25 de mar. de 2011

- Garota. Você é louca ou o que?
- Para começar me solta.
- De novo isso? Odeio sensação de deja vu.
- Do que está falando?
- Nada, deixa pra lá.
- Não pedi sua ajuda. Ou pedi?
- Não. Eu que sou idiota mesmo.
- Não. Desculpa. Espera.
- Já ouvi isso também, o que você quer agora?
- Conversar, pode ser?
- Fernanda. Não é boa idéia.
- E porque não? Priscilla?
- Eu tenho que ir.

Priscilla saiu sem dar nem uma palavra por explicação, montou em sua moto e se preparou para arrancar. Quando Fernanda pula na frente e monta em sua garupa.

- O que você está fazendo agora garota. Você está louca ou o que?
- Lembra do lugar que você me deixou ontem? Naquela praça?
- Sei onde é. E o que tem?
- Me dá uma carona até lá Priscilla.
- Ta achando que isso aqui é moto táxi garota.
- Vai logo e para de reclamar, você disse que depois conversávamos e você me contaria o que eu queria saber. Anda.

Fernanda nunca havia sido tão impulsiva na vida. Parece que estar perto de Priscilla a transformava, de certa maneira incompreendida.
Priscilla nem um pouco contente com aquilo a levou na tal praça. O problema era que como sempre Priscilla estava com pressa, a vida dela não podia parar por conta de uma maluca que do nada resolverá que queria falar com ela. A caminho da tal praça, cada vez que Fernanda tentava se comunicar, Priscilla colava o punho e acelerava cada vez mais a moto. Por fim parece que Fernanda entendeu que ela não estava ali de bom agrado. Ao chegar na tal Praça Priscilla foi logo fazendo a volta com a moto, mas sem esperar Fernanda arrancou a chave e começou a caminhar para trás.

- Não me faz ir buscar a chave.
- Ou então o que? Vai me aplicar um golpe de Karate?
- 1º Não é Karate e sim Jiu-Jitsu. Outra eu não bateria em você, quero a chave logo.
- Tanto faz o que você luta. Não me bateria por quê? Está apaixonada por mim?
- Olha só colega, eu mal te conheço direito. Essa brincadeira de menina mimada já me cansou. E não é por que eu sou lésbica que eu me apaixono por todas. Não pense que você é tão importante por que talvez nem seja.
- Não precisa ser grosseira.
- E você não precisa bancar a criança. Afinal por que está fazendo isso?
- Você disse que falaria comigo. Então vamos conversar.
- E por isso todo esse circo? Eu converso com você outro dia, agora eu tenho mesmo que ir por que...

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