiota mesmo!
- Eu sei que você me ama.
- Pretende ficar por ai ou ir brincar de pique - esconde por ai?
- Não estou brincando de pique – esconde, só estou evitando cruzar com pessoas.
- Então continua ai trancada que a recompensa que colocaram pela sua cabeça vai crescer, assim eu te entrego e fico rica. – Gabi falava sobre a insistência de Fernanda querendo saber onde Priscilla estava.
- Gabrielle, não começa. Se o papo for esse tchau.
- Calma! Estou indo para ai e conversamos. Tem o que para comer?
- Tanto faz Magali.
Às vezes a busca insensata acaba nos cegando e não vemos o que está próximo, outras vezes idealizamos demais e vivemos menos do que deveríamos.
Messenger:
Bruu’H Diz: Ficou sabendo Fê?
Fê Diz: De que Bruna?
Bruu’H Diz: Não acredito que não sabe.
Fê Diz: Fala Ca$@!
Bruu’H Diz: a Mah mandou sms para a Debby que ligou para a Fabi que...
Fê Diz: Encurta nega!
Bruu’h Diz: Viram a Gabrielle entrando na casa da Priscilla ainda há pouco.
Fê Diz: É isso? Ela deve ter ido resolver algo lá, cuidar da casa, algo do tipo.
Bruu’H Diz: Nada! Fonte segura disse que a própria abriu a porta para Gabrielle.
Fê Diz: Então ela estava aqui esse tempo todo.
Bruu’H Diz: É o que está parecendo. Feliz com a noticia?
Fê Diz: Feliz? Vou resolver isso logo.
Bruu’H Diz: Resolver o que garota? Vai criar caso de novo Fernanda?
Fê Diz: Assunto meu.
Fernanda não esperou por muito mais tempo ali, foi ao encontro de Priscilla na casa dela. Fernanda não sabia o que queria com ela, talvez fosse somente ocupa a cabeça ou qualquer outra coisa.
Quando o amor não é correspondido causa alguns danos; alguns dizem que um novo amor sempre resolve outros que o melhor mesmo é esquecer quem passou. Paixão dura 2 meses, Amor 2 anos, um Grande Amor transforma uma vida.
Com Priscilla as coisas não foram diferentes, ela usou uma das armas para tentar se livrar do peso em seu coração. Em certo ponto Fernanda estava certa, Priscilla forçou um pouco a respeito da perda de memória. Não quer dizer que o fato não tenha ocorrido, ela somente o prolongou por um tempo de propósito.
“O amor é a dor da alma.”
...
- Ah Gabi, sei lá, eu precisava disso. – Priscilla contava sobre o que se passou com ela durante aquele tempo. Fernanda entrou na casa de Priscilla cheia de atitude.
No sofá da sala Gabrielle e Priscilla olhavam assustadas, aguardando para ver quem por ali apareceria, ao notarem que era Fernanda, elas reagiram de formas diferentes. Gabrielle tomou a frente e tentou defender a amiga.
- O que está fazendo aqui sua louca? Vai embora agora! – Gabrielle partiu em direção de Fernanda.
- Cala a boca! – Fernanda empurrou Gabrielle para o canto e foi de encontro a Priscilla.
Bruu’H Diz: Ficou sabendo Fê?
Fê Diz: De que Bruna?
Bruu’H Diz: Não acredito que não sabe.
Fê Diz: Fala Ca$@!
Bruu’H Diz: a Mah mandou sms para a Debby que ligou para a Fabi que...
Fê Diz: Encurta nega!
Bruu’h Diz: Viram a Gabrielle entrando na casa da Priscilla ainda há pouco.
Fê Diz: É isso? Ela deve ter ido resolver algo lá, cuidar da casa, algo do tipo.
Bruu’H Diz: Nada! Fonte segura disse que a própria abriu a porta para Gabrielle.
Fê Diz: Então ela estava aqui esse tempo todo.
Bruu’H Diz: É o que está parecendo. Feliz com a noticia?
Fê Diz: Feliz? Vou resolver isso logo.
Bruu’H Diz: Resolver o que garota? Vai criar caso de novo Fernanda?
Fê Diz: Assunto meu.
Fernanda não esperou por muito mais tempo ali, foi ao encontro de Priscilla na casa dela. Fernanda não sabia o que queria com ela, talvez fosse somente ocupa a cabeça ou qualquer outra coisa.
Quando o amor não é correspondido causa alguns danos; alguns dizem que um novo amor sempre resolve outros que o melhor mesmo é esquecer quem passou. Paixão dura 2 meses, Amor 2 anos, um Grande Amor transforma uma vida.
Com Priscilla as coisas não foram diferentes, ela usou uma das armas para tentar se livrar do peso em seu coração. Em certo ponto Fernanda estava certa, Priscilla forçou um pouco a respeito da perda de memória. Não quer dizer que o fato não tenha ocorrido, ela somente o prolongou por um tempo de propósito.
“O amor é a dor da alma.”
...
- Ah Gabi, sei lá, eu precisava disso. – Priscilla contava sobre o que se passou com ela durante aquele tempo. Fernanda entrou na casa de Priscilla cheia de atitude.
No sofá da sala Gabrielle e Priscilla olhavam assustadas, aguardando para ver quem por ali apareceria, ao notarem que era Fernanda, elas reagiram de formas diferentes. Gabrielle tomou a frente e tentou defender a amiga.
- O que está fazendo aqui sua louca? Vai embora agora! – Gabrielle partiu em direção de Fernanda.
- Cala a boca! – Fernanda empurrou Gabrielle para o canto e foi de encontro a Priscilla.
Priscilla enfim havia reagido, levantou-se e foi surpreendida por um beijo de Fernanda.
- Já está na hora de resolvermos isso não acha? – Fernanda cobrava de Priscilla qualquer mera palavra.
- Você é louca Fernanda? Some daqui antes que eu te tire. – Gabrielle sentenciou.
Priscilla fez um leve gesto levando a ponta dos dedos até o lábio, se olhos parecia mirarem-se em outra galáxia. Aquilo havia sido surreal demais.
- Gabi, vai embora! – Priscilla pediu que a amiga se fosse...
- Certeza disso Pri? Eu a coloco para fora rápido.
- Vai!
Priscilla e Fernanda se olharam por alguns minutos sem trocar nem uma palavra.
- Então é isso? É tudo o que você tem? Você invade minha casa, me beija e fica muda me olhando.
- E o que você quer?
- O que eu quero Fernanda? Às vezes creio que a Gabi tem razão ao te achar louca. Você que invadiu minha casa e me beijou, ainda quase saiu nos tapas com a Gabrielle e me pergunta o que eu quero? Você não vai se casar? O que pensa estar fazendo aqui?
- Se estou ou não o que importa?
- Então que você quer aqui garota?
- Eu não sei Priscilla. – Os olhos de Fernanda se perderam por alguns segundos demonstrando medo e insegurança.
- Eu não agüento mais isso Fernanda. Por que faz tudo isso comigo? Joguinhos de garota mimada? – A pergunta se seguiu com um suspiro de lamento.
- Porque sou uma idiota Priscilla, porque sou idiota.
- Acha que é simples assim? Você tirou muitas coisas de mim, tramou contra mim, eu te disse várias vezes que não queria mais te ver na minha frente. Agora você está aqui, invadiu a minha casa e me beijou... As coisas não se apagam assim, nem todo mundo se submete as suas insanidades.
Fernanda tirou a aliança do dedo e atirou-a ao chão, ergue os olhos e encarou Priscilla profundamente.
- Eu te amo Priscilla.
... Segundos de silêncio onde Priscilla engoliu a seco.
- Você o que Fernanda?
- Já está na hora de resolvermos isso não acha? – Fernanda cobrava de Priscilla qualquer mera palavra.
- Você é louca Fernanda? Some daqui antes que eu te tire. – Gabrielle sentenciou.
Priscilla fez um leve gesto levando a ponta dos dedos até o lábio, se olhos parecia mirarem-se em outra galáxia. Aquilo havia sido surreal demais.
- Gabi, vai embora! – Priscilla pediu que a amiga se fosse...
- Certeza disso Pri? Eu a coloco para fora rápido.
- Vai!
Priscilla e Fernanda se olharam por alguns minutos sem trocar nem uma palavra.
- Então é isso? É tudo o que você tem? Você invade minha casa, me beija e fica muda me olhando.
- E o que você quer?
- O que eu quero Fernanda? Às vezes creio que a Gabi tem razão ao te achar louca. Você que invadiu minha casa e me beijou, ainda quase saiu nos tapas com a Gabrielle e me pergunta o que eu quero? Você não vai se casar? O que pensa estar fazendo aqui?
- Se estou ou não o que importa?
- Então que você quer aqui garota?
- Eu não sei Priscilla. – Os olhos de Fernanda se perderam por alguns segundos demonstrando medo e insegurança.
- Eu não agüento mais isso Fernanda. Por que faz tudo isso comigo? Joguinhos de garota mimada? – A pergunta se seguiu com um suspiro de lamento.
- Porque sou uma idiota Priscilla, porque sou idiota.
- Acha que é simples assim? Você tirou muitas coisas de mim, tramou contra mim, eu te disse várias vezes que não queria mais te ver na minha frente. Agora você está aqui, invadiu a minha casa e me beijou... As coisas não se apagam assim, nem todo mundo se submete as suas insanidades.
Fernanda tirou a aliança do dedo e atirou-a ao chão, ergue os olhos e encarou Priscilla profundamente.
- Eu te amo Priscilla.
... Segundos de silêncio onde Priscilla engoliu a seco.
- Você o que Fernanda?
When you swear it's all my fault (8)
You treat me just like another stranger (8)
[http://migre.me/4w5hN]
- Eu te amo! Amo-te desde o primeiro contato de pele quando me deu sua mão oferecendo carona. Te amo desde o primeiro abraço ao sentar na garupa da sua moto envolvendo meus braços na sua cintura. Desde o primeiro sorriso que deu para mim. Eu te amo em cada detalhe. Eu...
- Pode parando! Para com isso, frases feitas, de que filme são essas? Não faz isso. – Priscilla não acreditava em nenhuma palavra que saia da boca de Fernanda, nem mesmo quando ela se declarou.
Fernanda insistiu.
- Eu te amo desde a noite em que me perdi completamente em cada centímetro do teu corpo. Mesmo sem saber como reagir, eu te desejei, eu amei estar em seus braços. Amei tanto que enlouqueci. Nunca ninguém me tocou como você, nunca meu corpo quis tanto alguém assim como te quer agora. Nas minhas noites passam-se sonhos ofegantes, onde tudo sobre aquela noite ressurge. Noites em que acabei excitada ao sentir novamente o seu toque em meus sonhos. Sinto nojo ao dormir com qualquer outro, sempre esperei me acostumar, mas meu corpo só quer você.
- Fernanda...
- Me deixa acabar, por favor, Priscilla.
- Fernanda... – Fernanda aproximou-se de Priscilla e com um gesto de mão calou-a.
You treat me just like another stranger (8)
[http://migre.me/4w5hN]
- Eu te amo! Amo-te desde o primeiro contato de pele quando me deu sua mão oferecendo carona. Te amo desde o primeiro abraço ao sentar na garupa da sua moto envolvendo meus braços na sua cintura. Desde o primeiro sorriso que deu para mim. Eu te amo em cada detalhe. Eu...
- Pode parando! Para com isso, frases feitas, de que filme são essas? Não faz isso. – Priscilla não acreditava em nenhuma palavra que saia da boca de Fernanda, nem mesmo quando ela se declarou.
Fernanda insistiu.
- Eu te amo desde a noite em que me perdi completamente em cada centímetro do teu corpo. Mesmo sem saber como reagir, eu te desejei, eu amei estar em seus braços. Amei tanto que enlouqueci. Nunca ninguém me tocou como você, nunca meu corpo quis tanto alguém assim como te quer agora. Nas minhas noites passam-se sonhos ofegantes, onde tudo sobre aquela noite ressurge. Noites em que acabei excitada ao sentir novamente o seu toque em meus sonhos. Sinto nojo ao dormir com qualquer outro, sempre esperei me acostumar, mas meu corpo só quer você.
- Fernanda...
- Me deixa acabar, por favor, Priscilla.
- Fernanda... – Fernanda aproximou-se de Priscilla e com um gesto de mão calou-a.
- Desde que eu entrei aqui eu não consigo parar de olhar para você, de desejar todo o seu corpo. Estaria mentindo se falasse que não estou excitada agora ao tocar seu lábio. A verdade é que quero arrancar cada peça de roupa sua e nunca mais sair da sua cama. Fazer o que? É o que eu sinto e não consigo mas esconder.
The Only Exception... (8) [http://migre.me/4w5RF]
- Eu não posso Fernanda. – Priscilla tentou se afastar e Fernanda a puxou para junto de seu corpo.
- Você pode! Você quer tanto quanto eu. – [http://migre.me/4w5XE]
- O que você quer que eu faça Fernanda? Eu não posso...
- Quero que você arranje uma aliança e coloque no lugar daquela que eu atirei no chão. Me pega somente para você, reaja, quero nós duas juntas enfim.
The Only Exception... (8) [http://migre.me/4w5RF]
- Eu não posso Fernanda. – Priscilla tentou se afastar e Fernanda a puxou para junto de seu corpo.
- Você pode! Você quer tanto quanto eu. – [http://migre.me/4w5XE]
- O que você quer que eu faça Fernanda? Eu não posso...
- Quero que você arranje uma aliança e coloque no lugar daquela que eu atirei no chão. Me pega somente para você, reaja, quero nós duas juntas enfim.
Priscilla ouvia atentamente todas as palavras “encantadoras” de Fernanda. Era tudo tão real que parecia ser uma ficção. [eu forço kkk]
- Fernanda, você acha mesmo que é só vim com meia dúzia de palavras soando romanticamente que eu vou cair de amores por você? E quando eu estava lá e você me deu as costas? Sinto muito mais agora quem não quer sou eu.
- Priscilla para de complicar as coisas, eu gosto de você e você de mim, sabemos que temos de ficar juntas, fugir não vai resolver. Vou te dar um tempo para pensar sobre tudo isso ou não.
- Temos de ficar juntas? A vida não é uma novela, nela não tem o conto de fadas de esquecer passado e armações, senti na pele e na alma tudo o que você fez. Você está achando que quando me der as costas eu vou para o quarto chorar e pensar em como seriamos felizes juntas? Não sou tão ingênua assim.
- Você não acredita em nada do que eu disse aqui né Priscilla? O que quer pensar é que estou mentindo ou é mais algum jogo da minha parte, sabe no fundo te dou razão, se fosse ao contrario eu também não lhe daria crédito algum.
- Então vai Fernanda. É melhor que as coisas fique como estão e pare de tentar viver coisas que não são feitas para você, o seu mundo nunca foi esse.
- Eu te garanto que eu vivo o que preciso viver e vou te mostrar o que é. – Fernanda deixou em incógnita o que pretendia fazer para Priscilla.
...
“E agora mais essa, ela invadiu minha casa, fez e aconteceu se declarou mesmo mentindo e eu não tiro isso da cabeça. É bem legal o jeito que algumas atitudes podem permanecer por muito tempo na minha memória. Agora ela deve estar lá nos braços daquele tal de Guilherme, bem feito o “maridinho” dela tem nome de velho. – Priscilla discutia com seu cérebro brabamente, faltou somente o estilo Homer Simpson de ser: “Cérebro cala a boca ou eu te enfio uma faca.” – Será que ela mentia ou falava a verdade?”
- Fernanda, você acha mesmo que é só vim com meia dúzia de palavras soando romanticamente que eu vou cair de amores por você? E quando eu estava lá e você me deu as costas? Sinto muito mais agora quem não quer sou eu.
- Priscilla para de complicar as coisas, eu gosto de você e você de mim, sabemos que temos de ficar juntas, fugir não vai resolver. Vou te dar um tempo para pensar sobre tudo isso ou não.
- Temos de ficar juntas? A vida não é uma novela, nela não tem o conto de fadas de esquecer passado e armações, senti na pele e na alma tudo o que você fez. Você está achando que quando me der as costas eu vou para o quarto chorar e pensar em como seriamos felizes juntas? Não sou tão ingênua assim.
- Você não acredita em nada do que eu disse aqui né Priscilla? O que quer pensar é que estou mentindo ou é mais algum jogo da minha parte, sabe no fundo te dou razão, se fosse ao contrario eu também não lhe daria crédito algum.
- Então vai Fernanda. É melhor que as coisas fique como estão e pare de tentar viver coisas que não são feitas para você, o seu mundo nunca foi esse.
- Eu te garanto que eu vivo o que preciso viver e vou te mostrar o que é. – Fernanda deixou em incógnita o que pretendia fazer para Priscilla.
...
“E agora mais essa, ela invadiu minha casa, fez e aconteceu se declarou mesmo mentindo e eu não tiro isso da cabeça. É bem legal o jeito que algumas atitudes podem permanecer por muito tempo na minha memória. Agora ela deve estar lá nos braços daquele tal de Guilherme, bem feito o “maridinho” dela tem nome de velho. – Priscilla discutia com seu cérebro brabamente, faltou somente o estilo Homer Simpson de ser: “Cérebro cala a boca ou eu te enfio uma faca.” – Será que ela mentia ou falava a verdade?”
Enquanto Priscilla se preocupava em tentar resolver os problemas que ela mesma tinha causado com sua “surtada”, Fernanda cuidava de mandar o Guilherme ir dá um role lá em “Corno City”. Gabrielle que nunca foi curiosa imagina. Queria saber o que tinha acontecido no dia que ela se estranho com Fernanda na casa de Priscilla. Enquanto Priscilla não estava muito a fim de falar sobre o trágico episódio.
- O que ela queria com você Priscilla? Não me diz que você ainda dormiu com ela naquele dia.
- Eu nem quero lembrar dessa garota Gabi.
- Você tem que falar com alguém, ficar com essa cara aí não resolveem nada.
- E desde quando você é formada em psicologia?
- Posso não ser, mas sou a única para quem você conta o que realmente bagunça tudo aí dentro.
- Ela falou um monte de coisa Gabi.
- Que coisas Priscilla?
- Um monte de coisas sem sentindo e mentirosas. – Priscilla tentava a todo custo fugir da conversa, ela sabia que no fim acabaria contando tudo para amiga e ainda dizendo que não tirava tudo aquilo da cabeça.
- Só posso ajudar se eu souber. E conta logo que eu estou curiosa Priscilla, me diz algo que me de um motivo de acerta as fuças dela.
- Ela disse que me amava e pans... Disse que queria ficar comigo e acho que me pediu em casamento de uma maneira estranha.
- Ela O QUE? [http://migre.me/4wFEF]. Quase que eu acredito, deixa de ser besta, o que ela te disse?
- É sério Gabi. Ela fez um discurso dizendo que me ama desde o primeiro momento em que me viu que estava louca por mim e que estava até excitada só por estar tão perto de mim.
- To bege viada!
- Foi o que eu pensei. Eu também não entendi P@#$ nenhuma.
- E como foi o lance de pedir em casamento? Foi assim na lata mesmo?
- Foi meio estranho Gabi, se bem que nem tenho certeza de que foi um pedido.
- E como foi então Priscilla. Conta droga.
- O que ela queria com você Priscilla? Não me diz que você ainda dormiu com ela naquele dia.
- Eu nem quero lembrar dessa garota Gabi.
- Você tem que falar com alguém, ficar com essa cara aí não resolve
- E
- Posso não ser, mas sou a única para quem você conta o que realmente bagunça tudo aí dentro.
- Ela falou um monte de coisa Gabi.
- Que coisas Priscilla?
- Um monte de coisas sem sentindo e mentirosas. – Priscilla tentava a todo custo fugir da conversa, ela sabia que no fim acabaria contando tudo para amiga e ainda dizendo que não tirava tudo aquilo da cabeça.
- Só posso ajudar se eu souber. E conta logo que eu estou curiosa Priscilla, me diz algo que me de um motivo de acerta as fuças dela.
- Ela disse que me amava e pans... Disse que queria ficar comigo e acho que me pediu em casamento de uma maneira estranha.
- Ela O QUE? [http://migre.me/4wFEF]. Quase que eu acredito, deixa de ser besta, o que ela te disse?
- É sério Gabi. Ela fez um discurso dizendo que me ama desde o primeiro momento em que me viu que estava louca por mim e que estava até excitada só por estar tão perto de mim.
- To bege viada!
- Foi o que eu pensei. Eu também não entendi P@#$ nenhuma.
- E como foi o lance de pedir em casamento? Foi assim na lata mesmo?
- Foi meio estranho Gabi, se bem que nem tenho certeza de que foi um pedido.
- E como foi então Priscilla. Conta droga.
- Ela jogou a aliança que estava no dedo dela no chão, depois disse algumas outras coisas. Eu perguntei o que ela queria de mim, ela disse: “Quero que você arranje uma aliança e coloque no lugar daquela que eu atirei no chão. Me pega somente para você, reaja, quero nós duas juntas enfim.”
- De é mentira isso ai Priscilla. Sério que ela te disse isso?
- Não, não! Quem disse foi a Dercy.
- Não começa. E o que você vai fazer? O que ela mandou?
- Ninguém nunca manda em mim, vou fazer nada. Vou para casa, dormir é sempre bom.
Enquanto isso do outro lado da história as coisas deixaram de ser flores para Fernanda. Ela resolveu tomar uma atitude sobre tudo aquilo. Reuniu algumas pessoas...
- Não quero saber o que vocês vão achar sobre o que eu vou falar. Não quero que vocês envolvam o nome da Francynie na história e a única que ainda penso que vai entender é minha mãe.
- E desde quando você faz discurso para Presidenta amiga? – Bruna tentou tirar o clima de tensão em vão.
- Agora é serio Bruna. Sei que alguns de vocês nunca mais podem querer falar comigo outros se quer olharam na minha cara quando eu passar, mesmo assim eu creio que vale a pena.
- Diz logo Fernanda. – Algumas amigas dela estavam impacientes com a situação.
- Calma gente, deixa minha filha respirar para poder contar.
- Obrigada mãe. Bom eu estou apaixonada...
- Nós sabemos. Amiga, o Gui é um fofo.
- Pode ser. Só que é pela Priscilla e não por ele.
- Priscilla, que brincadeira é essa. – Mauricio no fundo sabia mais não queria acreditar. – Quer dizer que todas as nossas brigas antigas tinha sido por causa de uma mulher?
- Todos os surtos que eu tive foi sim por causa dela. Por não conseguir me deixar sentir o que vive aqui dentro.
- E o Guilherme, o seu noivo Fernanda? – Camila não queria acreditar que a amiga fosse aquilo.
- Ele se foi, não posso me casar com quem não amo.
- De é mentira isso ai Priscilla. Sério que ela te disse isso?
- Não, não! Quem disse foi a Dercy.
- Não começa. E o que você vai fazer? O que ela mandou?
- Ninguém nunca manda em mim, vou fazer nada. Vou para casa, dormir é sempre bom.
Enquanto isso do outro lado da história as coisas deixaram de ser flores para Fernanda. Ela resolveu tomar uma atitude sobre tudo aquilo. Reuniu algumas pessoas...
- Não quero saber o que vocês vão achar sobre o que eu vou falar. Não quero que vocês envolvam o nome da Francynie na história e a única que ainda penso que vai entender é minha mãe.
- E desde quando você faz discurso para Presidenta amiga? – Bruna tentou tirar o clima de tensão em vão.
- Agora é serio Bruna. Sei que alguns de vocês nunca mais podem querer falar comigo outros se quer olharam na minha cara quando eu passar, mesmo assim eu creio que vale a pena.
- Diz logo Fernanda. – Algumas amigas dela estavam impacientes com a situação.
- Calma gente, deixa minha filha respirar para poder contar.
- Obrigada mãe. Bom eu estou apaixonada...
- Nós sabemos. Amiga, o Gui é um fofo.
- Pode ser. Só que é pela Priscilla e não por ele.
- Priscilla, que brincadeira é essa. – Mauricio no fundo sabia mais não queria acreditar. – Quer dizer que todas as nossas brigas antigas tinha sido por causa de uma mulher?
- Todos os surtos que eu tive foi sim por causa dela. Por não conseguir me deixar sentir o que vive aqui dentro.
- E o Guilherme, o seu noivo Fernanda? – Camila não queria acreditar que a amiga fosse aquilo.
- Ele se foi, não posso me casar com quem não amo.
- Então isso quer dizer que você é uma lésbica Fernanda? Que nojo! – Camila levantou-se e saiu sem dar explicações.
- Quem mais quiser pode se juntar a ela, cansei de ter pessoas que sejam falsas ao meu lado, quem gostar de mim ficará ao meu lado em qualquer momento, mesmo que eu decida vira um Avatar e ficar toda azul. – Fernanda tentou fazer graça da situação.
- Amiga isso quer dizer que você vai se casar com uma mulher?
- Sim! Quer dizer, se ela me quiser.
- Ah... Então eu vou dançar muito na sua festa de casamento.
- Bruna você é a melhor! Só você mesma garota.
- Quem mais quiser pode se juntar a ela, cansei de ter pessoas que sejam falsas ao meu lado, quem gostar de mim ficará ao meu lado em qualquer momento, mesmo que eu decida vira um Avatar e ficar toda azul. – Fernanda tentou fazer graça da situação.
- Amiga isso quer dizer que você vai se casar com uma mulher?
- Sim! Quer dizer, se ela me quiser.
- Ah... Então eu vou dançar muito na sua festa de casamento.
- Bruna você é a melhor! Só você mesma garota.
- Isso é um tanto quanto estranho, não acha Fernanda? – questionou uma voz qualquer.
- Estranho? Quem disse que é algo estranho?
- Foi eu filha! Tantas vezes vi como você tratou a garota e agora vem dizendo tudo isso, sempre soube que você gostava dela, só que depois de tudo o que você fez com ela, como a tratou, acha mesmo que ela vai te querer?
- Mãe? De que lado à senhora está afinal?
- De nenhum dos dois, só dei a minha opinião, nunca falaria uma coisa só para te agradar. Se fosse eu no lugar dela nem olharia na sua cara.
- Nossa! Isso porque ela é minha mãe, viu né Bruna?
Fernanda tinha metido na cabeça que ao fazer tudo aquilo seria fácil ter Priscilla, afinal, ela desejava aquilo desde o primeiro instante só que não tinha coragem para assumir. Contra alguns olhares de reprovação, outros de espanto e em meio a pensamentos que ainda a questionavam se estaria fazendo o certo, ela “assumiu” o seu amor por Priscilla ou seria apenas a sua vontade de ter algo que ainda não lhe pertencia.
Não demorou muito para que a “atitude” de Fernanda chegasse aos ouvidos de Priscilla, em partes era isso mesmo que ela desejava.
- Priscilla é verdade o que estão comentando sobre a Fernanda?
- Tais, o que comentam sobre ela não é da minha conta, não gosto de me preocupar com a vida das pessoas.
- Adoro o jeito com que você chama as pessoas de fofoqueiras. A Gabrielle me falou o que está acontecendo.
- Gabi é uma atormentada mentalmente, não sabe sobre o fala.
- Juro que não entendo vocês duas, o amor com que tratam uma a outra, isso porque são amigas.
- Nós nos entendemos do nosso jeito, e com esse carinho que as coisas dão certo.
- Então você não vai me falar se é verdade?
- Sua namorada não já te disse?
- Quero que você confirme.
- Desculpa Tais, só que vai continuar querendo.
“Eu ainda não entendo o prazer que essas pessoas têm em me fazer lembrar dessa droga, se eu quisesse saber qualquer coisa sobre aquela garota era só eu ir atrás dela. Ela acha mesmo que pode fazer tudo e que agora vai ficar comigo assim? – veremos.”
Aos olhos de Priscilla as coisas não poderiam acontecer como Fernanda queria. È muito simples ter o coração dominado. Priscilla sabia que era capaz de resistir a ela mentalmente, o fisicamente que se tornava cada vez mais difícil.
....
Fernanda estava em um canto qualquer da cidade, com uma amiga qualquer. Ela decidiu que conquistaria Priscilla, mesmo ela não sendo o tipo de mulher que seja conquistada, ela era o tipo das que conquistam. Tramou um ou dois planos para isso. Contou com ajuda de amigos e tentou obter uma aliada, o problema seria informa a essa aliada o quanto precisava dela e o quanto ela teria que implorar pela a ajuda dela com determinados planos.
- Alô?
- Oi Gabrielle!
- Oi! Quem é?
- Fernanda.
- É sacanagem? – O tom de Gabrielle demonstrou espanto.
- É sério Gabi. Não desliga! – Fernanda fez o pedido quase em tom de desespero.
- O que você quer garota?
- Preciso conversar com você.
- Que bom que precisa, agora tchau!
- Calma Gabi!
- Não me chama de Gabi! Sei que vou me arrepender, o que quer?
- Tem como nos encontramos e almoçarmos juntas? Algo assim?
- Espero não me arrepender. Pode ser!
- Ok. Te mando sms avisando, bjo.
“Se a Priscilla souber que vou encontrar essa garota ela me capa. E também é culpa sua Gabrielle, onde você está com a cabeça de encontrar essa ai? Qualquer castigo é pouco.”
- Estranho? Quem disse que é algo estranho?
- Foi eu filha! Tantas vezes vi como você tratou a garota e agora vem dizendo tudo isso, sempre soube que você gostava dela, só que depois de tudo o que você fez com ela, como a tratou, acha mesmo que ela vai te querer?
- Mãe? De que lado à senhora está afinal?
- De nenhum dos dois, só dei a minha opinião, nunca falaria uma coisa só para te agradar. Se fosse eu no lugar dela nem olharia na sua cara.
- Nossa! Isso porque ela é minha mãe, viu né Bruna?
Fernanda tinha metido na cabeça que ao fazer tudo aquilo seria fácil ter Priscilla, afinal, ela desejava aquilo desde o primeiro instante só que não tinha coragem para assumir. Contra alguns olhares de reprovação, outros de espanto e em meio a pensamentos que ainda a questionavam se estaria fazendo o certo, ela “assumiu” o seu amor por Priscilla ou seria apenas a sua vontade de ter algo que ainda não lhe pertencia.
Não demorou muito para que a “atitude” de Fernanda chegasse aos ouvidos de Priscilla, em partes era isso mesmo que ela desejava.
- Priscilla é verdade o que estão comentando sobre a Fernanda?
- Tais, o que comentam sobre ela não é da minha conta, não gosto de me preocupar com a vida das pessoas.
- Adoro o jeito com que você chama as pessoas de fofoqueiras. A Gabrielle me falou o que está acontecendo.
- Gabi é uma atormentada mentalmente, não sabe sobre o fala.
- Juro que não entendo vocês duas, o amor com que tratam uma a outra, isso porque são amigas.
- Nós nos entendemos do nosso jeito, e com esse carinho que as coisas dão certo.
- Então você não vai me falar se é verdade?
- Sua namorada não já te disse?
- Quero que você confirme.
- Desculpa Tais, só que vai continuar querendo.
“Eu ainda não entendo o prazer que essas pessoas têm em me fazer lembrar dessa droga, se eu quisesse saber qualquer coisa sobre aquela garota era só eu ir atrás dela. Ela acha mesmo que pode fazer tudo e que agora vai ficar comigo assim? – veremos.”
Aos olhos de Priscilla as coisas não poderiam acontecer como Fernanda queria. È muito simples ter o coração dominado. Priscilla sabia que era capaz de resistir a ela mentalmente, o fisicamente que se tornava cada vez mais difícil.
....
Fernanda estava em um canto qualquer da cidade, com uma amiga qualquer. Ela decidiu que conquistaria Priscilla, mesmo ela não sendo o tipo de mulher que seja conquistada, ela era o tipo das que conquistam. Tramou um ou dois planos para isso. Contou com ajuda de amigos e tentou obter uma aliada, o problema seria informa a essa aliada o quanto precisava dela e o quanto ela teria que implorar pela a ajuda dela com determinados planos.
- Alô?
- Oi Gabrielle!
- Oi! Quem é?
- Fernanda.
- É sacanagem? – O tom de Gabrielle demonstrou espanto.
- É sério Gabi. Não desliga! – Fernanda fez o pedido quase em tom de desespero.
- O que você quer garota?
- Preciso conversar com você.
- Que bom que precisa, agora tchau!
- Calma Gabi!
- Não me chama de Gabi! Sei que vou me arrepender, o que quer?
- Tem como nos encontramos e almoçarmos juntas? Algo assim?
- Espero não me arrepender. Pode ser!
- Ok. Te mando sms avisando, bjo.
“Se a Priscilla souber que vou encontrar essa garota ela me capa. E também é culpa sua Gabrielle, onde você está com a cabeça de encontrar essa ai? Qualquer castigo é pouco.”